Assistindo à derrota brasileira num bar, uma janela de loucura se abriu após certo ponto:

“Ei, Dilma, vai tomar no cú!”

“Galvão, seu desgraçado, você tá acabando com o Brasil!”

“Morre, Fred!”

O surto da seleção em campo contaminou muitos fora dele. Bater a cara na lona não deveria ser desculpa pra agir como um animal desgovernado. A derrota é tão fugaz quanto a vitória. E nada é tão ruim que não possa piorar.

Paira a possibilidade de outro sacode ainda mais indigesto (será possível?) num eventual Brasil x Argentina na disputa pelo terceiro lugar. Melhor que rezar pra isso não acontecer é lembrar que a Copa é uma bolha divertidíssima e dramática. E que nessa bolha surgem 31 perdedores e 1 vencedor. Como todo torneio, é bem mais sobre frustração do que sobre glória.

Então por que não conversarmos mais sobre derrota, humilhação e desgosto, elementos os quais praticamente todos acompanhando esse evento vão experimentar de um modo ou de outro?

Ah, e teve também Klose roubando o posto do Ronaldo como maior goleador da história das Copas

Aos anestesiados em casa, recomendo oito leituras especialmente boas:

Guilherme Nascimento Valadares

Co-fundador e diretor de pesquisa no Instituto PDH.

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