O homem preto tem espaço para ser vulnerável?

Depois de um ano após o lançamento por financiamento coletivo, a segunda edição acaba de ser lançada por uma grande editora, com três novos contos.

"Escrevi este livro para provocar reflexão no silêncio da leitura, antes de qualquer debate e pré concepção. Escrevi Homens pretos (não) choram na quietude do início da quarentena, e continua sendo um livro que fala manso, possibilitando, quem sabe, um encontro de pensamentos, reflexões e discussões no silêncio das nossas vivências. Não acredito que seja um livro apenas para homens ou somente para pessoas negras. Escrevi essas histórias para que todas as pessoas possam sair de seus lugares comuns e refletirem acerca de possibilidades." Stefano Volp.

Stefano Volp é escritor e roteirista. No início da pandemia, ele decidiu escrever o livro "Homens pretos (não) choram" (2021). São sete histórias curtas que autor chama de "crônicas quarentênicas sobre masculinidade e negritude". Volp trabalha com sentimentos, são histórias sobre homens negros que fogem do estereótipo imposto e cada palavra provoca reflexão.

O homem preto tem espaço para ser vulnerável?

Eu, João Marques, que vos escreve, enquanto um homem negro, vejo cada vez mais produções falando sobre a masculinidades negras e suas diversas possibilidades e isso é potente. Ser uma pessoa negra é batalhar para ser enxergado, não superficialmente, mas como alguém com uma existência e dores singulares. O livro é um manifesto político poético que dá visibilidade para isso. O assunto da masculinidade não pode ignorar o atravessamento racial.

"Gostei, como faço para ler?"

Depois de um ano após o lançamento por financiamento coletivo, a segunda edição acaba de ser lançada por uma grande editora, com três novos contos, falando sobre sensibilidade, animalização dos corpos dos homens negros e sobre abuso. Ela também vem com um lindo prefácio de Jeferson Tenório, autor de O Avesso da Pele, vencedor do prêmio Jabuti.

Você pode adquirir acessando este link.

"Homens pretos (não) choram é a representação da luta pela dignidade. Da conquista pelo direito de existir." Jeferson Tenório.

Segunda edição pela editora Haper Collins

 

 


publicado em 17 de Fevereiro de 2022, 17:45
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João Marques

Escritor, pesquisador da psicologia das masculinidades e questões raciais.


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