Algumas figuras podem nunca conseguir aquele apreço da grande mídia, mas se tornam ícones para uma determinada cena local.
Em geral, é um cara que seguiu um caminho de muito trabalho, lançando seu material, galgando shows, persistindo e fazendo o som, independente das causas e das dificuldades.
É bem o caso do Camillo Royale, guitarrista, vocalista e compositor da banda Turbo. Ele, literalmente, tem anos e anos de experiência como músico independente. Horas e mais horas de palco, trabalhando com inúmeros projetos, próprios ou não.
Em Belém, caminhar pelos mais variados corredores, falando e colaborando com gente de todo tipo, fez com que Camillo se tornasse uma espécie de ícone local e isso convergiu para o que, hoje, podemos considerar o clímax da trajetória: sua ida para a Suécia, para gravar com Chips Kiesbye, que tem no currículo bandas como Hellacopters, Millencollin e Sahara Hot Nights.
No melhor estilo Jamaica Abaixo de Zero, a banda saiu do "calor senegalês" de Belém e se internou 12 horas por vez, durante 18 dias, no estúdio Music-a-Matic, em Gotemburgo.
Frio, a dificuldade de comunicação e consequente total imersão no trabalho parecem ter feito bem a eles. Essa atmosfera pode ser sentida nas músicas.
Para quem gosta de um rock'n roll simples e cheio de entusiasmo, vale totalmente o play.
Eu sou Spartacus (2015)
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Onde encontrar os caras
publicado em 26 de Agosto de 2015, 19:16