Nos últimos dias, a população paraguaia incendiou o Congresso Nacional após a aprovação da reeleição presidencial no país, chamado por eles de "golpe parlamentar". Na mesma semana, a Venezuela passou por mais um episódio em sua atual situação ditatorial, quando o Supremo Tribunal de Justiça assumiu as funções do Parlamento e retirou a imunidade dos deputados, decisão revogada pelo Tribunal dias depois.
Em outubro do ano passado, a Colômbia votou "não" pelos processos de paz com as FARC, fato que polarizou ainda mais o país na questão do narcoterrorismo.
Por aqui, bem, todos sabemos das questões políticas atuais e o acirramento nas conversas e pensamentos políticos vindos desde 2013, 2014. Na Argentina não está sendo diferente, com protestos constantes causados pela instabilidade econômica, com atos pró e contra o atual presidente do país, Mauricio Macri.
Estamos em um momento muito sensível, é preciso assumir. E, disso, o ator argentino Ricardo Darín, em entrevista, diz seu ponto de vista sobre a polarização e truculência no trato com a polícia na América Latina:
“A realidade exige que nos definamos. Temos de ser politizados, somos seres políticos. Mas fomos atravessados pelo partidarismo, pelo separatismo, por ressentimentos.
Ou está comigo ou é meu inimigo.
Este é o maior mal com o qual temos de conviver hoje em dia. Sair desta dinâmica perversa vai nos tomar tempo. Se quem está no comando político não fizer manifestações claras, contundentes, e indicar que precisamos sair desta estupidez, vai demorar ainda mais tempo.”
A entrevista completa dá pra ler, em espanhol, no site do Clarín. A tradução do trecho foi tirada da newsletter do Meio.
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