No final de novembro, Jader Pires publicou um artigo inspirado no popular vídeo do Thomas Jullien sobre a repetição de fotos no Instagram. A produção, que já alcançou quase 2 milhões de visualizações, tem como base 852 fotos — de 852 usuários diferentes — para compor um mosaico narrativo e proporcionar a seguinte discussão: todo mundo tira foto igual no Instagram?
Se você procura a resposta que gostaria de ouvir, nada melhor que conferir o artigo do Jader — onde, com a finura e solércia de sempre, o editor apresenta argumentos para comprovar que "todo mundo faz tudo igual a um determinado grupo de pessoas".
Contudo, como qualquer grupo, existem os que ficaram de fora. Os que apontam ou cavam uma via alternativa. Os que, enquanto o mundo segue a correnteza, decidem quebrar a onda. E, utilizando as ferramentas que a mídia oferece, fazem algo diferente. Assim, destacando-se, mesmo que dentro de um outro e pequenos grupo: os que valorizam a personalização e identidade da mensagem emitida.
Guilherme Jotapê Rodrigues, o cara da arte abaixo, é um exemplo. Por meio do perfil @gui_jotape, o publicitário atende sugestões cinematográficas de amigos e transforma-os em sketch (rascunho, muito utilizado para se referir a cenas dramáticas e irônicas). Além do talento com a caneta e o moleskine, destaca-se a solução criativa encontrada por Guilherme na hora de encontrar um elemento ou cena que simbolizem o filme.
Na maioria das vezes, brilhante.
Outras pessoas souberam ir contra o senso comum e arriscar um formato no Instagram. Por exemplo:
- 1 Quarto - Esquetes de humor em 15 segundos.
- Receita em 15 - Isso mesmo: receitas simples e práticas no limite de tempo aceito pela ferramenta.
- Wellington Campos - Aquele cara que ficou famoso ao tirar fotos do Woody, personagem do filme Toy Story, em várias situações.
- Samantha Lee - Foto de comida todo mundo tira. Mas, acredite, poucas iguais essas.
- Junanto Herdiawan - O indonésio voador. É um dos meus preferidos.
Sempre existirão replicações, seja de foto de bebida ou espelho de academia. Isso é natural e não merece entrar em julgamento (pelo menos agora). Mas, convenhamos, devemos valorizar quem consegue, entre tanta influência para seguir o caminho mais tradicional, arriscar o desenvolvimento de uma nova tendência. Afinal, não fossem eles, a moda não se transformaria.
Há conteúdo bom na Internet. É só saber procurar e, principalmente, não ser mesquinho. Compartilhe o achado de qualidade. De medíocre já basta o resto.
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publicado em 09 de Janeiro de 2014, 08:26