Há tempos lancei um desafio para os leitores desta coluna mostrarem o que haviam aprendido ao longo destes 10 meses da coluna no ar. Alguns, que já são homenzinhos feitos, aceitaram o desafio e encararam a bronca.
Resultado: estão se dando muito bem, alguns com a mulherada e outros já estão até atrás de balcões de bar pelo mundo afora.
Abaixo, apresento vários leitores cujas habilidades com drinks fizeram diferença em suas vidas. Eles enviaram fotos e vídeos de suas performances e isso me deixou feliz pra caralho. É muito gratificante ver a galera fazendo drinks que, além de bonitos, fizeram sucesso em seus círculos sociais.
O contexto da coluna Dr. Drinks
Todos nós do Papo de Homem renovamos nossa rota a cada dia, pois sabemos que o caminho que escolhemos trilhar é infinito e por isso mesmo precisa de algumas correções. A trilha que escolhi seguir aqui é uma das mais árduas, pois falar de uma cultura pouco divulgada em um país onde a maioria das pessoas não possui um senso crítico devida falta de condições dignas de vida, dentre elas condições culturais e educacionais, é literalmente tentar apagar um incêndio com um conta-gotas.
Milhões de pessoas em nosso país não passam de massa de manobra, de números em qualquer estatística. Um sem número de brasileiros vota em troca de cesta básica ou dentadura e quando chega do trabalho consome novela do Manuel Carlos achando que a verdadeira felicidade é ser da high-society carioca mesmo que em núcleos familiares de solidez duvidosa.
Somos uma massa de 190 milhões de brasileiros e ao mesmo tempo somos um povo único. Passaportes brasileiros custam uma bica no mercado negro, pois somos o povo mais miscigenado do mundo. Comportamos tranquilamente brasileiros com cara de japonês, de árabe, de judeu, de alemão, de polonês, de negro, de italiano e com qualquer cara mais que você quiser inventar, tenha certeza de que terá um brasileiro com ela.
Mesmo com toda essa diversidade temos alguns traços culturais tão fortes quanto em qualquer outro país e um desses traços certamente são nossos hábitos de consumo. Churrasco e uma cerva gelada fazem parte com tanta força da cultura brasileira como as artes marciais fazem da japonesa. E fico muito admirado quando alguém se dá ao trabalho de mandar um comentário num post meu dizendo que drink é coisa de veado, pois bebida de homem é cerveja. OK, sabichão, e a nossa tradicionalíssima cachaça? E os vinhos?
Várias pessoas me perguntam se não gosto de cerveja por criticar a forma como é consumida quase que roboticamente. Aproveito pra dizer que adoro uma cerveja, mas assim como qualquer outro drink que eu vá consumir ela deve fazer parte de um ritual de contemplação, já que toda bebida carrega consigo uma história de seu processo de fabricação, do cultivo de seus ingredientes. Todas essas características me fazem ter uma relação espiritual com a bebida, por isso não é apenas beber pra ficar bêbado.
Mas claro que ficar bêbado faz parte, afinal o álcool é uma droga e como tal deve nos proporcionar um estado alterado de percepção. Justamente por isso que tanta gente bebe e se deprime, dá escândalo ou curte demais esse estado de relaxamento.
E o que veremos a seguir são caras que entenderam que não são os bens materiais que nos tornam especiais, mas sim nossas habilidades, qualidades e capacidade de movimentar as pessoas ao redor.
João Marcos, o inspirador deste post
“Dr. Drinks, estou para te dizer que você não faz uma diferença não, mas sim faz TODA a diferença, cara.”
Link YouTube | Caipi-Serra: faltou o “Sensacional!!!” na hora de provar o drink
A ideia deste post surgiu quando um capixabaque é louco por drinks me escreveu querendo saber como se fazia um B52. Três meses se passaram e ele foi me dando feedbacks de cada performance sua, tão logo eu publicava o post já recebia um email seu dizendo que fez o drink e que foi animal a experiência entre seus amigos.
Aí ele começou a chamar atenção da mulherada e o resto da histórias vocês já sabem. O cara ficou craque e até criou um drink deliciosíssimo: a Caipi-Serra, cujo nome é em homenagem ao bairro em que mora em Vitória – ES.
Vejam abaixo algumas fotos da performance do João Marcos e acima o vídeo onde ele ensina a receita da aprovadíssima Caipi-Serra.
Humberto Ferrari, de Jundiaí (SP)
O Humberto montou um home bar logo que publiquei o post e já saiu detonando. Está chamando a atenção entre seus amigos. Com todo mérito, pois já aprendeu a fazer os clássicos e investiu num set que permite uma diversidade grande de drinks.
Luiz Bortnyk, do Rio de Janeiro (RJ)
Esse carioca promoveu uma alegre sessão de drinks para família e amigos em sua casa. Mandou muitíssimo bem!
O cara soube escolher bem na hora de comprar. Com alguns ingredientes, conseguiu uma boa variedade de receitas que, como vocês verão nas fotos abaixo, agradaram muito a plateia. Parabéns, Luiz! Essa com certeza foi uma noite bem divertida, da qual eu gostaria de ter feito parte.
Sorrisos femininos com Piña Colada
Alexandre Nejm Ciccarino, de Curitiba (PR)
O Alexandre é um ladies man. Criou um drink para mulheres poderosas. Em suas próprias palavras:
“me perdoe pelo clichê, mas feito pra mulheres fortes e com personalidade definida”
Nosso papo iniciou em novembro do ano passado falando sobre os sours e o cara foi evoluindo até chegar ao Topaz Fatalle, sua exótica criação cujo visual é incrível e o sabor indiscutível. Além do Topaz, ele mandou muito bem num White Russian demonstrando muita habilidade pra fazer aquele floater.
White Russian Floater e Topaz fatalle (Martini on the rocks)
Receita para o Topaz Fatalle:
- 3 doses de Gin
- 2 doses de Cointreau
- 1/2 dose de suco de laranja
- 1/3 dose de curaçau Blue
- Gotas de limão siciliano
André Hugendobler, de Novo Hamburgo – RS
Meu conterrâneo e irmão de torcida, o André é um leitor assíduo da coluna e mandou algumas amostras de suas performances.
Infelizmente ele é mais uma voz no coro dos que não encontram grenadine com facilidade no Brasil e acabou inovando fazendo um Tequila Sunrise com creme de cassis, que segundo ele fica excelente. Fez um Lagoa Azul e outro belo White Russian floater que dá água a boca só de olhar.
Cassiano e seu Electric Lemonade
O Cassiano é um homem direto e mostra logo num vídeo a que veio: mandou um rock n’ roll no background e fez um drink delicioso atrás do balcão de seu home bar.
Assistam ao vídeo, pois não preciso dizer mais nada sobre esse fera!
Link YouTube | “Neste vídeo, estou pondo em prática as técnicas que aprendi com o Dr. Drinks”
Fabrício Ferracioli
Taí uma suspresa: achei que ninguém fosse mandar foto de um drink sem álcool, mas eis que o Fabrício, após ler o post sobre dedicar mais tempo às refeições para termos mais qualidade de vida, resolveu oferecer um drink sem álcool à sua mãe que não bebe mas que pelo que vejo na foto cozinha muito bem.
Segundo o relato do próprio Fabrício, nesse dia o astro principal foi mesmo o drink, com sua incrível complexidade de sabores.
Nada como o rango da mamãe!
Fabrício Pereira (Itajaí – SC) e sua planilha mágica
Esse leitor, mesmo sem ter enviado fotos de seus drinks, merece destaque, já que inventou uma planilha melhor que muito widget de drinks que tem por aí. A planilha cruza dados como ingredientes, copo e doses para os primeiros 17 drinks ensinados aqui no PapodeHomem. Achei uma sacada sensacional.
Se você for designer e quiser atualizar a tabela (já temos mais de 30 drinks), preparar um wallpaper bonitão e nos enviar, fique à vontade. Publicaremos aqui com prazer e com créditos, claro.
Seja o próximo
Esses leitores foram os que responderam à primeira convocação para enviarem fotos e vídeos dos drinks.
Certamente farei outro post com drinks dos leitores à medida que vocês forem me enviando seus materiais. Portanto, parem de ter “vergonhinha” e mandem logo o que vocês andam aprontando nos copos alheios!
Dr. Drinks na web
Pelo Twitter @juniorwm, eu compartilho muitas referências de bebidas e drinks. Além disso, meu email é drdrinks@papodehomem.com.br
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