Brasil 1 X Croácia 0 – Terça, 13 de junho de 2006, 16h.
Seu chefe a liberou às 14h. Almoço rápido, leve e apimentado no tailandês. Último capítulo do seriado favorito agarradinhos com laptop no colo. Beijo longo e demorado na varanda. Chicote. Telefonema para o marido: “esses crápulas nem pra darem a tarde pra gente!”
Brasil 4 X Japão 1 – Quinta, 22 de junho de 2006, 16h.
Direto pra minha casa. Bolo de nozes, margaritas e húmus. Não passamos do sofá da sala. Chupada. Corpete de vinil. Telefonema para o marido: “estou acompanhando pela internet, fazer o quê, né? Que goleada!”
Brasil 3 X Gana 0 – Terça, 26 de junho de 2006, meio-dia.
Tarde inteira livre. Almoço romântico no japonês. Andamos pelo shopping experimentando sapatos e escolhendo cores de esmalte. Sessão de fotografia. Depilo sua virilha. Um parafuso em brasa. Deitar agarradinho. No telefone: “se meu chefe fosse brasileiro, ele entenderia como os jogos da seleção são importantes pra gente!”
Os planos para as semifinais foram abortados. Os empata-fodas da seleção vivem ganhando Copas por aí, mas me levam outra curra da França logo quando mais preciso.
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