Em fevereiro tem carnaval, já diria Jorge Ben, mas também tem muita discussão que tá longe de ser digerida com facilidade.
Nos tempos da purpurina e dos sorrisos fáceis se desmanchando pelas ruas, a gente quase volta a ser criança. E aqui eu vou me permitir supor que você gosta dessa época do ano e entende o sentimento que ela provoca nos coraçõezinhos aflitos que esperam pela folia de fevereiro o ano todo. Mas se esse não for o seu caso, tá tudo bem também. O ponto é que ali, no meio do bloco, bate uma felicidade tão genuína que por alguns segundos a gente se sente capaz de esquecer dos problemas, das brigas, das dívidas. Em casos mais graves, até dos compromissos e responsabilidades.
E essa procura não assumida (ou não compreendida) por fugir da realidade aparece em diversos momentos, sem que a gente se dê conta. É como querer tirar a máscara de adulto do nosso rosto e ser criança novamente. Antes de julgar esse tipo de atitude como algo bom ou ruim, recomendo bastante a leitura de um dos textos mais ricos do PdH no mês de fevereiro, na minha opinião. Lá, o autor explica porque amadurecer é tão difícil e porque o mundo ainda precisa de adultos. Ele aponta que grande parte dos nossos problemas no mundo se explica pelo fato de nós nos negarmos a crescer.
Mas, claro, o brilho nos olhos que o carnaval proporciona está bem longe de ser o causador dessas coisas negativas. Muito pelo contrário, ele não pode acabar e nem se separar da empolgação que nasce em fevereiro.
Tanto nos empolgamos que, pra algumas pessoas, o ano só começa pra valer depois de toda essa folia, não é? Então, que venham as águas de março!
Mas antes, vem ver o que rolou por aqui durante o último mês 🙂
1. Amizades "bromossexuais": por que tê-las e como fazê-las, por Breno França (39.545)
2. Playboy voltou atrás: revista masculina só funciona com nudez?, por Carol Rocha (12.214)
3. Fala na cara! Cinco histórias em que foi necessário dizer umas verdades, por Jader Pires (11.675)
4. 70 pessoas, de 5 a 75 anos, respondem: qual o seu maior arrependimento?, por Jader Pires (11.657)
5. 22 bandas para nunca mais dizer que não consegue ouvir o baixo, por Rodrigo Cambiaghi (10.802)
6. Projeto "A Torre de Dez Metros". Você pularia?, por Jader Pires (10.384)
7. 21 'chapéus' que fizeram a cabeça da humanidade. E da cultura pop, por Rafael Nardini (10159)
8. Por que aquele menage nunca rolou?, por Gabriela Feola (10.005)
9. Eles bebem, cheiram, fumam e gravam tudo para o YouTube, por Carol Rocha (9.579)
10. Porque amadurecer é tão difícil e porque o mundo ainda precisa de adultos, por Brett McKay (9.162)
Sugestão da editora: E se a gente tratasse melhor ainda as pessoas de quem nos separamos?
Billy Flynn Gadbois é um cara de Boston que fez um famoso textão de facebook pra explicar o porquê dele tratar a mãe do seu filho muito bem, mesmo depois do casal ter se separado. Além da reflexão que o texto traz, os comentários no artigo são muito ricos. Vale!
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