Alô, meu povo!

Camilinha chegou deitando, para mais um show de informações! Afinal, queremos deixar sua lata coisa linda que nossa senhora!

Desta vez, soltei no Instagram da Conto (minha marca de roupas masculinas) que analisaria algumas afirmações sobre moda que ouvimos por aí.

Link Conto Figueira

Escolhi as seis questões mais interessantes e desenrolei.

Aos dispostos, começamos!

1. No inverno as pessoas são bem mais elegantes

Será que é só se entulhar de roupa que, pá – estará mais aprumado? Ou será que apenas estará… bem, entulhado de roupa?

Para responder a esta pergunta, apelei ao dicionário e fui atrás do significado da palavra elegância:

  • Que se caracteriza pela harmonia, leveza ou naturalidade
  • Manifestação de gosto na opção do vestuário e na maneira requintada e discreta de usá-lo

 

Como você bem reparou, estas características nada tem a ver com a estação do ano.

Nós tendemos a achar que a elegância está associada a esta ou aquela categoria de roupas, quando na verdade o que fará você parecer mais elegante é a peça em si. Ou seja, se você estiver com uma camiseta bacana e a combinar de modo correto é possível que fique mais elegante do que se optar por um blazer com caimento ruim.

Na verdade, é até provável que a maioria das pessoas se vista pior no inverno do que no verão. Ter um número maior de possibilidades no vestuário implica também em ter mais chances de passar mensagens desarmônicas. Por isso é tão comum ver muitos homens se vestindo no inverno e soando extremamente sem personalidade.

Por último, uma observação válida: é necessário dizer que se o homem souber muito bem como se vestir e entender EXATAMENTE os signos de cada uma de suas peças, aí sim, neste caso, será possível que ele exponencie ainda mais a mensagem que quer dizer e, apenas neste pequeno espectro, a máxima da relação entre inverno e elegância será verdadeira.

Em tempos de polarização extrema, sinto muito disponibilizar uma resposta tão cinza quanto esta. Sim, teremos que viver com áreas dúbias ao menos aqui, nobre leitor. Conhecimento não se adquire com radicalismos.

Próximo tópico, vem pra tia.

2. A maioria das roupas só ficam boas em quem é magro

Irmão, estilo não tem tamanho. Se você ainda acredita nisso é porque só compra peça no tamanho errado.

Bolotas do meu Brasil, vocês podem usar branco, shorts, listras ou o que quiserem. Assim como qualquer outro biotipo, fique atento ao caimento das peças.

Claro que algumas táticas como a escolha da cor clara ser em cima ou embaixo pode te ajudar a passar uma composição corporal mais harmônica. Mas falar que determinada peça não deve ser usada é um erro.

Desde que ingressei aqui no Papo, tenho feito artigos especiais sobre cada peça de roupa e o caimento ideal para diversos biotipos.

Escrevi sobre calçasbermudascamisas e ternos. Estes podem ser seu guia na hora de escolher a peça certa.

3. Roupas de grandes magazines são tudo bichera

Então, depende. É possível garimpar roupas boas por lá, mas exige tempo e conhecimento.

Explico.

Para atender ao grande número de pessoas, essas empresas acabam desenvolvendo produtos mais abrangentes, tanto em estilo quanto em modelagem (caimento). Quanto maior for o público, menor o grau de individualização da peça e, portanto, maior a chance dela ficar “uhn, ok” em várias pessoas e menor a chance de ficar “uau, ótima” em uma (em termos de estilo e modelagem).

Se você tiver um corpo "normal" (lê-se nem gordo, nem muito magro, nem muito forte) é capaz que encontre algo que caia bem rapidamente. Se estiver povoando outras tribos, é muito provável que terá que ajustar, o que deve ser levado em conta financeiramente.

Leia também  A loja virtual do Charles Bronson

Entendi, agora como saber se a peça é de qualidade?

Olhe a costura. Quanto mais próximos os pontos, mais firme a peça é.

Veja se não tem muitos fios soltando (uma dica é checar a peça do avesso).

Quanto à escolha do tecido, tantos os naturais quanto os sintéticos possuem suas vantagens. Depende da acasião que irá usar.

Fios naturais, como algodão e linho, são confortáveis, duráveis, resistentes e frescos, porém amassam com mais facilidade.

Já viscose, acetato e poliéster são exemplos de fibras sintéticas e, apesar de serem resistentes, são bem quentes. Leia-se: irmão, você vai suar (e o suor vai grudar em você). Esse tipo de fibra amassa menos, então pode ser uma boa para socar na mala ou para você que fica o tempo todo embaixo do ar condicionado. (tecido sintético é sempre um passo a mais em direção a fedentina).

Existem peças feitas com a mistura dos dois tipos de fios. Na etiqueta de composição da peça deverá estar especificado.

Veja, comprar uma peça 100% natural, não garante que o tecido seja de qualidade. Você pode fazer o teste da luz: coloque-o contra a luz e veja se fica muito transparente. Quanto menos transparente, melhor. Isso quer dizer que existem mais fios naquele tecido, deixando-o mais resistente. Note que eu não disse nada sobre o tecido ser grosso ou fino, o fator relevante aqui é a quantidade de fios na trama.

Observação: não confie tanto no toque sedoso. Existem substâncias químicas que deixam o tecido mais macio (não por muito tempo).

4. Homem não faz a sobrancelha

Por que você quem provavelmente, apara as bolas do saco, não vai se importar com algo que fica na sua cara? Ok, deixar a sobrancelha desenhada com pinça sai fora, mas tesourinha é vida!

Para homens, sobrancelha arrumada não significa desenhada, arqueada, retinha. Mas também deixá-la ao Deus dará não rola. Mantenha a aparência natural limpado-a um pouco.

Se prestar atenção, notará que a sobrencelha é feita de pelos em fileiras. Tire os excessos que que estão fora dessas linhas utilizando uma pinça. Depois, pegue uma escova de dente e penteie para cima. Com uma tesourinha, corte os pelos muito compridos e é isso.

5. Gel é brega

Às vezes ele pode resultar em uma pegada bem classuda ou então em algo extremamente moderno. O que não é recomendado é a famigerada “melecada de topete”. Uma só cabeça pede uma só textura, uma parte brilhando e outra opaca dificilmente ficará bacana.

6. Cinto e gravata são obrigatórios em roupa formal

Nenhum dos dois itens é obrigatório (a não ser que esteja especificado). Se a calça estiver do tamanho certo, a necessidade do cinto deixou de existir, tornando-o assim como a gravata, um acessório opcional.

Caso opte por não utilizar ambos ou um dos dois, estará deixando sua imagem mais atual.

Sem gravata e sem cinto
Com gravata e sem cinto

Caso opte por usar cinto sem gravata, tenha em mente que estará acentuando a ideia de que a calça deve estar folgada para você. Ele, como um item sozinho, tira um pouco o caráter de acessório e passa a ter um siginificado mais funcional.

E chegamos ao fim de mais um artigo sobre os mistérios que rodeiam a imagem masculina.

Sugestões para o próximo artigo são bem vindas. Só mandar bala nos comentários.

Abraços e até breve.

Conto Figueira (contofigueira.com.br)

Esta é minha marca, junto com Bruno Passos. Ela deu início pela incessante busca de camisas que vestissem bem e, pela nossa vontade de criar uma empresa que trata as pessoas como pessoas.

Um pouco do que você encontrará na nossa loja virtual:

 

Camila Simielli

Proprietária da marca masculina <a>Conto Figueira</a>."