15 filmes para assistir em março

A gente gosta é do drama

A tela ficou preta por 6 ou 7 segundo seguidos, os créditos começaram a subir e as luzes se acenderam. Eu olhei pra moça que me acompanhava e não soube direito o que pensar. Sabe aquela sensação de destruição de um amor platônico? Então, foi esse o sentimento que tomou conta de mim quando finalmente vi Moonlight. 

Demorei pra assistir porque estava com um medo de quebrar a linda história de narrativa perfeita que haviam criado na minha cabeça. Primeiro foi o trailer. Depois a temática. Os atores. Ai vieram as primeiras críticas, as primeiras fotos da paleta de cores, os mil e um elogios. O filme estava mais bem cotado no meu coração do que aquele flerte doído e difícil de 3 meses. E percebi que essa relação fazia muito sentido. Sabe quando você "se apaixona" sem conhecer, coloca a pessoa no pedestal sem nem ter conversado, mas quando o encontro acontece a magia vai embora?

Pois é, a decepção veio naquela sala de cinema. Mas não porque eu tenha achado o filme ruim, longe disso. É lindo e muito bom. Só não rolou a química. Eu fui com as expectativas altas demais, num ponto que filme nenhum alcançaria, porque simplesmente as métricas que eu usei não existiam.

Que nem aquele papo de criar a pessoa perfeita que não existe, sabe?   

A vida amorosa, meus amigos, pode ser como uma ida ao cinema. Você aposta todas as fichas em alguém que é incrível sim. Mas não pra você. Não naquele momento.

E por falar em criar expectativas, aconteceu com o Jader também. Podia ser um Do Amor e suas facadas certeiras que rasgam o nosso coraçãozinho de ponta à ponta. Mas foi uma crítica de Logan, o filme que a maioria das pessoas com as quais eu havia conversado considerava perfeito, lançado no último dia 2.

Pro Jader, ao contrário do que todos estavam gritando aos quatro ventos, ele poderia sim ter sido o melhor filme de super-heróis.

Mas não foi.

Ainda estou decidindo se vou comprar essa leitura dolorosa ou me render ao velho caminho de cultivar grandes expectativas e depois vê-las sendo afogadas por uma realidade que pisa nos nossos sentimentos.

No fim das contas, a gente gosta mesmo é do drama. E eu já encontrei minha próxima paixão platônica nessa lista. Vem encontrar a sua também.

1. Logan (2/3)

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Por falar em Logan, aqui vai o trailer dele. Se você já assistiu e quiser trocar impressões, indico a caixa de comentários do texto do Jader que citei ali em cima. E digo isso porque o artigo não contém glúten mas contém spoiler! Por sua conta e risco. 

Caso ainda não tenha visto, o ex-X-Men Logan, interpretado por Hugh Jackman, está esgotado e chegou ao limite de suas atividades. Mas é procurado por uma mulher que precisa de sua ajuda para cuidar de Laura Kinney, a X-23. Por mais que Logan não queira se envolver novamente nesse tipo de trabalho, Donald Pierce, o mercenário que está atrás de Kinney, passa a persegui-lo. 

2.Um limite entre nós (2/3)

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A incrível Viola Davis é uma das atrizes dessa trama, então sou suspeita para falar. Mas a história, que se passa nos anos 50, não deixa nada a desejar. Rose (Viola) é casada com Troy Maxson, interpretado por Denzel, que tinha um antigo sonho de se tornar jogador de beisebol, não concretizado por conta de sua cor de pele. Entretanto, o filho Cory toma esse sonho para si e decide investir na carreira, contrariando a vontade do pai e conturbando bastante a relação deles. 

3. Fome de poder (9/3)

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Eis que surge um filme sobre o palhaço de roupa amarela e vermelha. Fome de poder conta a história do McDonald's e de Illinois Ray Kroc, o vendedor responsável pela ascensão esmagadora da franquia. Ele percebe a oportunidade que tem nas mãos, com a participação e aceitação anormal de consumidores que ocorre, e decide investir em peso no negócio.

4. Kong: A ilha da caveira

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Depois de terem seus aviões abatidos, dois pilotos estão tentando sobreviver quando se deparam com um macaco gigante. A situação se passa durante a Segunda Guerra Mundial, e alguns anos depois Bill Randa, interpretado por John Goodman, constrói uma expedição para ir até a ilha em que os dois pilotos haviam encontrado Kong. Isso porque, para ele, o lugar abriga monstros, e ir até lá seria a única forma de encontrar provas. A expedição é liderada por um coronel, interpretado por Samuel L. Jackson, o rastreador James Conrad (Tom Hiddleston) e a fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson).

5. Negação (9/3)

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Essa é uma daquelas histórias polêmicas. Imagine colocar em cheque o holocausto, sob a justificativa de que os Judeus apenas queriam lucrar com o ocorrido? Deborah E. Lipstadt, interpretada por Rachel Weisz, se depara com esse discurso e ataca de maneira bruta  o historiador David Irving (Timothy Spall), responsável por tal teoria. Porém a discussão vai para os tribunais, o que torna a situação ainda mais complicada, tanto para Débora quanto para a História.

6. Silêncio (9/3)

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Martin Scorsese ataca novamente. Dois padres portugueses querem encontrar Padre Ferreira, interpretado por Liam Neeson, que é o mentor deles. Mas para isso precisam ir até o Japão, país cujas leis proíbem o catolicismo, e fazem com que ambos sejam perseguidos pelo governo.

7. Souvenir (9/3)

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Isabelle Huppert ficou famosa em 1970 durante um concurso musical da União Europeia, o Eurovision Song Contest, mas acabou indo para o caminho que muitas estrelas trilham e caiu no anonimato. Depois, trabalhando em uma fábrica de patê, é reconhecida por um homem que ajuda a fazer brilhar novamente a ex-estrela.

8. A Bela e a Fera (16/3)

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Não há quem não conheça esse clássico da Disney, então me permito dizer que esse filme dispensa apresentações. Protagonizado por Emma Watson, a história sai da animação e ganha vida com personagens reais e efeitos deslumbrantes. 

Lembram que eu já tinha um amor platônico para chamar de meu nessa lista? Pois bem, é esse mesmo.

9. Era O Hotel Cambridge (16/3)

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Eliane Caffé junta personagens reais e atores para retratar as tensões vividas por uma população refugiada, em situação de extrema vulnerabilidade social. Eles são moradores sem-teto que estão ocupando o Hotel Cambridge, edifício antigo e abandonado no centro de São Paulo, e são constantemente ameaçados de despejo.

10. Por um punhado de dólares: os novos emigrados (16/3)

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Tendo três famílias como base, essa narrativa quer retratar a realidade de imigrantes que deixam seus países em busca de condições mais benéficas, mas que enviam quantias monetárias aos seus lugares de origem. Os personagens envolvidos na história são Ibrahim Suware, que divide uma família alemã e outra africana, José Luis Vásquez, que foi ganhar a vida nos EUA, e os irmãos brasileiros Seidi e Leonardo Takano que se deslocaram até o Japão para tentar ganhar dinheiro e pagar uma dívida.

11. Com os punhos cerrados (23/3)

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Eles querem fazer barulho, mas não esperavam que o som fosse tão alto. Três jovens, com ideias revolucionárias e sede de mudança, utilizam uma rádio clandestina para colocar no mundo suas pautas e atacar aqueles que consideram inimigos. Mas as coisas ficam complicas quando eles se tornam a pedra no sapato dos poderosos, e chegam a correr perigo de vida. 

12. Power Rangers (23/3)

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Esse é daqueles filmes com gostinho de nostalgia que acalentam as lembranças infantis de muitas pessoas. A cidade de Angel Grove está prestes a sofrer um ataque alienígena, e esses cinco jovens, os power rangers, são os únicos que podem manter as coisas sob controle.

13. Dolores (30/3)

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Era pra ser apenas um retorno à terra natal para cuidar do sobrinho que acabara de perder a mãe, mas Dolores acaba se envolvendo em situações que fogem ao seu controle. Uma briga pela fazenda hipotecada aproxima a personagem interpretada por Emilia Attías de seu cunhado Jack, e quando ela conhece Octavio Brandt forma-se um conflito amoroso que divide o coração de Dolores.

14. Mulheres do século 20 (30/3)

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A velha busca de uma mãe pelo melhor futuro possível para sua família, potencializado pelo clima californiano dos anos 70. A personagem de Annette Bening se encaixa nesse script, mas envolve no check list de preocupações também suas amigas, procurando respostas para a vida delas.

15. Central (30/3)

Mesmo sem trailer no Yotube, achei importante que essa indicação estivesse aqui.

Muito se houve falar sobre o quão deplorável é a situação de presídios brasileiros, mas pouco se mostra a respeito de como e porque isso acontece na prática.  Com entrevistas de ex-detentos e familiares, documentos, fotos e diversos dados, a diretora Tatiana Sager traz um compilado de materiais para debater e se profundar na questão, focando especificamente no presídio Central, localizado no Rio Grande do Sul e já considerado o pior do país.

O documentário nasceu com inspiração no livro Falange Gaúcha, de Renato Dornelles, e foi premiado no FESTin, o Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, ocorrido em Portugal.


publicado em 11 de Março de 2017, 06:20
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Carol Rocha

Leonina não praticante. Produziu a série Nossa História Invisível , é uma das idealizadoras do Papo de Mulher, coleciona memes no Facebook e horas perdidas no Instagram. Faz parte da equipe de conteúdo do Papo de Homem, odeia azeitona e adora lugares com sinuca (mesmo sem saber jogar).


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