Esse é um assunto que assombra muitos homens, então trazemos aqui um levantamento de informações e reflexões importantes sobre disfunção erétil.

Disfunção erétil? Será que eu tenho?

Nervosismo, ansiedade e medo de um desempenho sexual negativo são alguns dos motivos apontados, por especialistas, como causadores de um dos maiores temores vividos pelos homens: broxar.Esse é um assunto que assombra muitos homens, então trazemos aqui um levantamento de informações e reflexões importantes sobre disfunção erétil.

Outras questões vão se somando, como dificuldades do dia a dia e cansaço físico. Talvez daí surja o medo de que a broxada se repita, podendo configurar uma disfunção erétil. 

Mas quando saber se é a hora de procurar um especialista? Como identificar se está sofrendo de disfunção erétil? Identificar isso depende de vários fatores e é sempre bom estar em contato com um especialista no assunto, seja um médico urologista ou um psicólogo que atende questões relacionadas à vida sexual.


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O que exatamente é disfunção erétil?

Por definição, é quando uma pessoa tem dificuldade constante em manter uma ereção do pênis firme e por tempo suficiente para que esta pessoa se sinta satisfeita.

A disfunção erétil pode afetar em muito a qualidade de vida de quem está passando por isso e, segundo o médico Dr. José Mário Reis, estima-se que em 70% dos casos, a razão deste problema esteja conectada a questões emocionais e psicológicas.

Números da disfunção

Uma pesquisa encomendada pela startup Omens ao Instituto Datafolha, em 2021, apontou que de 1.813 brasileiros, de 18 a 70 anos, tanto héteros como LGBTI+, com acesso à internet, revelou que 1 a cada 3 dos entrevistados havia sofrido algum nível de disfunção erétil nos dois anos anteriores.

Essa mesma pesquisa identificou que 84% dos homens com disfunção erétil deixou de fazer sexo por algum motivo — 54% já alegou cansaço físico; 52% estresse; 49% preocupações com emprego e; 50% questões emocionais.

Outro dado bastante significativo revelado, é que 7% dos homens deixou de fazer sexo para esconder algum problema sexual, sendo que esse número sobe para 13% entre os homens com problemas de disfunção erétil. Clique aqui para ver a pesquisa.

Por que esse é um problema para tantos homens?

Nas entrelinhas desses dados, podemos encontrar uma série de outras informações como as angústias e frustrações vividas por essas pessoas (e tantas outras não consultadas), a baixa autoestima e o desencadeamento de uma série de problemas mentais (como estresse, ansiedade e depressão, por exemplo). Por isso é realmente necessário que a pessoa busque tratamento adequado.

Ter ereção é ter poder?

Na cabeça de muitos homens, devido a pensamentos fortemente difundidos na sociedade, a masculinidade está relacionada à virilidade sexual, ou seja, à ereção. Se por um lado existe uma pressão social, que defende que ser homem depende de uma ereção, do outro deve haver um indivíduo forte que analisa sua própria realidade e busca melhorar a si mesmo, inclusive ampliando seu repertório sexual. Idealismo? Não, isso é colocar os pés no chão.

Pergunte para si mesmo: “Uma ereção insatisfatória faz de mim menos homem?”; “Onde ficam minhas outras características?”.

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O que causa uma disfunção erétil?

Uma pessoa pode desenvolver disfunção erétil por uma série de motivos. Entre os mais comuns estão: causas psicológicas (como estresse e ansiedade), problemas cardíacos e a presença de alguma doença crônica ativa. Em alguns casos, pode estar relacionada a tratamentos contra o câncer de próstata ou a retirada dessa glândula.

Como tratar disfunção erétil?

Os fatores causadores de uma disfunção são incertos, por isso é importante buscar um especialista e ser o mais sincero possível com ele. Além de alguns exames, serão aplicados ao paciente questionários que ajudarão a identificar se realmente se trata de uma disfunção erétil e em qual nível ela está. Ele também identifica quais questões emocionais e físicas estão relacionadas ao problema. A partir daí, será definido o tratamento adequado para cada paciente.

Sabemos que para muitos homens, a ereção vai assumir um lugar muito importante e, a depender do caso e da pessoa, há ainda a alternativa do uso de prótese peniana, chamadas de implante.

Essas próteses não interferem na ejaculação e não afetam nem a sensibilidade e nem o prazer, somente auxiliam na manutenção da ereção. São dois os tipos mais comuns de próteses penianas, mas este é assunto para outra matéria!

Qual o primeiro passo?

Em 2006, nós do PDH entrevistamos o Dr. Wagner Raiter José, membro da Sociedade Brasileira de Urologia e especialista em disfunção erétil, que recomendou:

“Saibam que tem sempre um médico para ouvir suas dúvidas e ajudá-lo a enfrentar seu problema, seja ele qual for. Procure seu urologista, ele saberá como ajudá-lo e se não estiver satisfeito com ele, procure outro médico que entenda sua situação. Existem médicos para todos os tipos de pacientes.”

Para aqueles que não têm acesso ao sistema privado, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, além de consultas com urologistas, a distribuição gratuita de medicamentos destinados a este tratamento. Sabemos que, devido ao volume de pessoas que utilizam o SUS, o atendimento pode ser difícil e por vezes bastante demorado, mas é uma alternativa para aqueles que não podem bancar uma consulta particular.

Outra alternativa são os consultórios populares, que oferecem serviços mais baratos e que facilitam a forma de pagamento. O ideal é não perder tempo para não prolongar o sofrimento.

Não precisa colocar sua vida sexual em pausa: amplie as possibilidades de prazer

Sexo é bem mais do que penetração, por isso, aqueles que têm disfunção erétil (e mesmo quem não tem). Já pensou em alternativas para continuar a ter relações sexuais prazerosas? Não é porque sofrem de disfunção que precisarão pausar a vida sexual.

Mesmo sem termos muita consciência disso, para a maioria dos homens, sua masculinidade foi construída a partir do seu pênis. E é fato que a sexualidade masculina também foi socialmente construída com base no falo: “Quanto maior e mais rígido, mais confiante”. O que nos define como homem não é ereção, nem sequer a presença ou ausência de um pênis. Mais do nunca queremos te convidar a pensar “Qual masculinidade você quer cultivar daqui pra frente? Pelo que você quer ser valorizado?”


publicado em 16 de Fevereiro de 2023, 20:24

Zé Ricardo Oliveira