O QI é apenas uma característica de avaliação humana. Ele demonstra o Quociente de Inteligência geral, associada principalmente com capacidade de comunicação verbal e desenvoltura na execução de certos tipos de tarefa. Não mede alguns outros valores que podem ser desejáveis em uma pessoa, como paciência, ética, inteligência emocional, criatividade e habilidade social.

Mesmo assim, às vezes é bastante útil termos uma ideia do grau de inteligência de alguém. Seja em um processo de seleção para emprego ou mesmo, quem sabe, por que não, em uma festa – você valoriza a inteligência da pessoa com quem possivelmente irá para a cama daqui a pouco, não?

A boa notícia é que dá pra fazer isso bastante bem usando apenas uma pergunta:

“Você poderia me explicar, em 5 minutos, algo complicado e que você conheça bem?”

Existe um sistema de medição de inteligência reconhecido e utilizado no mundo inteiro, chamado WAIS – Wechsler Adult Intelligence Scale. Essa escala é tão confiável que serve como critério de admissão em boa parte das sociedades de indivíduos de inteligência extrema, como a Mensa e a Triple Nine (onde só entram pessoas que fazem parte do 1% de pessoas de maior QI do mundo).

O WAIS é dividido em vários subtestes, cada um medindo a capacidade humana em um aspecto diferente. A soma de todos esses subtestes é, atualmente, a maneira mais precisa de medir a inteligência geral de uma pessoa.

Mas é impossível para uma única pergunta abordar todos os aspectos do WAIS – eles cobrem de concentração aritmética a percepção espacial. Por isso a pergunta foca naquele que, entre todos os subtestes, tem peso ligeiramente maior: o de vocabulário.

Peso de cada subteste referente à avaliação de inteligência geral

O “grau em que uma pessoa aprendeu e consegue compreender e se expressar com palavras” é a definição de vocabulário do WAIS, e o aspecto de maior importância na medição de inteligência geral. Por pouco, quase empatado com alguns outros, mas ainda assim.

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A pergunta acima é capaz de medir exatamente isso, e ainda tem ao menos duas vantagens:

  • O tempo estipulado de cinco minutos força a pessoa a realmente entrar em detalhes naquilo que está explicando, em vez de pegar a explicação mais curta e direta.
  • A própria natureza da pergunta faz com que a pessoa queira explicar algum assunto emocionalmente próximo. Algo pelo qual ela seja apaixonada. E a capacidade de ser apaixonado por algum assunto, ao menos na minha opinião pessoal, é praticamente tão importante em uma pessoa quanto a inteligência.

Sabe quem é fã dessa pergunta e a usa em suas entrevistas de emprego? Sergey Brin, um dos fundadores do Google. Se você fosse entrevistado por ele, provavelmente teria que respondê-la.

Cérebro
Vem cá que eu vou te explicar em cinco minutos coo dominar o mundo

Falando nisso…

Como você responderia?

Agora que você conhece a pergunta, pode tentar fazê-la para algumas pessoas e observar as respostas. Ou, melhor ainda, pode tentar respondê-la.

Em clima de desafio entre amigos, sugiro: grave um vídeo de 5 minutos com você explicando alguma coisa, absolutamente qualquer coisa. Use sua webcam. Suba no YouTube e poste o link aqui nos comentários. O que será que você tem para nos explicar?

Ou então guarde para quando você for entrevistado por alguém que leu esse texto. 😉

Saiba mais (em inglês):
The most revealing job interview question
If you could only ask one question to determine the IQ (g) of a person, what would it be?
Relato do Brand Manager do Google sobre como foi a sua entrevista com Sergey Brin

Fabio Bracht

Toca guitarra e bateria, respira música, já mochilou pela Europa, conhece todos os memes, idolatra Jack White. Segue sendo um aprendiz de cara legal.rnrn[<a>Facebook</a> | <a href="http://www.twitter.com/FabioBracht">Twitter</a>]"