Sapiossexual, fosfeno, acídia, malaxofobia, ultracrepidanismo & outras

A lógica me diz que houve um dia em que o ser humano não tinha palavras. Qualquer comunicação era presumida. Apontávamos, talvez? Grunhíamos? Mostrávamos com a mão.

Até o dia em que, imagino eu, após perder meia dúzia de companheiros de caça para os tigres dente-de-sabre, um dos nossos ancestrais viu que era um saco ter que ficar improvisando a cada vez um aviso diferente. Decidiu que teria um grunhido específico para dar esse aviso ao seu próximo colega. Nascia aí a versão ancestral do nosso "corre!".

Daí em diante, não paramos mais. Deve ter sido uma diversão (ou uma dor de cabeça) para as primeiras gerações de humanos, ter que associar cada coisa das suas vidas a um som específico feito com a boca.

Imagino que provavelmente começamos apenas com os substantivos. Pedra, caverna, fruta, mulher, homem, criança. Tigre. Depois, somente bem depois, devem ter sentido a necessidade de ter adjetivos. Os advérbios, ah, esses devem ser invenção recente, de quem já não tinha mais muito o que fazer.

O lance é que aos poucos fomos inventando palavras para tudo. Até para o que não necessariamente precisava de uma palavra. Em um autêntico processo coemergente, vimos as palavras surgirem das necessidades, e, depois, as necessidades surgirem das palavras.

Se é assim, vamos aprender algumas a mais.

Todas essas palavras vieram da ótima timeline Glossário, no Facebook, que é atualizada frequentemente com novas imagens.

Qual a sua palavra favorita, entre todas as que conhece em qualquer língua que seja?


publicado em 30 de Setembro de 2012, 06:42
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Fabio Bracht

Toca guitarra e bateria, respira música, já mochilou pela Europa, conhece todos os memes, idolatra Jack White. Segue sendo um aprendiz de cara legal.\r\n\r\n[Facebook | Twitter]


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