Não sinto que tenho um lugar na sociedade em que vivo. Me refiro aqui aos lugares físicos. Aquele lugar onde o seu coração cria raízes e você pode chamar de seu. Um lugar que não seja apenas um espaço entre quatro paredes, mas que seja um santuário, um berço, um refúgio. Simples ou sofisticado, o que importa é que ele tenha uma cara, uma história.

Outro dia me peguei imaginando como eu poderia construir o meu, quando eu tivesse espaço suficiente para isso. Comecei a pesquisar ideias simples, de baixo custo e ao mesmo tempo fascinantes. Foi quando encontrei o Solarium.

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Como uma pequena capela ou cabana, o Solarium foi idealizado para ser um lugar de contemplação. Seu criador, William Lamson, levou muito a sério a ideia de “lar, doce lar” e construiu seu refúgio com estruturas metálicas, vidros e açúcar. Sim, açúcar.

Cada um dos seus 162 painéis são formados por duas peças de vidro e, entre as peças, Lamson colocou uma camada de açúcar caramelizada. Ao utilizar diferentes temperaturas para cozinhar o açúcar, ele foi capaz de produzir uma grande variedade de cores, criando esse ambiente fantástico.

A pequena casa foi montada na Storm King Art Center, um dos maiores parques de esculturas do mundo e que fica em Nova York. Rodeado por árvores e belas montanhas, o espaço era, sem dúvida, bastante convidativo.

William Lamson fala sobre o processo de construção do Solarium no vídeo abaixo. Infelizmente está em inglês, mas vale a pena assistir para entender melhor o conceito.

Atualmente eu moro em um pequeno apartamento e mal tenho espaço para o vaso de violetas que eu ganhei no meu aniversário. Mas quando conquistar espaço físico suficiente, já sei como será meu lugar.

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E para vocês, como seria aquele espaço perfeito?

Tiago Borges

Recém formado em Engenharia de Software, ciclista de estrada amador, apaixonado por futebol, Fórmula 1, música, livros e viagens. Recentemente desengavetou o projeto de criar um espaço para compartilhar sua visão do mundo e criou o blog <a>O Sensato</a>."