Antes de tudo precisamos criar o “problema” que seria, na verdade, a solução.
Eu adoro esses paradoxos positivos.
Todos estão lutando pelo direito das bicicletas em grandes cidades. Conheço mais o que acontece em São Paulo. Ainda assim, temos poucas pessoas usando bikes como meio de transporte no cotidiano.
Com isso, primeiramente teríamos que criar uma solução para o trânsito e para a mentalidade de quem adora usar carro e zanzar quase parando por horas com apenas uma pessoa no veículo: usar mais a bicicleta para se locomover por espaços menores e utilizar o transporte público. Tá, temos um trilhão de problemas com tudo isso. Mas a meta é essa e, para que chegue a algum lugar, é preciso começar.
Tendo parte da solução, criamos um problema: o excesso de bicicletas estacionadas nas calçadas. Aqueles espaços que conhecemos de filmes americanos ou em fotos da Europa com pequenas hastes de ferro para encaixar o pneu da frente e prender sua magrela. Com o crescimento exponencial de bicicletas rodando, consequentemente teríamos que criar mais espaços para estacioná-las, algo que acontece hoje com os carros, com estacionamentos cobrando cada dia mais carro compensando mais alugar um apartamento minúsculo perto do trabalho do que pagar mensal para estacionar o carro.
Lá no Japão, já há solução para o problema que nem criamos aqui ainda. Não, não estou querendo jogar a ideia de que país deles é melhor que o nosso nem nada disso. Apenas utilizei o recorte de uma situação que estamos bem atrás.
Eles criaram bolsões de estacionamento de bicicletas embaixo da terra, mas tudo automatizado e por demais eficiente. Olha só o vídeo aqui embaixo e já peço desculpas pela abertura ridícula dos nipônicos:
Com uma abundância de bicicletas e muita falta de espaço, esses estacionamentos de bicicletas estão surgindo em todo o Japão.
Depois de adquirir uma conta mensal, as bicicletas são sugadas e armazenadas longe de mau tempo e ladrões de bicicleta, além de deixar muito mais espaço para outras coisas tão ou mais importantes.
Agora só precisamos, como disse lá no começo, criar o primeiro problema, afinal, já temos uma nova solução.
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