Fechamos 2016 com a celebração da primeira década do PdH e uma promessa, realizada ao final do encontro "Homens Possíveis: quebrando as prisões masculinas": publicar uma curadoria com homens que nos inspiram.

Cena do encontro de 10 anos do PdH

A mídia tradicional sempre premia os atletas, empresários, atores e ativistas já famosos. Mas e quem não possui assessoria de imprensa e trabalha silenciosamente para defender o que acredita? Essa insatisfação vem crescendo dentro de nós há tempos — em especial depois que o Think Olga começou a publicar sua maravilhosa lista anual de mulheres inspiradoras, em 2013.

Daí veio nossa vontade em oferecer uma curadoria que possa jogar luz em quem não está na grande mídia, mas realiza um trabalho digno de admiração, não importa quão pouco valorizado seja.

Não estamos falando de virtuosos, que jamais pisam em falso ou não falam palavrão em público. São homens comuns, como você e eu.

Pois a visão do PdH não é formar uma panelinha de iguais que se acham melhores do que os outros — e se isso acontece de algum modo, estamos falhando feio. Aspiramos ter boas conversas, ser capazes de dialogar com quem pensa diferente e oferecer conteúdo útil, que possa ir além da cultura do entretenimento. Com alguma sorte, isso pode beneficiar vidas. É pra isso que estamos aqui.

Os critérios utilizados:

  • pessoas que realizam um trabalho digno de nota ao longo de 2016, que inspira, beneficia ou transforma o contexto no qual estão inseridas de algum modo

  • pessoas que não estão tão presentes na grande mídia

  • incluímos desde quase desconhecidos que fazem um belo trabalho no bairro em que vivem a pessoas que atuam em escala bem maior e já possuem reconhecimento considerável, pois não queríamos passar a mensagem de que só é legal se atingir muita gente; há um valor imenso nos pequenos trabalhos que se sustentam por meses e anos

  • buscar pessoas que também estejam além do eixo Rio-São Paulo

  • não incluímos pessoas que trabalham no PapodeHomem hoje ou que têm publicado textos conosco nos últimos tempos, caso contrário metade da lista seriam autores da casa (alô, Amuri, Fred Mattos, Bruno Passos, Brandão e cia limitada!)

  • não nos restringir a homens heterossexuais ou cisgêneros.

A lista é imparcial? 

Imparcialidade não existe.

Essa lista é um recorte, feito pelas mãos atentas de Ismael dos Anjos e Gabrielle Estevans, a partir da visão editorial do PapodeHomem, contando com minhas observações. Ela reflete as bolhas em que vivemos e nossas limitações.

O trabalho foi feito em duas semanas e com certeza há um espaço imenso para melhorar. A intenção é divulgar uma nova todos os anos. Por isso convidamos vocês a torná-la colaborativa.

Queremos que ela possa abarcar um espectro de ideias, ações e visões políticas bem maior do que nós três demos conta de propor inicialmente.

Mais uma cena do nosso encontro de 10 anos, realizado em dezembro de 2016

Como posso colaborar com a lista então?

Deixe sua sugestão de entrada nos seguintes moldes:

  • Nome

  • Link (caso haja um link público pra conhecer mais sobre a pessoa, seria ótimo estar listado também)

  • Por que vale incluir essa pessoa? (aqui você conta do trabalho e postura do homem indicado, oferecendo todos os detalhes que julgar pertinente)

Assim, juntando o artigo e os indicados nos comentários, teremos um trabalho muito mais rico e diverso.

Os 74 homens possíveis, divididos por área de atuação

Artes

André Dahmer — O quadrinista da tirinha Malvados, Terêncio Horto e outras tantas foi, em 2016, um cronista preciso e precioso dos tempos que vivemos e de como o experimentamos. “Nada, nada, nada. Não há nada acontecendo. Está tudo normal! normal! Normal, Normal!”.  

Também foi nesse ano em que Dahmer lançou o livro “Quadrinhos dos anos 10”. (dica de Gustavo Gitti).

Maurício Lima — um dos fotógrafos documentais mais prolíficos e conhecidos do Brasil, Maurício levou para casa em 2016 o maior prêmio de fotografia documental e fotojornalismo do mundo, o World Press Photo. Duas Vezes.

Foi o 1º colocado na categoria “General News” com a imagem de um médico cuidando das queimaduras de um combatente de 16 anos do Daesh/Isis e ficou em 2º na categoria “Daily Life”. Como se fosse pouca coisa, também arrematou um Pulitzer — o maior prêmio do jornalismo nos EUA — pelo ensaio sobre os refugiados em busca de asilo na Europa.

 

Rodrigo Guima — usa arte e amor como ferramentas em intervenções urbanas. Com afeto, quer transformar a forma como nos locomovemos e nos relacionamos com as cidades.

É social artist e agitador cultural e criou projetos como Aqui Bate um Coração, que colou corações em estátuas emblemáticas do Brasil e do mundo. Em 2016, o projeto virou lambe-lambes e é possível encontrá-los espalhados pela capital paulista.

Fábio Rodrigues — é desenhista e ensina caligrafia contemplativa, incentivado pelo Sensei Kaz Tanahashi, com quem treinou pessoalmente. Além disso, trabalha em espaços onde se pode aprender como melhorar as relações, cultivar o mundo interno e um florescimento humano genuíno — sem oba-oba, com os pés no chão do cotidiano.

É coordenador do lugar, tutor no CEBB Joinville, professor do programa Cultivating Emotional Balance e pai do Pedro.

Ativismo & Direitos Humanos

Bruno CaPão —  um dos criadores da padaria Sustenta CaPão, no Capão Redondo, chegou a ficar encarcerado na Fundação Casa (antiga-FEBEM) e é formado em gestão ambiental.

Hoje é nome certo também em outras iniciativas que buscam transformar e ressignificar a periferia de São Paulo: a ONG Base Colaborativa, e o projeto chamado Lado B do Capão, que funciona na própria laje. "Quero fazer com que as pessoas saiam das suas bolhas e ampliem sua rede de contatos. Vamos trazer protagonistas para inspirar os jovens da comunidade", disse à Folha de São Paulo.

Marcos de Moraes — “Está com dó? Leva para casa” é um frase comum entre quem costuma não defender os direitos humanos. Pois é exatamente isso que o guarda civil metropolitano Marcos faz, há oito anos, com pessoas em situação de rua e usuários de crack.

Mais de 50 daqueles a quem ele ofereceu apoio já moraram dentro de sua casa enquanto ele os ajudava a procurar a família, largar os vícios e voltar para casa. (nome indicado por Gabi Loureiro)

Padre Júlio Lancelotti — Sacerdote formado em pedagogia e teologia, o Padre Júlio Lancelotti, e defensor dos direitos de moradores em situação de rua. Acolhe o "povo de rua", como os chama, em sua pequena igreja, na Mooca, e luta para transformar vidas e construir igualdade social.

Em 2016, foi um dos nomes que fizeram a diferença ao ajudar pessoas que sofriam com o frio intenso que atingiu a cidade de São Paulo. (indicação Stefano Maccarini)

Atila Roque — diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Atila Roque, coordenou nesse ano uma grande campanha pela vida do jovem negro. “A desigualdade é parte constituinte do DNA nacional. A fundação do Brasil como Estado-nação está ancorada na desigualdade, na violência (porque para instaurar essa desigualdade o Estado teve que fazer uso cotidiano da violência) e na discriminação, em particular do racismo contra os negros.

E esses fatores não são periféricos, são estruturantes”, disse em entrevista à Época. “Para você fazer avançar a agenda dos direitos significa que alguns têm que ganhar direitos e outros têm que perder privilégios”. A partir de janeiro de 2017, Atila será o diretor da Fundação Ford no Brasil.(nome indicado por Amanda Kamancheck)

Gustavo Bonfiglioli — em novembro de 2010, um grupo de pessoas foi agredida na cidade de São Paulo com lâmpadas fluorescentes porque a expressão de seus corpos foi percebida e categorizada pelos agressores como inadequada.

Como resposta à opressão, Gustavo Bonfiglioli e um grupo de amigos criaram a Revolta da Lâmpada, que defende a liberdade de todo corpo. Neste ano, Gustavo também foi protagonista da propaganda inclusiva da base da Avon, com foco na diversidade de compleições físicas e na não-binaridade de gêneros.

Lucas Penteado Kóka — é rapper e presidente do grêmio do Colégio Caetano de Campos, na Consolação. O estudante secundarista Lucas Penteado Kóka fez parte do movimento horizontal que ocupou escolas em São Paulo. Durante a invasão da Polícia Militar no Centro Paula Souza, ficou conhecido por tentar entrevistar uma repórter da TV Globo.

Foi elogiado pelo ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro. “O rapaz deu um show de jornalismo!”. Além disso tudo, venceu a edição de Dezembro do Slam Resistência, uma competição de poesia.

 

Iran Giusti — o jornalista abriu a porta da sua casa, em 2015, para receber LGBTs que haviam sido expulsos de suas residências. Com o crescimento dos pedidos de acolhimento, Iran criou a Casa 1, apoiada neste ano pelo site de crowndfunding Benfeitoria.

Além de oferecer um teto para pessoas em vulnerabilidade, o espaço também funcionará como centro cultural, tanto para os moradores quanto para o público em geral.

Cidades

Augusto Leal — formado em Belas Artes, tem feito uma série de intervenções na cidade em que ele mora: Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. Primeiro foi uma bibliocicleta que rodava a cidade oferecendo acesso a livros gratuitamente para crianças e adolescentes.

Mais recentemente, fez também mutirão para a plantação de árvores. É uma figura ímpar que compreende a ocupação da cidade como uma obrigação para algo melhor (indicação de Thiago Ferreira).

Felipe Morozini — o multiartista encabeçou em 2016 o movimento para transformar o Elevado Presidente João Goulart oficialmente no Parque Minhocão, em São Paulo.

Também é o criador do projeto O Jardim Suspenso da Babilônia, uma intervenção urbana do artista e mais 21 amigos, no Minhocão. Foram dezenas de flores desenhadas com cal ao longo do elevado.

Roberto Andrés — arquiteto e urbanista, é professor de arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos criadores da “Piseagrama” (revista de circulação nacional e sem fins lucrativos sobre espaço público e assuntos pertinentes às cidades).

Em 2016, virou colunista do jornal O Tempo e foi um dos envolvidos no projeto Muitxs – Pela Cidade que Queremos, que movimentou a política de Belo Horizonte e teve a candidata a vereadora mais votada das eleições municipais de 2016: Áurea Carolina.

Rick Ribeiro — desde que descobriu que sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, Luis Henrique da Cruz Ribeiro, mais conhecido como Ricky Ribeiro, começou a lutar pela mobilidade nas grandes cidades. Daí nasceu o portal Mobilize Brasil, que divulga a cada ano notícias, estudos e estatísticas sobre deslocamentos urbanos.

Ciências

Bruno Umbelino da Silva Santos — em 2016 se sagrou o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio mundial Jovens Pesquisadores, na área de tecnologia da informação para a biodiversidade.

Estudou na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o tema de sua dissertação de mestrado foi "Mapeando a perda do conhecimento da biodiversidade na Amazônia em função do desmatamento histórico e futuro".

Celso Grebogi — formado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o cientista é o único brasileiro mencionado na 2016 Thomson Reuters Citation Laureates, lista que já previu 39 laureados desde 2002.

Mestre e doutor em Física pela University of Maryland e pós-doutor em Física, especializado em Teoria de Sistemas Dinâmicos, pela University of California at Berkeley, atualmente o pesquisador ocupa a cátedra Sixth Century Chair em Sistemas Complexos e Não-Lineares da University of Aberdeen, na Escócia.

Paulo Artaxo — professor do Departamento de Física da Universidade de São Paulo, na área de Geociências, é um dos quatro brasileiros que figuram na lista de cientistas mais influentes do mundo.

Posicionou-se contra a PEC 55 e defendeu os investimentos em educação: “Quando você não investe nas universidades em 20 anos está condenando o país a um atraso intelectual muito grande em relação ao resto do mundo. Todo brasileiro deve ficar muito preocupado com esta questão"

Gabriel Guerrer — doutor em física quântica, faz pós-doutorado em psicologia e pesquisa a consciência sob a perspectiva científica: estuda as interações mente-matéria e, dentro disso, a possibilidade da mente influenciar a matéria à distância (telecinese não é coisa só de X-Men).

Fez um crowdfunding para financiar os estudos e, em maio de 2016, fez um estágio no IONS (Institute of Noetic Sciences, na Califórnia) referente a replicação do experimento de fenda dupla e das interações mente-matéria.

Cultura

Alberto Magalhães — cientista social pela PUC de São Paulo, criou em, agosto deste ano, a primeira Casa da Cultura Brasileira. O espaço é um local de transmissão, disseminação, expressão e debates sobre as diversas artes e matérias relacionadas à riqueza cultural brasileira e tem programação gratuita.

Anderson França, ou Dinho — Criador da Universidade da Correria, lançou seu livro, Rio em Shamas, este ano.

É da periferia, cronista e vendedor de lanches. Entope seu Facebook com textões bem corridos, maravilhosos que correm bem entre a sagacidade e a porradaria cotidiana, daquelas coisas que precisamos ouvir todos os dias pra botar os dois pés no chão — mesmo que, muitas vezes, chega a doer e crispar. (indicação e texto de Jader Pires. O nome também foi lembrado por Ytalo Amarante)

Rico Dalasam — representante do movimento "queer rap" (termo que pode ser traduzido como "rap gay"), Rico tem letras que falam da própria sexualidade e guardam certo teor político. Com sua música, quer reunir dois movimentos que, na sua concepção, andavam desunidos: o negro e o gay. Já tem até nome para o próximo trabalho: "Orgunga" — junção de orgulho negro e gay.

Direito

Juiz Federal Rodrigo Gaspar Mello — da 1ª Vara Federal de São Mateus, no Espírito Santo, foi o responsável por proferir a sentença que manteve a ocupação de uma escola do Instituto Federal de Educação na região, em que alunos protestavam contra a PEC 241 e o projeto de Lei (PL) 193/2016, que versa sobre a chamada "escola sem partido".

“Assegurar aos estudantes que vêm ocupando as escolas, institutos e universidades em todo o país (…) é garantir a sobrevivência da própria democracia na medida em que esses movimentos foram os primeiros, e talvez sejam os únicos, a manifestar concretamente sua oposição às propostas do Poder Executivo no campo da Educação”. (nome indicado pela juíza federal Clara Mota)

Procurador Reginaldo Trindade — principal defensor dos direitos dos índios cinta larga, luta há mais 10 anos pela comunidade que é vítima do contrabando de diamantes em Roraima.

Em 2016, ganhou uma causa que o impedia de continuar o trabalho por um suposto conflito de atribuições (e uma prosaica justificativa de economia de gasolina) e conseguiu que o Ministério da Justiça aceitasse sua proposta para regulamentar a exploração. (nome indicado por Luiz Felipe Silva)

Promotor Guilherme Meneghin — o promotor da comarca de Mariana é quem acompanha de perto as famílias vítimas do maior crime socioambiental da história do Brasil.

Fundamental para que as pessoas de Bento Rodrigues e Paracatu continuem agindo de forma coletiva, conseguiu em 2016 que a ação civil pública que bloqueou R$ 300 milhões da mineradora Samarco tramitasse em Mariana — o que deve permitir uma indenização patrimonial e moral mais adequada às famílias.

A atuação merece ainda mais destaque em um momento em que o novo chefe do Ministério Público mineiro decidiu os três promotores mais atuantes da força-tarefa criada pelo MP para investigar o rompimento da barragem — supostamente por não concordarem com a volta das atividades da Samarco no Estado até que todas as licenças ambientais estejam esclarecidas.

Juiz Sami Storch — juiz da comarca de Itabuna, no interior da Bahia, obteve acordos em 90% das audiências de conciliação ao empregar a técnica de Constelação Familiar — método criado pelo teólogo, filósofo e psicólogo alemão Bert Hellinger que busca entender os vínculos familiares, as causas das crises nos relacionamentos e envolve até meditação.

O movimento da aplicação das constelações familiares no judiciário, capitaneado por Storch, foi batizado Direito Sistêmico. (nome indicado por Janine Fragoso)

Defensor público Júlio Camargo de Azevedo — mestrando em Direito Processual Civil pela Universidade de São Paulo (USP) e mediador formado pelo Instituto de Mediação Transformativa.

Vencedor do VII Prêmio Justiça para Todas e Todos – “Josephina Bacariça”. Coordena a unidade de defensoria pública de São José dos Campos, que atua de modo exemplar na prevenção da violência doméstica, tendo sua atuação publicamente reconhecida.

Economia

Fábio Kestembaum — é cofundador da Positive Ventures, um venture capital de impacto que investe em startups e negócios com propósito, escala e rentabilidade. A Positive Ventures também lidera um Think Tank que se dedica a estudar e debater os principais desafios de investimento de impacto em países emergentes.

Educação

Thiago Berto — fundador da Cidade Escola Ayni, no Rio Grande do Sul. A Ayni foi desenhada e expressada para ser um lugar de inspiração, de referência em transformação do ser, de educação e sustentabilidade. Um espaço de aprendizado e expressão para crianças, pais, educadores e comunidade. Neste ano, o projeto ganhou corpo e força, formando educadores, criando retiros e vivências.

Paul Lafontaine — criador do Alma de Batera. Funcionando desde 2008 e com mais de 300 alunos atendidos na cidade de São Paulo, o projeto nasceu a partir do desejo de estimular e incentivar o potencial e autoestima de pessoas com deficiência por meio da música.

Em 2016, Paul conseguiu reunir músicos brasileiros para lançar o primeiro clipe do Alma de Batera.

André Gravatá — escritor, jornalista e educador. Escreveu o livro Volta ao Mundo em 13 Escolas, e pelo terceiro ano consecutivo fez a Virada Educação.

Alex Bretas — criador do Educação Fora da Caixa. "A Educação Fora da Caixa é um projeto de investigação financiado de forma colaborativa sobre novas formas de aprendizagem de jovens e adultos, baseadas em princípios como a curiosidade e a autonomia. A partir de 2014, tenho pesquisado casos, histórias e autores que me ajudam a criar uma educação pautada pela liberdade e pelo cuidado para com o outro.

Essa investigação tem gerado diversos materiais, e alguns deles estão disponíveis para download abaixo. Continuo pesquisando, e tenho publicado os achados das novas investigações no meu blog."

Gandhy Piorsky — artista plástico e educador, o pernambucano pesquisa e pensa sobre brinquedos há mais de 20 anos – depois de estudar 25 comunidades do Cearea, chegou a dividir sua compreensão sobre eles entre os quatro elementos da natureza.

Em 2016, lançou no Instituto Alana o livro ‘Brinquedos do Chão: a natureza, o imaginário e o brincar’. (indicação de Juliana Labraña

Vicente Lourenço de Góes — psicólogo, é um dos articuladores da comunidade de aprendizagem Barro Molhado, que reúne pais e educadores em prol do desenvolvimento infantil e realiza atividades em praças e ruas de São Paulo. (nome indicado por Fred Di Giacomo Rocha)

Leia também  O que esperar da NBA em 2012

Empreendedorismo

Fábio Silva — empreendedor social, é o idealizador do movimento Novo Jeito, da plataforma Transforma, da Rede de Empreendedores Sociais no Brasil e do Porto Social — uma das Empresas Que Você Deveria Conhecer que destacamos aqui no PapodeHomem. Só no Porto Social, passam por um processo de mentoria e incubação 50 ONGs e negócios sociais de Recife que já beneficiam 300 mil pessoas.

André Lara Resende — André está à frente do Grupo Baanko e há alguns anos auxilia a acelerar projetos sociais em diferentes áreas. No ano de 2016 o evento Baanko Challenge, que alavanca projetos sociais iniciantes, atuou em sete capitais brasileiras além de Buenos Aires e Valparaíso.

Todo o evento é realizado dentro do conceito de Economia Colaborativa e os projetos sociais recebem duas semanas de aceleração junto a mentores de áreas relacionadas as suas necessidades.

João Pedro Motta — João, de 19 anos, negou um emprego no Google para abrir o próprio negócio. Seu streaming de música, o Plaay, é voltado para as classes mais baixas no Brasil. Há quase um ano o aplicativo de streaming de música ocupa vaga cativa na lista dos mais baixados da categoria “música” na Apple Store.

Fernando Niemeyer — antropólogo especializado em cultura indígena, é sócio fundador da Tucum — empresa dedicada à venda de artesanato produzido por etnias indígenas como os kayapó, krahô, pataxó e guarani. Pensada para garantir renda aos povos originários do Brasil, a Tucum procura estruturar a cadeia e fazer um acompanhamento sistemático dos processos de produção junto aos artesãos.

Fábio Seixas e Rafael Vettori — fundadores da plataforma O Panda Criativo, que surgiu para criar, promover e gerir iniciativas que usam a criatividade como ferramenta para transformar a sociedade. A principal realização da dupla é o Festival Path, que vai para sua quarta edição e se tornou referência em inovação no país.

Esportes

Breiller Pires — Jornalista esportivo com passagem pela Placar, Breiller tem compartilhado seus comentários na ESPN. Para além disso, se envolve bastante com a perspectiva de direitos humanos no esporte. Em 2016, foi autor de reportagem sobre tráfico de crianças e abusos sexuais no futebol brasileiro que ganhou o 3º lugar na categoria online do 33º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo com uma reportagem que publicou na Vice.

Antônio e Fernando Leme — com paralisia cerebral, Tó foi ouro na categoria BC3 da bocha (reservada para quem tem deficiências muito severas) nas Paralímpiadas 2016. O irmão mais novo Fernando, que atua como calheiro, é quem lhe empresta as mãos para praticar o esporte. As mesmas mãos também foram responsáveis por uma das principais cenas do torneio: os dois se abraçando no chão.

Antônio e Fernando Leme, em momento emocionante

Geraldo Márgelo de Oliveira (Dado de Oliveira) — É o fundador da Academia Desportiva Manthiqueira, clube que disputa a quarta divisão de São Paulo.

Além de fazer um trabalho social com garotos da cidade de Guaratinguetá, usa o futebol para disseminar ideais de respeito, igualdade e ética. Há uma rígida cartilha no clube que orienta jogadores a não reclamar com árbitros, proíbe comemoração de gols com dancinhas ou qualquer outra coisa que possa desrespeitar torcedores adversários e incentiva a praticar o fair play. O Manthiqueira segue os princípios de Kant e se declara um clube laico, onde todas as religiões são aceitas e respeitadas. É o primeiro e único clube profissional de São Paulo a ter uma mulher como treinadora (Nilmara Alves).

O Dado de Oliveira é uma espécie de "Mujica do futebol" em Guaratinguetá. Apesar de cartola, mora em uma casa simples e anda em carro popular. Investiu todo seu dinheiro em seu projeto de futebol. Como não tem apoio de empresários da cidade, o Manthiqueira corre o risco de fechar as portas. Não fosse pela perseverança do Dado, já teria fechado em 2016. (indicação e texto por Breiller Pires)

Internet & Comunicação

Gabriel Estrela — Criador do canal do YouTube Projeto Boa Sorte e de um musical com o mesmo nome, Gabriel é ator e também portador do vírus HIV — descobriu ser soropositivo em aos 18 anos, em 2010.

Foi voluntário de uma ONG em Brasília e hoje usa os vídeos para contar como é viver com HIV e conscientizar sobre a prevenção. Para ler mais sobre o projeto Boa Sorte, visite o Facebook. (nome indicado por Otávio Cohen e Sulamara Moreira)

 

Felipe Silva — “Antes de falar de preto, de pobre de favelado. Saibam: todos esses sou eu”. Redator publicitário, o ex-faxineiro compartilhou no Facebook, no dia em que seu filho Murilo nasceu, um relato marcante e necessário sobre desigualdade no Brasil.

O post viralizou, com mais de 160 mil reações, e merece destaque como textão do ano. Faça um favor a você mesmo e leia.

Diogo Rodriguez — insatisfeito com as notícias jornalísticas, Diogo criou o site Me Explica?, para facilitar a compreensão de conceitos e situações políticas, econômicas, etc. Este ano, participou do Projetos de Garagem, iniciativa da curadoria de conhecimento Inesplorato.

Fred di Giacomo Rocha — é escritor e jornalista multimídia premiado internacionalmente. Ex-diretor do Núcleo Jovem da Editora Abril, foi um dos idealizadores do newsgame Science Kombat, lançado ano passado. Em 2016 também se tornou coordenador da Escola de Jornalismo da Énóis, primeira plataforma de ensino de jornalismo gratuita do Brasil.

Gênero & masculinidades

Benedito Medrado — coordenador do Instituto Papai e do Núcleo Feminista de Pesquisas em Gênero e Masculinidades (Gema/UFPE), é membro do Fórum Nacional de Pesquisas em Gênero, Sexualidade e Educação e foi um dos entrevistados do documentário “Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero” lançado pelo PapodeHomem e pela ONU Mulheres.

“Se você percebe que a maior população carcerária do Brasil e do mundo é composta por homens. Quando você pensa nas causas de adoecimento e morte dos homens, do que os homens morrem e adoecem? A gente vê o tempo inteiro campanhas sobre o câncer de próstata, o câncer do pênis. Essas são algumas das causas, mas não são a principal causa de morte dos homens. A principal causa de morte dos homens é o machismo”.

Marcos Nascimento — psicólogo, Doutor em Saúde Coletiva, Pesquisador e Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde da Mulher e da Criança do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz.

Foi diretor executivo do Instituto Pró-Mundo, que trabalha a transformação de masculinidades, por 11 anos. Você pode vê-lo no trailer do documentário "Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero", falando a emblemática frase: "se os homens são parte do problema, eles também precisam ser considerados parte da solução".

Sirley Vieira — é coordenador executivo do premiado e maravilhoso Instituto Papai, localizado em Recife, que trabalha a transformação de masculinidades. 

O Instituto PAPAI foi fundado no ano de 1997 com a proposta de refletir a invisibilidade da experiência masculina no contexto da vida reprodutiva e no cuidado com as crianças. Iniciativa pioneira na América Latina, a instituição teve como base o modelo dos núcleos acadêmicos de estudos sobre a mulher e relações de gênero.

Documentário completo pra você assistir, com as falas de Benedito, Marcos e Sirley, os indicados acima: "Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero"

Victor Summers e Miguel Marques — homens trans, os dois jovens são os responsáveis pela página no YouTube CID-10 (antigamente batizada Transviados), que fala de forma acessível sobre temas relativos à transexualidade, positividade corporal, positividade sexual (Como homens trans fazem sexo?) e militância.

Também administrador da página Homens Transgêneros, Miguel chegou a ser discriminado no SUS no fim do ano passado por ter um útero.

Marcos Antônio —  é homem, hétero, e trabalha como faxineiro em casas de família para pagar as contas. A tarefa, que ainda é vista pela maioria como "trabalho de mulher", é realizada por ele com dedicação, cuidado e carinho. E ele conta que até gosta!

Marcos trabalhou muitos anos como porteiro, perdeu o emprego e começou a fazer faxinas junto com a esposa. Há alguns meses, a esposa arrumou emprego em um supermercado, e Marcos seguiu com as faxinas. Todos os dias, ele liga para a esposa perguntando coisas como "Amor, aquelas manchas no box do banheiro, tira como?" Ele não se importa em admitir que a mulher sabe mais sobre um determinado assunto que ele ainda não domina. Ele não se priva em reconhecer que precisa da ajuda dela. E ele não se sente diminuído por isso.

Marcos tem uma filha adolescente que teve um bebê este ano. Ele é muito discreto, mas, nas poucas vezes que fala da filha ou da neta, é com muito carinho. Ele até gostaria que a filha estivesse namorando o pai da bebê. Mas compreende que a relação não era boa para nenhum dos dois, e respeita a decisão deles de se manterem separados. Marcos não tem nem o ensino fundamental completo – está tentando fazer provas para validar o diploma -, não sabe o significado da palavra "desconstruído" e, talvez, nem tenha a consciência do quanto simboliza.

Mas ele é um homem possível, um homem real, que enfrenta os preconceitos de seu círculo e vive com a dignidade que vai de encontro com a sua verdade. (indicação e texto por Raquel Sodré)

Liniker — cantora revelação de 2016, é gender fluid, mistura black music e soul e prefere ser tratada pelo gênero feminino. Faz parte da Geração Tombamento, música poligênero brasileira que traz uma nova leva de cantores unidos pela força representativa das principais questões da sociedade civil — raça, gênero e sexualidade.

Meio Ambiente

Ricardo Cardim — mestre em biologia botânica, desenvolveu a metodologia chamada “Floresta de Bolso”, em que pesquisa espécies nativas da Mata Atlântica para recriar, em pequenos espaços no campo ou nas cidades, a vegetação original (como as espécies de mata nativa se desenvolvem melhor que as exóticas, são mais propensas a criar uma pequena floresta em ambientes diferentes).

Já há uma floresta de bolso no Parque Cândido Portinari e também uma iniciativa para recuperar a mata ciliar do Rio Pinheiros. Você pode acompanhar a agenda de plantios coletivos pela página Novas Árvores por Aí.

Cláudio Spínola — é o fundador da Morada na Floresta, negócio social focado em soluções ecológicas que buscam diminuir os impactos causados pelo homem no meio ambiente.

A marca de Spínola promove cursos e também comercializa produtos como composteiras domésticas, fraldas ecológicas, carregadores de bebês e sistemas de compostagem empresariais. Foi finalista do Prêmio Empreendedor Social em 2016.

Carlos Nobre — pesquisador e climatologista, venceu em 2016 o “Volvo Environment Prize”,  considerado um dos principais prêmios de ciência e meio ambiente do mundo. É pioneiro nos esforços para compreender e proteger a Amazônia e lidera pesquisas  que relacionam as alterações climáticas e desmatamento. Também foi reconhecido pelos esforços nas políticas nacionais e internacionais e na ciência para a questão da Amazônia.

Mundo Interno / Desenvolvimento Humano

Gil Eanes Vivekananda — professor que alia artes marciais e treinamento de meditação, Gil é parceiro antigo do PapodeHomem. “O trabalho que o Gil desenvolve não busca holofotes. É permanente, diário, resultado de anos de prática marcial e prática de mente. Aos poucos, entra na nossa mente, nos muda, nos molda, nos torna pessoas pessoas melhores. E quando você agradece a ele, um singelo sorriso brota, e devolve o agradecimento por ter deixado ele entrar na sua vida.

Em 2016 ele tem imaginado, construído, escovado e lixado o futuro Centro de Treinamento em Quiriri, zona rural de Joinville (indicacão e texto por Rafael Martins dos Santos e Rariel Jaras).

Gustavo Gitti aluno do mestre budista lama Padma Samten, Gitti tem jogado luz sobre temas como ciúme, controle e carência.

Também é tutor do programa de treinamento do Centro de Estudos Budistas Bodisatva, em Viamão, no Rio Grande do Sul e coordenador d'O Lugar, espaço online de transformação coletiva. Em 2016 percorreu o Brasil em palestras e seminários ajudando ainda mais pessoas a se desenvolverem.

Moda

André Carvalhal — foi gerente de marketing e conteúdo da Farm por dez anos e em 2016 saiu da marca para se dedicar ao projeto de moda colaborativa Malha.cc, uma plataforma que conecta criadores, empreendedores, produtores, fornecedores e consumidores pela construção de uma moda sustentável, colaborativa, local e independente.

Júlio César Lima — criador do Jacaré Também é Moda, no Rio de Janeiro. Além de dar visibilidade a mulheres da periferia, o projeto também trabalha empoderamento feminino, ajuda a quebrar padrões de beleza e traz representatividade para o cenário fashion.

Política

Ricardo Borges Martins autor recorrente do PapodeHomem e organizador da Virada Política, Ricardo foi um dos articuladores do movimento da “Bancada Ativista: Ocupando a política institucional no Brasil” em 2016. A iniciativa tentou levar para dentro do legislativo pessoas que já são atuam em prol da sociedade mesmo sem cargo eletivo.

Rafael Gonçalves Costa um dos articuladores do Carnaval de Belo Horizonte, Rafael faz muita diferença na vida de muitas crianças desde a fundação da Casa de Gentil, quatro anos atrás, no bairro Várzea do Sítio, em Raposos, Minas Gerais. Entre o trabalho como professor e as muitas horas dedicadas a Casa de convívio e cultura, leva longe e valoriza nossa cidade e nossa gente.

Candidato a um cargo político pela primeira vez em 2016, se tornou o vereador mais votado da história da cidade (proporcionalmente mais votado que o Suplicy, com 7,11%). (indicação e texto de Glauco Gonçalves Dias)

Ed Marte —  artista queer, performer, educador popular e yogi, foi candidato a vereador de BH pelo movimento Muitas, Cidade que Queremos. Apesar de não ter se elegido, conseguiu levantar questionamentos sobre justiça social, diversidade e, claro, o jeito festivo que BH tem encontrado para se transformar.

Jorge Brand (Goura Nataraj) — é atuante na luta pelo cicloativismo da cidade de Curitiba e trabalha em prol da mobilidade sustentável. Neste ano, foi eleito vereador com uma campanha de formato diferente, com engajamento de pessoas de diversos segmentos da sociedade.

Vem trabalhando por um perfil diferente de liderança política e quer indicar novas maneiras possíveis de se fazer política no país. (indicação Daniel Picardi)

Saúde

Fabrício Almeida — enfermeiro ligado à política de Saúde do Homem – Ministério da Saúde em Sergipe. Há um ano colaborou, em parceria com a Associação de Pescadores da Coroa do Meio, para a formação de um Grupo de Homens que, ao longo de 2016, discutiu temas como DST/AIDS, violência contra a mulher, álcool e outras drogas, alimentação saudável, prática de exercícios, acesso a exames de rotina, saúde bucal, participação do homem nos exames pré-natal da mulher etc.

Para celebrar um ano de ações e contar um pouco dessa história, ele e outros agentes de saúde da Usf Hugo Gurgel lançaram o curta-metragem amador "ColoniaH" nesse mês de dezembro. (indicação de Christina Montenegro)

Carlos Eduardo Correa (Cacá) — pediatra humanizado, que pensa a infância e as relações familiares, é  fundador do Espaço Nascente. Ambiente de acolhimento e reflexão, o Espaço promove rodas que promovem informação, acolhimento e compreensão sobre temas da infância, da maternidade e também da paternidade. “Acreditamos que, com uma criança, nascem novas vidas: nasce uma mãe, nasce um pai, nascem avós, tios, uma família. E a chegada destas novas vidas provocam rearranjos e mudanças que não devem passar despercebidas”.

Para ler um pouco mais sobre o percurso de Cacá e cuidados com a criança e com a família, acesse o blog que ele mantém.

Renato Tasca — coordenador da Unidade Técnica do Mais Médicos, programa que conta atualmente com um contingente de mais de 18,2 mil médicos alocados em 4.058 municípios brasileiros e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (desses, 11,4 mil profissionais são estrangeiros).

Hoje, três anos depois da implantação do programa, dados do Ministério da Saúde apontam que o Mais Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas (antes, 5 estados possuíam menos de 1 médico para cada 1000 pessoas e 700 municípios remotos não tinham sequer um médico na atenção básica). De acordo com a OPAS/OMS e com a ONU, o Programa Mais Médicos “é potencialmente benéfico em qualquer país que decidisse adotá-lo”.

Sidney Glina — urologista, especializado em reprodução humana, andrologia e disfunção sexual masculina. Co-fundador do Instituto H. Ellis, em São Paulo, onde atende. Assista aqui sua informativa e engraçada entrevista no Jô Soares.

Derblai Sebben — estuda e pratica Antroposofia desde 1983. Trabalhou em escolas Waldorf e ainda hoje trabalho na Associação Beneficente Parsifal onde acompanho os alunos e jovens que necessitam de cuidados especiais. Estudou Ritmos Biológicos (USP) e Medicina do Sono (UNIFESP) e fez pesquisa nessa área (avaliação da qualidade do sono em crianças e adolescentes). Atualmente pratica Medicina Antroposófica na Casa 44. Foi um dos palestrantes do encontro "Homens Possíveis", feito pelo PdH no final de 2016.

Sexualidade

Diogo Souza — psicólogo, especialista em gênero e sexualidades e mestrando em saúde comunitária pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Discute saúde do homem desde a graduação e, no mestrado, está a se aprofundar no tema a partir do estudo sobre saúde de homens trans em Salvador.

Durante o último ano, criou e coordenou o GT Psicologia, Sexualidades e Identidades de Gênero no Conselho Regional de Psicologia da Bahia. Foi um dos palestrantes do encontro "Homens Possíveis", feito pelo PdH no final de 2016.

Sidney di Sessa — psicólogo especializado em sexualidade masculina. Possui especialização em Sexualidade Humana. Diretor do Serviço de Psicologia do Instituto H. Ellis, onde atende em São Paulo. Colaborador nos livros “100 Dúvidas sobre Sexo”, “Disfunções Sexuais Masculinas” e “Manual Prático de Condutas em Medicina Sexual e Sexologia”.

Tecnologia

Eduardo Biz — Pesquisador de cultura, comportamento e consumo. Lançou, em 2016, a start-up Artikin, uma plataforma de curadoria cultural e criação de conteúdo especializado em arte. Desenvolve pesquisa de tendências para Box1824 e atua como editor-chefe do Ponto Eletrônico, um canal sobre inovação e futuro.

Também é curador independente, tendo desenvolvido a pesquisa curatorial do pavilhão brasileiro na Exposição Universal de 2015.

Daniel Bacchieri — é jornalista, fundador e curador do Street Music Map, iniciativa online colaborativa que mapeia a música de rua pelo mundo. Já apresentou mais de 1200 músicos de rua em 93 países. O objetivo é mostrar que a rua também pode ser um palco cheio de possibilidades e experiências sonoras.

Gabriel Hilair — criador do Projeto Dúdús , Gabriel quer impulsionar a presença de afrodescendentes nos diálogos da arte. Com meses de vida, a plataforma digital idealizada pelo produtor e arte-educador já conta com mais de 17 trabalhos divididos entre cerca de 25 jovens artistas.

* * *

Agora é com vocês. Quem mais merece estar nessa lista?

Vale recomendar alguém que transforme a sua rua, seu bairro ou até mesmo quem esteja mudando todo o país silenciosamente.

Seguimos juntos. Um abraço!

Guilherme Nascimento Valadares

Fundador do PDH e diretor de pesquisa no Instituo PDH.