Homem é quem se sente homem.
Impossível não respeitar a força dessa turma. Se reúnem todo domingo em uma quadra de futebol em SP, há nove meses. São um time de futebol formado por rapazes transgêneros (que nasceram biologicamente do sexo feminino mas se identificam como masculino).
A ideia veio do orientador socioeducativo transgênero Raphael e da psicóloga Moira Escorse. Os dois trabalhavam juntos no Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD) da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.
Em uma excelente matéria no G1 (vale muito ler tudo por lá!), Raphael — que tem 30 anos, nasceu mulher e se identifica como homem — disse:
“Pesquisei e vi que muitos meninos transgêneros já tentaram suicídio e estavam saindo ou entrando em uma depressão, como eu. Junto com a Moira, pensamos: ‘Por que não fazer uma atividade que una esses meninos como uma família para conversar sobre hormônios, cirurgias e namoradas?’
Depois da primeira partida, sentamos em círculo e cada um contou um pouco da sua história. Foi bem forte. Somos invisíveis ainda e temos necessidade de falar.
Hoje, se um de nós compartilha pensamentos negativos, acolhemos. Damos bronca, parabéns, nos incentivamos. Nos tornamos uma família.”
Leituras para se aprofundar:
- O que significa ser homem? 80 fotos de diferentes locais do mundo tentam responder
- "Queria ser hétero, mas não consigo"
- "Um livro para ser entendido", por Pedro HMC, livro pelo criador do maior canal LGBT do YouTube no Brasil, o "Põe na Roda"
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publicado em 17 de Maio de 2017, 12:13