Depois da votação das 14h, espero que o plano não seja pular o muro do impeachment com foice na mão e cortar cabeças do outro lado.
Ninguém vai se mudar pro Canadá, ou pra Buenos Aires, acho. Todo mundo vai seguir no Brasil, aspirando que o país avance e que as condições de vida melhorem. É um beco sem saída: vamos precisar negociar, escutar, lidar com impasses indigestos.
Pesquisas indicam que 61% querem a saída de Dilma, mas 58% querem que Temer saia junto e 95% (!) rejeitam Eduardo Cunha, o segundo na linha sucessória da presidência.
Vai ser lento. Mas talvez mais rápido se houver abertura ao diálogo.
Não sou o mais adequado para esmiuçar o contexto político do país, mas seria uma tristeza o PdH passar em branco em um dos dias mais importantes de nossa história recente.
Se temos um posicionamento claro, como veículo, é insistir em defesa do diálogo e da alfabetização política. Esse eixo não entra em choque com as diferentes visões e alinhamentos políticos pessoais dos editores da casa.
Uma oposição coerente passa por escutar, contrapor, reconhecer méritos e criar alternativas de modo conjunto. Criticar toda e qualquer coisa que um lado que não apoiamos faça me parece histeria, insanidade. Inviabiliza nossa sociedade.
"Câmara decide se abre ou não processo de impeachment. Para além das manobras fiscais das quais Dilma é acusada, fatores como a Lava Jato, a recessão econômica e o distanciamento entre governo e Congresso compõem o contexto da votação."
"O debate sobre o impeachment de Dilma Rousseff tende a se polarizar em torno dos argumentos sobre se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Em tese, é a existência desse crime que autorizará o Congresso a aprovar ou não o impedimento do presidente da República."
Agora gostaríamos de escutar vocês. Quais outros artigos e pontos de visa recomendam? E quais caminhos sugerem para construirmos pontes de lucidez para atravessar esse momento tão tenso de nossa política?
Um abraço a todos.
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