É hoje, cerimônia marcada para as 16h.

Ontem estava passando na televisão um documentário bem interessante sobre o Cristiano Ronaldo, um dos candidatos a melhor jogador do mundo pela FIFA. Um garoto de ouro que saiu da Ilha da Madeira, foi para Lisboa, viu seu melhor amigo se machucar constantemente e ser obrigado a abandonar o futebol na mesma época em que Ronaldo ia virar um dos ídolos do tradicional clube inglês, o Manchester United.
Lá pro final do doc, um dos técnicos que trabalhou com Crisntiano, ainda em Portugal, diz mais ou menos isso sobre a rivalidade entre Cristiano Ronaldo e Messi:
“Eu acho que o Cristiano devia essa rivalidade, essa rixa boba e simplesmente fazer como o Nadal fez com o Federer, ao declarar e assumir que Roger Federer é um extraterrestre, um cara de outro planeta, outro mundo, e que não há como competir com alguém que não é terráqueo, mas que ele faria o máximo para chegar o mais próximo de ser um extraterrestre”
Messi está a algumas horas de levar mais um título importante para o povo de seu planeta. O “suposto” argentino marcou 91 gols em 2012 e derrubou o recorde do alemão Gerd Müller, que em 1972 marcou 85 vezes. Conquistando o prêmio de hoje, ele ultrapassa, nada mais nada menos, que Ronaldo Fenômeno, Zidane, Michel Platini, Marco Van Basten e Cruyff, se tornando o único ser (não humano, ser) a conquistar chegar ao topo dos melhores jogadores de futebol por 4 vezes.
E, se um dia alguém ultrapassar essa marca, acho difícil que seja por 4 vezes seguidas.
Todos sabem do embate eterno entre o baixinho Messi e o belo Cristiano Ronaldo, situação em que o segundo tenta, a qualquer custo (todos justificáveis e bem interessantes para o futebol espanhol e, quiça, mundial) ultrapassar Lionel e ser o melhor do mundo, o mais querido, o mais estampado em propagandas, camisetas, na mente de cada torcedor. Mas é uma briga desleal.

A competição dá vantagem ao (suposto) argentino, dado o time incrível em que ele joga, que joga pra ele detendo mais de 60% da bola, aprontando tudo enquanto ele só se movimenta pra fazer a coisa linda e certa, o gol. Afinal, o terceiro concorrente ao prêmio de daqui a pouco é o meia espanhol Iniesta, que joga no Barcelona com Messi e foi eleito o melhor jogador da Eurocopa, em que a Espanha se sagrou campeã. De novo.
Messi vai ganhar, todo mundo que apostou no Messi vão ganhar alguns centavos e é apenas mais um ponto que leva alguém a pensar que Lionel Messi não é desse planeta. Tudo bem. Ele incentiva os terráqueos a serem cada vez melhores.
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