Será que o PdH nasceu para gerar conteúdo, captar audiência e vender anúncios? Com certeza, um maiúsculo NÃO.

Existimos para ajudar os homens a se transformar, a cultivar vidas e relações mais satisfatórias. Oferecemos conteúdo, pesquisas, encontros e cursos em torno desse intuito.

Lam Matos falando sobre sexualidade masculina no Homens Possíveis 2017, aqui em SP, há duas semanas

Naturalmente, ao lidar com o masculino tratamos do feminino. Quem nos acompanha sabe que, na prática, falamos com homens e mulheres.

Nossos artigos de aniversário marcam um tradicional momento de retrospectiva e reflexão. Esse texto é o marco de nosso décimo primeiro ano de vida.

Em reuniões, costumo explicar que nosso trabalho de transformação das masculinidades passa por três pilares: sensibilização, aprofundamento e continuidade.

Não começo esse texto retomando nossa essência e modus operandi à toa. 2017 foi um ano marcado pela urgência de sonharmos o PdH do futuro.

Manter o projeto sustentado pelos ganhos publicitários do portal é um modelo de negócios com os dias contados, como os jornais e revistas fechando as portas todos os dias nos mostram (para entender melhor, leia esse artigo do New York Times e esse do The Guardian).

Por isso, à partir de maio passamos a ter reuniões semanais de "reengenharia" com todo o time, inclusive o Clint. Esses encontros tinham como objetivo central nos reconstruir. Por meio deles, prototipamos e testamos em tempo recorde nove linhas de negócios antes inexploradas.

Descobrimos quais faziam sentido, geravam resultados e, em especial, quais estavam conectadas aos nossos corações e aos de vocês.

Me surpreendo e abro um sorriso ao notar quanta coisa boa botamos na rua.

Com vocês, 11 de nossos pontos altos em 2017:

  • realizamos a primeira edição do evento "PAI: os desafios da paternidade atual", que obteve 93.8% de aprovação — e vamos botar de pé uma melhor ainda no próximo agosto
  • realizamos a segunda edição do "Homens Possíveis", com quase o dobro do tamanho (pulamos de 75 para cerca de 140 presentes, com gente do Brasil todo)
  • realizamos 25 palestras e workshops em empresas e organizações interessadas em discutir masculinidades (o tema central, mas não o único, foi "O que equidade de gênero tem a ver com a vida e carreira dos homens?")
  • fizemos um videocase e inscrevemos o documentário "Precisamos falar com os homens?" no Festival de Cannes, a maior premiação de criatividade do mundo, na categoria Glass Lion
  • publicamos uma temporada da série Caixa-Preta com 30 maravilhosos episódios produzidos em parceria com a Fictícia Filmes
  • colocamos à venda o ebook "As 25 maiores crises dos homens e como superá-las"
  • seguimos trabalhando junto da ONU Mulheres em prol da construção de relações mais amorosas, equitativas e saudáveis entre homens e mulheres (ODS 5, um dos 17 objetivos para transformar nosso mundo)
  • lançamos uma edição especial do report de pesquisa PdH Insights, em um evento na sede do Twitter, em SP
  • fechamos uma parceria de 9 meses com Natura Homem, que se tornou um modelo de relação de negócios e parceria especialmente frutífera — esse modelo de relação mais duradoura será nosso foco para o futuro. Esse ano realizamos projetos com 27 marcas, aspiramos reduzir esse número para não mais do que 10 no próximo.
  • colocamos no ar a curadoria "68 homens que nos inspiraram em 2017", proposta inaugurada ano passado e que pretendemos manter viva (já catalogamos 142 homens inspiradores distantes da grande mídia, no total)
  • por fim, oferecemos duas edições do curso "Equilíbrio Emocional para Homens" — ano que vem o plano é termos também edições mistas e uma focada para líderes. Inclusive estive no Programa Encontro, da Fátima Bernardes, falando sobre alfabetização emocional dos homens (aqui o vídeo na íntegra).
A segunda turma de equilíbrio emocional para homens <3

Mas como nem só de celebrações vive uma empresa, tivemos nossa cota de falhas. Uma de minhas maiores frustrações foi não sermos capazes de sustentar a proposta editorial aberta a vocês em março.

Finalizo minha parte dessa retrospectiva agradecendo a todos do time, às 24.903.697 pessoas que nos acessaram esse ano e às centenas com quem me conectei em nossos vários encontros, palestras, workshops e eventos. Vocês mantiveram nossa chama acesa. 

A banda Santa Jam fechando nosso último evento do ano

Agora, passo a palavra ao time da casa:

* * *

"A chegada de Noah" — Felipe Ramos, diretor de negócios no PdH

"Faltando poucas semanas para encerrar 2017, eu olho para trás e vejo um ano de muita transformação. Em 12 meses, minha vida foi impactada por uma série de fatos pessoais e profissionais e todo o tipo de desafio.

Como cereja do bolo (do ano), a chegada do meu filho Noah me mostrou que a vida pode ser ressignificada e que o amor não tem limites. Tenho aprendido a cada instante com a sua evolução e seus olhos bondosos e expressivos.

Do lado profissional, tivemos um ano de muita batalha para tornar o PapodeHomem em uma plataforma mais leve, menos custosa e que esteja apta passar por crises econômicas, mudanças no mercado em que atuamos e que possa estar viva daqui a 10, 20, 30 anos. 

Fico feliz em encerrar o ano com um sorriso no rosto e orgulhoso de tudo o que consegui construir, em todos os lados. Agradeço a todos que estiveram do meu lado, especialmente minha família e amigos mais próximos.

Que 2018 venha com muitos aprendizados e seja tão importante para mim como o ano de 2017 tem sido."

"50 anos em 5" — Jader Pires, escritor, editor-caseiro no PdH

"Uau! Parece que estou escrevendo aqui, de cabelos brancos e as mãos trêmulas, passados todos os aprendizados de 2017. 

Lancei uma campanha no Catarse que acabou dando muito certo e alcançando 111% da meta estabelecida. Nesse processo, conversei com mais de duas mil pessoas entre interessados em ajudar o projeto e leitores que compraram o resultado dele, o livro Do Amor, meu segundo livro de contos a ser publicado. Com ele, passei este 17 sendo escritor, marketeiro e designer, contador e gerente de logística. Assinei já mais de seiscentos livros e mandei cada um deles pelos correios para chegar nas mãos de interessados, pessoas gostosas que tive prazer de me conectar este ano. Cresci 50 anos em cinco meses. 

Fui, de novo, para o Japão, aquela terra maluca e longínqua que me faz tanto bem e me deixou tão estranho

Tudo isso com o PapodeHomem se reinventando mais uma vez, criando cursos e eventos, saindo do digital para impactar no tete-a-tete a vida das pessoas, ajudar no florescimento humano, conversar com os homens sobre dinheiro, paternidadeequilíbrio emocional. Tudo novo, tudo fresquinho, pronto pra ser testado, errado, consertado, aprimorado. Tudo isso tá acontecendo em parceria. A gente aqui, se ajudando, vocês, aí, lendo a gente, visitando a gente, dando esporro e abraços em todos nós.

Estamos em reformas. Desculpe o transtorno. Obrigado pelas ajudas.

De coração. Obrigado. 11 vezes, obrigado."

"Que ano." — Luciano Ribeiro, músico e editor-caseiro no PdH

"2017 não foi tranquilo. Mas, como mar calmo não faz bom marinheiro, sinto que deu pra guardar uma centena de novas experiências.

Foi um ano no qual eu senti o peso de sair da inércia. Lancei meu primeiro EP (que você pode ouvir aqui), reuni uma banda, fiz um show de lançamento, alimentei minha coluna Eu Ouvi Pra Você, criei a Pesadelos Criativos. Lapidei uma série de ideias que de outra forma não conseguiriam romper a barreira para a realidade. 

Leia também  "PdH vai atacar de DJ na #TwitterTrash 80's"

Agora, chego ao final de 2017 com uma sensação de força. Tenho um sentimento de que as sementes plantadas nos últimos anos estão amadurecendo. Depois de algumas turbulências e do medo de que tudo o que eu investi meu tempo tenha sido em vão, pelo menos, a sensação é outra. 

Seja como editor e autor do PdH ou músico, sinto uma brisa mais positiva virando a esquina.

Nessa reta final trago esperança no bolso. 

Vejo vocês em 2018!"

"Vocês não imaginam o quão raro é um projeto completar 11 anos" — Breno França, jornalista formado com honras e promovido a editor-caseiro do PdH

"Antes de começar a escrever esse que não deixa de ser um agradecimento por mais um ano de existência do PdH, fui revisitar o que tinha escrito em 2015 e 2016 e, uau!, que diferença.

Particularmente, 2017 serviu para duas coisas principais:

(1) minha efetivação no PapodeHomem e

(2) tirar aquele quase formado da minha descrição de autor para efetivamente me formar na faculdade.

Ambas as coisas impactaram diretamente na minha experiência em relação ao trabalho: 2017 foi um ano duro, difícil e por isso mesmo engrandecedor.

Nos vimos obrigados a trocar a roda enquanto o carro andava e foi natural que todos os passageiros (nós e vocês) sentíssemos as trepidações ao longo do caminho. Reinventamos o nosso modelo de negócio, nos despedimos de pessoas queridas, fizemos eventos, cursos, vendemos livros, fomos pai, mãe e irmão desse projeto que tanto amamos (e que nos sustenta!).

Ao final, tudo isso só aumenta o orgulho por ver esse site completar 11 anos de existência (vocês não imaginam o quanto isso é raro e difícil; ou talvez imaginem). Fica a minha admiração pelas pessoas que comandam esse veículo e traçam as rotas que vamos seguir e o meu agradecimento a todos vocês que, de um jeito ou de outro, não nos abandonaram.

Obrigado."

"O ano em que mais tive liberdade para criar, experimentar e pensar fora da caixa" — Rodrigo Cambiaghi, gerente de projetos do PdH

"Abri empresa, mudei de cidade, empreendi, gravei com a minha banda, cai de cabeça na paternidade e errei muito.

2017 foi um ano tão intenso para mim que só me dei conta do tanto de coisa que aconteceu agora que parei para escrever sobre ele.

Vou tentar resumir meu ano em tópicos.

– Reduzi meu salário fixo no Papo de Homem e passei a ter uma renda variável atrelada à metas e desempenho.

– Mudei para Santo André, cidade vizinha de São Paulo para reduzir custos.

– Tive meu notebook furtado

– Abri minha própria empresa, uma loja de Suplementos, a Fitness Shop http://www.fitnessshop.com.br/.

– Lançamos o EP da minha banda Boulevard 02.  

– Cai de cabeça na paternidade, contem muito do que aconteceu na minha coluna: https://papodehomem.com.br/colecoes/vida-de-pai/. Meu texto favorito do ano foi esse.

– Comprei um Nintendo Switch — ninguém é de ferro, né?

– E apesar de tudo isso, a úlcera que tive no final de 2015 está sob controle e virou uma gastrite moderada. 

Foi de longe o ano que mais trabalhei, mas também o ano que mais tive liberdade para criar, experimentar e pensar fora da caixa. 

Acabei me distanciando de redes sociais e até da minha vida social por conta da quantidade de projetos em que me meti.

Espero conseguir retomar aos poucos isso em 2018."

"Sou a filha mais nova do Papo de Homem." — Bia Aquino, atriz, dançarina e líder financeira da casa

"Mais ou menos nessa época no ano passado, eu estava indo tomar um café com o Eduardo Amuri (que eu até então chamava de Amauri).

Contei um pouco de mim, ele contou um pouco do PdH e no mês seguinte eu estava entrando pro time! Menos de um mês depois já estávamos trabalhando da Casa de Verão, tomando uns bons drinks juntos, levando um caldos nas aulas de SUP e tentando desvendar os mistérios do Black Stories. Foi uma recepção e tanto!

De lá pra cá tivemos algumas partidas de futebol, muitas contas pra pagar, uns forrós por aí, alguns pães na chapa (com requeijão na saída, por favor) e muitos, mas muitos aprendizados! 

Eu nunca tinha trabalhado na área financeira antes, apesar de ter um amor louco por planilhas e números. Então, como podem imaginar, 2017 foi um ano de pensar, estudar, aprender e dar a cara à tapa. Agradeço demais a confiança e parceria nesse caminho. 

Me lembro que naquele café com o Amuri, ele me perguntou o por quê do meu interesse na vaga, já que eu nunca havia trabalhado na área financeira antes. E eu respondi que me identificava com o PdH, que procurava um lugar que eu sentisse orgulho de fazer parte, independente da função que eu fosse desempenhar. E isso é o que eu acho mais foda daqui: as pessoas.

Tudo faz sentido quando a gente sonha junto e une forças pra fazer acontecer. Minha admiração e carinho por todo mundo que viveu esse 2017 com a gente. 

Vem que vem, 2018!"

"É bom estar de volta" — Ismael dos Anjos, fotógrafo e editor-chefe do PdH Insights

"Entrei no PapodeHomem em 2013 e saí oficialmente em 2015, mas, pra mim, essa é uma daquelas relações em que você nunca está com o pé totalmente para fora. Esse foi um ano extremamente difícil para o PdH, e voltei para tocar três projetos especiais.

É bom estar de volta, e é bom poder ver como o portal, mesmo em momentos de dificuldade, segue em frente. Se une no que há de mais forte, e espalha a sua rede por aí. 

Fiquei especialmente feliz de tocar o PdH Insights, um braço de inteligência e pesquisa sobre as masculinidades. É um projeto que não necessariamente refletiu por aqui, mas que tem um lugar cada vez mais importante no mundo.

Desejo vida longa não ao PdH em si, mas às ideias, propósitos e pessoas que o fazem existir, todos os dias.

Feliz aniversário."

* * *

Obrigado. 

Felipe, Jader, Luciano, Breno, Bia, Cambi, Ismael, Gabrielle, Higa, Bruno, Carol, Mário, Araújo, Franco, Eduardo Amuri, Fred Mattos, Bruno Passos, Brandão, Baldi, Débora Navarro, Alex Castro, Fred Fagundes, Clint, Gus Fune, Oshiro, todos os que trabalham em marcas e decidiram investir no PdH e manter a casa de pé, toda a rede que nos apóia, toda a rede que nos critica e ajuda a crescer, todos que esqueci agora e fizeram parte disso tudo.

Essas letrinhas aqui nunca vão fazer jus, você estão no coração.

Palmas!, encerramento bonito no encontro de celebração de nossos 11 anos

O que acharam do PdH esse ano e o que esperam de nós em 2018?

Como de praxe, sejam sinceros. E a casa agradece.

Ano que vem nosso foco passa pelos encontros, eventos e pelo PdH Insights. Nos coloque na sua agenda, queremos te conhecer.

Um abração.


bônus: aqui a retrospectiva dos nossos 10 anos, pra verem o que mudou de lá pra cá.

Guilherme Nascimento Valadares

Fundador do PDH e diretor de pesquisa no Instituo PDH.