Oi, aqui é o Luciano de dez anos de idade falando.
Tenho uma historinha pra contar, antes de ir pro que interessa, os jogos. Há algum tempo venho tomando conta da coluna "Deixa que eu Faço", aqui no PapodeHomem, o que me colocou em contato com todo tipo de projeto Do It Yourself. Em meio a tantos outros, acabei me deparando com a possibilidade de transformar um Raspberry Pi em uma central de videogames retrô que você pode colocar na sala, plugar na TV e fazer a festa com os seus amiguinh… digo, convidados.
Por enquanto, ainda não coloquei o projeto em prática, mas de repente me vi com meu interesse maluco por jogos antigos aceso com toda força, em especial pelos do SNES. Sou um leitor e entusiasta de informações enciclopédicas, então, comecei a perambular por todos os blogs e portais, pesquisando quais eram os melhores jogos da época e quais valiam a pena serem ressuscitados. Como sei que o mundo não tem exatamente os mesmos gostos que nós, brasileiros, resolvi misturar as referências que vi por aí com as experiências que tive enquanto rato de locadora nos meus tempos de infância.
A lista abaixo não é exatamente um ranking. Portanto, todos os jogos aqui são valiosos games de seu tempo. Não exatamente estou fazendo juízo de valor ao colocá-los nas diferentes posições.
Também evitei colocar continuações desnecessárias, só pra fazer volume. Com exceção de Mario e Mortal Kombat, você não vai ver jogos diferentes da mesma série. Escolhi ao todo 53 games, mas há vários outros citados no decorrer das descrições, que podem valer a pena de jogar, caso você goste de algo relacionado.
Provavelmente você vai discordar de mim nas escolhas, mas isso é bom, porque é exatamente pra isso que servem as listas: pra gente discordar e trazer à tona ainda mais jogos legais.
Então, aqui vai minha lista de 53 jogos fodões de SNES. Não gostou? Faça sua parte nos comentários lá embaixo.
E, caso você esteja com a nostalgia em alta, aqui vão outras listas de games que já publicamos:
- Os 53 melhores jogos de Mega Drive
- Os 53 melhores jogos de PlayStation (PSX, PS1)
- Os 63 melhores jogos de Game Boy (Advance, Color e Classic)
- Os 30 melhores jogos do Nintendo 64
Super Mario World 2: Yoshi's Island
Eu tenho uma relação afetiva com Yoshi's Island Sempre que tenho um Super Nintendo (ou emulador) por perto, é por ele que procuro primeiro. A trilha sonora, os gráficos feitos como se desenhados por uma criança, as diferentes dinâmicas apresentadas no jogo (como quando o Yoshi se transforma em algum veículo), tudo parece perfeitamente colocado no seu lugar de tal forma que quando vejo os remakes sempre acho que mexeram em algo totalmente desnecessário.
Além disso, vale dizer que, se você só está interessado em jogar algo casual, sem maiores problemas, esse jogo é pra você. E, se você procura algo mais desafiador, cheio de segredos e quebra-cabeças, esse jogo também é pra você. Dependendo de qual postura você adotar, ele fica mais fácil ou muito mais difícil. Prato cheio.
Teenage Mutant Ninja Turtles 4: Turtles In Time
Aqui eu só tenho uma coisa a dizer: jogue os inimigos na tela. Era simplesmente demais fazer isso e totalmente surreal para a época. Além disso, o jogo tinha uma jogabilidade foda em muitos sentidos. Simples e eletrizante, o jogo certamente vale a pena.
Chrono Trigger
Esse é um que eu só fui jogar mais tarde, mas que era o Santo Graal do SNES na época. Confesso que até hoje não zerei completamente. E também acho que nem dá. O jogo tinha personagens bem malucos, desenhados pelo Akira Toriyama, o autor de Dragon Ball Z. Ele leva você a 13 finais diferentes e está recheado de variações e erros que pode cometer e, quando menos espera, entrou em algum caminho sem volta que vai te conduzir a um final que nem fazia ideia.
Top Gear
No Brasil, a música de abertura do primeiro Top Gear é um artefato cultural. Quem não lembra? O jogo em si nunca foi grande no exterior, mas por aqui, é um clássico regional. Há quem prefira o segundo, há quem prefira o terceiro, chamado Top Gear 3000. Eu gosto bastante dos três que saíram no SNES e recomendo a série como um todo.
Megaman X
Mais um que vale a menção à série inteira. Todos os games feitos para o SNES, do Megaman X ao X3, são incríveis, mas acho que o primeiro é o ponto mais alto. Megaman X trouxe o herói azul a um patamar diferenciado para a época, quando a franquia já estava um tanto desgastada. Mais adulta que a série original, com trilha sonora mais pesada e intensa (que gerou inúmeros remixes) e um redesenho de toda a mecânica do jogo, ele certamente vai consumir algumas boas horas da sua vida. E não vale terminar sem pegar o Hadouken.
Earthworm Jim
Eu juro que me esforçava pra entender esse jogo e não conseguia. Vacas, geladeiras, velhinhas, pneus, uma minhoca usando uma roupa espacial… era tudo muito bizarro, mas absurdamente bonito e envolvente. Esse jogo, na minha humilde opinião, envelheceu muito bem (apesar dos pixels evidentes pros padrões de hoje), com a sua estética e jogabilidade pra lá de absurdas. Ponto extra para a trilha sonora.
Super Metroid
Super Metroid é um jogo solitário, escuro, silencioso, tedioso, difícil, claustrofóbico, muitas vezes frustrante e repleto de momentos desesperadores. Eu não sei porque as pessoas jogam isso, sério. Mas a verdade é que, uma vez que você começa a se embrenhar pelos cenários e cavernas do jogo, você simplesmente não para.
Donkey Kong Country
Ok, óbvio. Donkey Kong levou o SNES a um outro nível gráfico, com renders que eram coisa de alienígena em um videogame de 16 bits. Ninguém nem acreditava quando via. Mas, fora isso, o jogo em si é fantástico e divertido demais. Não vale dizer que jogou sem ter zerado com 101%. E, sim, os outros dois também valem cada minuto de jogo.
Super Mario Kart
Esse jogo dividiu famílias, separou irmãos, desfez amizades. Super Mario Kart provavelmente tem um grande carma oriundo das brigas que resultaram do modo de multiplayer. Nunca vi um jogo como esse, no qual a desonestidade é premiada de tal forma que não importa se você corre bem ou não, tudo pode acontecer. E, sim, essa é a grande graça da coisa. Você vai rir e se desesperar enquanto joga, pode ter certeza. Ainda guardo rancor do meu irmão até hoje por causa de Mario Kart.
Super Street Fighter
Nessa época, Street Fighter era imbatível. O melhor jogo de luta, de longe (desculpa, fãs de Mortal Kombat). A versão Super introduziu quatro novos personagens, novos cenários, mais músicas, enfim, mais tudo. No SNES foi um pouco cortado pra caber no cartucho, mas nada que desfigurasse o game. Era certeza de uma tarde feliz (ou nem tanto, se você fosse um mau perdedor).
Mortal Kombat 2
Estou evitando colocar muitos jogos da mesma franquia na mesma lista, mas está sendo difícil. No caso do Mortal Kombat, não tem como não fazer uma nota específica sobre o segundo game. Tudo o que tinha no primeiro foi aperfeiçoado e elevado a uma nova escala. Você tinha toda aquela série de fatalities e de repente se depara com outros tipos de humilhação possíveis, como os babalities. Sem contar que, na época, não bastava apertar start para ter acesso a todos os códigos. Saber um fatality era motivo para elevar o seu status perante os amigos. Hoje, aposto que você não consegue decorar tudo o que conseguia quando era moleque.
Ultimate Mortal Kombat 3
Quando saiu o Mortal Kombat 3, o mundo se dividiu. Havia aqueles que acharam incrível a mudança pela qual a série passou e os outros que se decepcionaram um pouco por coisas como a mudança do Sub-Zero e a ausência do Scorpion. Quando eles lançaram a versão Ultimate, para o SNES, muita gente deu o braço a torcer e começou a jogar do mesmo jeito. Muito mais personagens, jogabilidade mais rápida, mais cenários e a sede de sangue da molecada só crescia. Foi uma boa época para se viver.
Killer Instinct
Está certo que ele é praticamente um outro jogo no que diz respeito aos gráficos em comparação com o Arcade, mas ninguém pode dizer que ele não arrasou no SNES. É como se tivesse sido pensado pra ser um bom jogo baseado no original ao invés de meramente um port com menos recursos pra caber no 16bits. Acho foda. E repito: aquela trilha sonora somada à voz do narrador dava um medo desgraçado.
Final Fight
O cartucho de SNES tinha um erro imperdoável: não tinha o Guy. Não faço a menor ideia do que passou pela cabeça da Capcom pra remover o personagem, mas a verdade é que, se você tivesse gostado do arcade e trouxesse a fita da locadora pra jogar em casa, ia se deparar com essa falha. Mas, de fato, ele continuava sendo um jogo muito foda, mesmo assim. Incomparável no estilo. De qualquer forma, os outros Final Fight também eram ótimos. Gosto especialmente do terceiro.
Harvest Moon
A sinopse do jogo tem tudo pra fazer você pensar que se trata da coisa mais chata que você já viu na vida: cuidar de uma fazenda. Mas a realidade é que, antes de Pokémon, Harvest Moon já trazia o seu instinto paterno à tona e tornava você o feliz proprietário de uma fazenda recheada de vaquinhas, galinhas, plantações, afazeres e todo o mundo administrativo da forma mais fofa possível. Não me condenem, é um bom game.
Metal Warriors
A introdução de Metal Warriors já vem pra mostrar do que o jogo é feito: artilharia pesada e ação com robôs gigantes, no melhor estilo Gundam. O modo multiplayer é demais.
Super Mario RPG
Eu lembro de andar por todas as locadoras do bairro, procurando por esse jogo. Era artigo raro, mas valia muito a pena. Tinha gráficos maravilhosos pro SNES e trazia o Mario em uma dinâmica de RPG (que eu estava descobrindo naquele momento). Como vivíamos uma época ainda sem essa facilidade da busca de informações, cada vez que eu lia a respeito em alguma revista de games, ficava maluco de vontade de jogar. As revistas se rasgavam de tantos elogios. Quando peguei um cartucho nas mãos, não sabia nem o que fazer.
Uniracers
Eu pirei quando tive contato com esse jogo. Ele era rápido, colorido e tinha um sistema de multiplayer bem legal. Passei longas tardes jogando com meu irmão.
Encontrei numa locadora, perdido, e acabei ficando com o cartucho, não lembro exatamente como (tenho certeza que não roubei, juro). Hoje, procurando sobre ele, descobri que foi alvo de um processo da Pixar por causa do design dos monociclos e ficou restrito às 300.000 cópias iniciais. Logo, dificilmente você vai ver um desses por aí e, se vir, guarde o cartucho para si. Eu devia ter feito o mesmo.
Aladdin
Todo mundo já jogou esse. Baseado na animação da Disney, é um joguinho de aventura sidescroller bem simples, mas bonito, não muito difícil e rápido de terminar. Bom pra uma daquelas tardes que você resolveu procrastinar e quer ter a sensação de que completou algo.
Rock 'n Roll Racing
Eu acho que jogando esse game foi a primeira vez que ouvi a maior parte dos clássicos que compunham a trilha sonora. Mas fora esse, que era o detalhe que mais chamava atenção, o jogo em si era muito legal. As corridas eram rápidas e você tinha que ficar esperto pra não levar um míssil e perder sem fazer nem ideia do que te atingiu.
Zelda: A link to the past
Não dá pra deixar de rasgar muita seda pra esse jogo. Ele definiu praticamente tudo o que se tornou padrão da série dali pra frente e foi, sem dúvida, um ponto importantíssimo no próprio conceito de adventure RPG. Pra quem não tem o menor interesse nesse aspecto histórico, por si só, ele garante uma imersão bem grande e é certeza de dor de cabeça para descobrir como resolver todos aqueles puzzles. Mais uma vez, ponto pra trilha sonora e pras galinhas.
Final Fantasy VI
Nos EUA, esse jogo veio como Final Fantasy III, pode ser que você o veja com esse título por aí. Acho que o Final Fantasy IV (II nos EUA) poderia perfeitamente estar na lista, mas o Final Fantasy VI tem um lugar especial no meu coração. Provavelmente esse foi o primeiro game que me fez ter empatia pelos personagens e eu acho que nunca me envolvi tanto com uma sequência quanto a famosa cena da ópera. Foi o último Final Fantasy da série principal a ser em 2D e representou um dos melhores momentos da Square na Nintendo até então.
International Super Star Soccer Deluxe
Pra muita gente, esse foi o melhor jogo de futebol por um bom tempo. Eu me incluo nessa lista. Não sou exatamente um fã de futebol, mas esse jogo me tomou bastante tempo de vida. Não tinha gráficos incríveis, nem um grande som ou qualquer outro aspecto mais visual que se destacasse, mas a jogabilidade era muito simples e a dinâmica rendia bastante, em especial quando você jogava contra um amigo. Foi responsável por alçar Alejo ao status de herói nacional.
Contra III
Sobre esse jogo, lembro de uma tarde em especial, quando meu irmão (que era apaixonado por Contra) se juntou a um outro amigo e eles ficaram, literalmente, o dia inteiro, sem parar, tentando zerar a coisa. Foi um dia que demandou uma grande preparação para o feito. Coca Cola, salgados, gritaria e desespero definiram aquele momento. E eles não terminaram o maldito game.
Sunset Riders
Tenho lembranças bem fortes da popularidade de Sunset Riders em um certo período. E, se tinha uma sensação legal do jogo era a de estar fazendo algo épico. Ele levava um certo clima de super-herói ao cenário de faroeste e, nisso, você se sentia o máximo quando saia explodindo coisas com a sua pistola, correndo por cima de um estouro de manada ou andando a cavalo.
Super Mario All-Stars
Esse é só uma coletânea, mas vale ser citado. Na época a Nintendo resolveu relançar os jogos do Mario para o NES em um remake para o SNES. E aqui eles fizeram um trabalho histórico e respeitável, trazendo alguns novos recursos necessários, como a opção de salvar o progresso, melhorando os gráficos e som, mas sem desfigurar os jogos. Eu mesmo prefiro as versões desse cartucho do que as originais.
Kirby Super Star
Sou suspeito pra falar, uma vez que sou fã do Kirby. Lembro que ele não era nada popular entre os meus amigos. Ou as pessoas não conheciam ou simplesmente não gostavam, pelo aspecto fofo do jogo. Mas, quando eu joguei a primeira vez o Kirby Adventure no NES, aquilo explodiu minha cabeça. Ele interagia com praticamente todos os vilões. Quase tudo que ele engolia dava algum super poder, sem contar os cenários animais, as fases muito bem desenhadas, a trilha cativante e os mini-games, que davam um toque especial ao conjunto da obra.
No SNES, o que melhor herdou tudo isso foi o Kirby Super Star, bem mais focado nos mini-games e na experiência entre dois jogadores, seja competitiva ou cooperativa. Se você curtir, também vale investir em conhecer os outros para o console, especialmente o Kirby Dreamland 3.
Goof Troop
Esse jogo foi muito popular nas locadoras em uma época. Era super gostoso de se jogar em dupla e tinha um desafio na medida certa para você se divertir bastante, exceto quando aqueles quebra-cabeças deixavam você travado em alguma parte do jogo. Divertidíssimo e bom para evitar brigas no recinto, já que vai reativar a necessidade de cooperação entre as pessoas.
Super Bomberman
Na época em que o SNES teve seu auge, um aspecto da vida se fez mais importante que nunca: a amizade. Se você não tinha amigos, não tinha como jogar em multiplayer, formato que salvava uma grande parte dos jogos. Bater na casa de algum amigo (já que você não tinha celular) e convidá-lo para jogar alguma coisa na sua casa é uma experiência totalmente diferente de jogar online.
Bomberman é a prova de que o multiplayer pode ser a base de um jogo. Convidar um amigo para jogar com você era algo que melhorava o game, que já era bom, em 457%. Extremamente simples, mas saudavelmente desafiador, de repente, ele ficava escandalosamente divertido. Eu tenho preferência pelo terceiro, mas posso dizer que você pode pegar qualquer cartucho, chamar uns amigos, comprar umas cervejas e passar as horas mais divertidas da sua vida com qualquer outro da série.
Star Fox
Star Fox explodiu cabeças quando foi lançado. No SNES, literalmente, não tem nada sequer parecido. É outro jogo difícil pra burro, mas que prende você mais do que paixão adolescente. Se você nunca jogou, faça um favor a si mesmo agora e tente não chorar naquela maldita fase dos asteróides.
R-Type III: The third lightning
Esse jogo me dava falta de ar e elevava minha ansiedade a níveis nada saudáveis. A trilha sonora era eletrizante e a sensação de que você estava em uma velocidade alucinante e podia levar um tiro ou dar de cara com alguma parede era terrível. Jogo difícil do inferno, mas muito bom.
Super Mario World
Ele é o Titãs Acústico do Super Nintendo. Certeza que você deve ter uma cópia dele jogado aí pela sua casa e só não sabe. Mas, além do fato de que ele vinha na caixa brasileira do SNES, ele é, sim, um jogo excelente e memorável.
Tetris Attack
Ele não lembra muito o Tetris clássico de peças que vão caindo enquanto você se desespera para fechar linhas. Ao invés disso, tem um esquema no qual você vai trocando duas peças de lugar e tem de fazer combinações de três ou mais objetos iguais. Tudo recheado de desenhos e personagens do universo do Yoshi. Bem legal por si só. Se você testar, vai ver como é interessante e divertido. Mas a graça mesmo reside no modo competitivo. Chame um amigo e veja o bicho pegar fogo quando fizer combinações maiores que três peças e começar a mandar blocos e obstáculos pro painel do outro. É guerra, mermão.
Demon's Crest
Há relatos de pessoas que tinham de devolver o game se a mãe visse a capa depois que ele chegava da locadora. É relacionado ao Ghosts 'n Goblins, mas na minha opinião, é um jogo muito mais maduro. Tem elementos de RPG em uma plataforma meio de action game. Também tem fama de ser bem difícil.
Gradius III
Games de navinha me enlouqueciam. Gradius III não foge a essa regra. A trilha é bem massa e você tem de ir destruindo inimigos pelo caminho enquanto vai coletando itens que aprimoram suas armas. O foda é que, se morrer, sua arma volta ao zero e, dependendo de onde você está, não tem jeito, não dá pra recuperar. Então, acho que já deu pra entender, esse jogo é muito difícil e vai deixar você rangendo os dentes de tão nervoso quando ver aqueles chefões gigantes na sua frente soltando tiro e outras naves pra tudo quanto é lado.
Secret Of Evermore
Desde o primeiro momento, alguma coisa me capturou em Secret Of Evermore. A história, a relação do personagem principal com o seu cachorro, todas as reviravoltas, a constante estranheza dos cenários e o desafio dos quebra-cabeças. Quando você vê, as horas vão passando e a sua curiosidade persiste, até o fim. Não é lá um jogo muito popular, mas recomendo muito.
Side Pocket
Eu adorava esse jogo e a trilha sonora classuda. Mas, olhando hoje, eu não entendo como tanta gente jogou isso. Toda a ação se passava em cima de uma mesa de bilhar, só isso. Mas era bem foda, principalmente para se jogar em dupla. Além disso, caso você quisesse, tinham uns desafios surreais de efeito na bola, só para os experts.
Mickey to Donald: Magical Adventure 3
Acho que todo mundo jogou Magical Adventure 3. Ele simplesmente fazia muito sucesso pelo modo cooperativo. Aliás, essa era uma época na qual os jogos da Disney eram bem inteligentes. E não pense que é fácil só porque é bonitinho. Você vai ter bastante trabalho com esse.
Super Castlevania IV
A série é velha conhecida, desde os tempos do NES. Essa versão trouxe tudo o que já era famoso na época e fundamentou novas bases que se tornaram requisitos essenciais. Vale por ser um divisor de águas que aperfeiçoou vários conceitos, mas também por ser em si um jogo muito bom.
F-Zero
Eu era muito burro pra jogar F-Zero, mas gostava um tanto. Eu batia em todas as paredes e chegava sempre em péssimas posições (ou nem chegava). Na verdade, o jogo está na lista mais por ver o quanto de gente que o adorava (Sim, Brandão, estou apontando pra você) do que por eu ter passado muitas horas nele. De qualquer forma, vale a pena.
The Legend Of The Mystical Ninja
Essa era uma época muito louca em certos sentidos. Lembro de ter encontrado esse jogo nas minhas andanças pelo bairro atrás das pessoas que tinham fitas de SNES e estavam interessadas em fazer negócio nelas (pense: eu tinha uns 10 anos). Lembro que era um cartucho de Famicon, com um rótulo super machucado. Eu nem queria esse jogo e não fazia a menor ideia de que ele seria tão absurdamente divertido. Infelizmente, era apenas emprestado e nunca mais consegui de volta. Graças à internet, consegui jogar outra vez só depois de adulto.
Mighty Morphing Power Rangers
Não tinha como esse jogo não ser um sucesso. Ele veio no auge da mania pela série de TV e, de fato, não era terrível. Dava pra se divertir e consumir umas boas horas ouvindo o tema dos Power Rangers e combatendo Zed e a Rita Repulsa. Hoje, eu acho que ele foi mais popular que efetivamente bom, mas vale o play, com certeza.
The Adventures of Batman & Robin
Tem uma regra de ouro sobre o Batman no SNES: mantenha-se longe. Mas esse jogo, baseado na série animada (que era fantástica, diga-se de passagem), é muito bom. Ainda odeio aquela maldita fase do labirinto.
NBA Jam
Esse eu joguei muito pouco, quase não entendia as regras do basquete (até hoje, inclusive), mas não dá pra deixar de notar que ele fazia muito sucesso. Aqui, a graça era dar saltos gigantescos, aloprar nos movimentos especiais antes das cestas e destravar uns personagens maneiros, como o então presidente dos EUA, Bill Clinton.
X-Men Mutant Apocalipse
Outro jogo que foi muito popular por causa da série de TV que arrebentava na época. Todo mundo gostava mais das missões do Wolverine. Tinha também um outro jogo parecido que valia a pena mas que foi menos popular, Marvel Super Heroes: War of the Gems.
Secret Of Mana
O SNES tem uma miríade de excelentes RPGs. Muitos são tão incríveis que é uma injustiça não citar, como Star Ocean, Tales of Phantasia ou Breath Of Fire. Fica aqui a menção honrosa a todos esses. De qualquer forma, mesmo ao lado desses outros excelentes jogos, Secret Of Mana faz diferente. É um jogo muito bonito, com um aspecto de carisma que, na minha humilde opinião, o destaca em relação à já ótima lista de games do gênero no Super Nintendo. Vale frisar também que você pode jogar em um sistema cooperativo bem interessante.
Zombies Ate My Neighboors
Os zumbis podem ser uma grande tendência cultural hoje, mas lá pelos anos 90, era só um artigo de filmes B. Zombies Ate My Neighboors joga esses monstros em um contexto de comédia e faz a coisa toda ficar bastante divertida.
Biker Mice From Mars
Biker Mice From Mars é derivado de uma série animada que, no Brasil, se chamava "Esquadrão Marte". Basicamente, é outra coisa que eu nunca entendi direito, mas que me agradava bastante antes dos 10 anos de idade. O jogo era uma corrida com armas em circuitos pequenos e com alguns obstáculos. Lembra um pouco Rock 'n Roll Racing. Também era bom de se jogar em dupla e fazia o maior sucesso nas locadoras.
Tiny Toon: Wacky Sports Challenge
Perguntei no meu Facebook sobre quais jogos colocar e algumas pessoas citaram ele. Eu nem lembrava, mas de fato, que joguinho legal. Era um jogo de esportes olímpicos em mini-games no qual você podia usar os personagens do desenho. Simples assim, mas bem divertido para se jogar em multiplayer.
Wild Guns
Ao lado de Sunset Riders na locadora sempre tinha Wild Guns. A dinâmica é diferente, já que Sunset Riders tem mais ação em sidescrolling, mas Wild Guns não faz feio no que se propõe.
Sonic Wings
Dos jogos de nave do Super Nintendo, acho que Sonic Wings (também conhecido como Aero Fighters) era o mais popular. Todo mundo jogou. Diferente de Gradius III e R-Type III, esse aqui tinha uma visão superior, na qual você ia avançando e atirando nos inimigos que iam brotando pela sua frente. E, acredite, o tiroteio era levado a sério aqui. Piscou, perdeu.
Desert Strike: Return to The Golf
Antes do 3D, a perspectiva isométrica fazia o papel de colocar você em um mundo com mais liberdade de movimento. Desert Strike se basea na guerra do golfo e você tem de pilotar um helicóptero em variadas missões. Estratégia é um dos pré-requisitos essenciais para você conseguir se sair bem. E munição, porque vai faltar.
Joe & Mac 2
Outro jogo que era quase uma unanimidade. Super hype na época. Acho o segundo um pouco melhor que o primeiro, por isso o escolhi, mas ambos valem bastante o play. Ele tem bem a estética 16 bits e é um ótimo adventure, com toques de humor. É perfeito pra desligar o cérebro e relaxar descompromissadamente.
Indicação de livros!
Para muitos, videogames é uma forma de arte, as narrativas, trilhas sonoras e gráficos. Se você também se fascina por esse universo, aqui vai algumas sugestões de livros pelo PapodeHomem:
- Videogames e Mitologia: a poética do imaginário e dos mitos gregos nos jogos eletrônicos (da Flávia Gasi);
- GERAÇÕES – A era de ouro dos videogames: 1ª e 2ª gerações (do Jorge Neto);
- The Legend of Zelda: Hyrule Historia Hyrule Historia (do Shigeru Miyamoto);
- A ciência dos videogames (do Adriano A. Natale).
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