Para nós, Homo sapiens modernos, termos um único parceiro(a) para relacionamentos afetivos é um conceito relativamente natural e óbvio sobre o qual se estrutura uma sociedade.

No entanto, em uma perspectiva global, perpassando culturas ao longo da história, a monogamia não é nada óbvia.

Err… querida, estou bêbado como um macaco pré-histórico, mas juro que não puxei nenhuma outra primata pelos cabelos! burp…

Essa é parte da proposta inicial de um estudo chamado “Mulheres ou vinho? Monogamia e álcool”, conduzido pelos economistas Mara Squicciarini and Jo Swinnen, da Universidade de Leuven. Segue um trecho abaixo:

De maneira intrigante, ao redor do mundo os principais grupos sociais que praticam a poligamia não consomem álcool. Investigamos se existe uma relação entre o consumo de álcool e arranjos sociais polígamos/monogâmicos, ao longo do tempo e de diferentes culturas. Historicamente, encontramos uma correlação entre a mudança de poligamia para monogamia com o crescimento do consumo de álcool.
Comparando culturas distintas, também descobrimos que sociedades monogâmicas consomem mais álcool do que sociedades polígamas no mundo pré-industrial.

Olha aí a alegria do machão estampada na imagem

Então quer dizer que pra voltar pra casa todo dia para relacionamentos aprisionantes com a mesma mulher sociedades inteiras cultivaram o hábito de encher a cara mais, melhor e com peridiocidade militar ao longo dos séculos? Nãaaaooooo… Quem já sabia dessa vira um copo!

Aos sóbrios mais críticos indico a leitura dos livros Sexo ao Alvorecer e Uncorking the Past.

Guilherme Nascimento Valadares

Co-fundador e diretor de pesquisa no Instituto PDH.

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