Como muitos brasileiros, os pais de Isadora Cerullo rumaram aos Estados Unidos para tentar o sonho americano. Por lá, os físicos construíram não só o ideal de vida a que aspiravam, mas também uma família. Izzy é única menina de três filhos. Pai, mãe e irmãos ficaram em terras norte-americanas, mas o sonho de Isadora veio na contramão: jogadora da seleção brasileira de rúgbi, trancou a universidade de biologia, mudou-se para o Brasil e vem se destacando no esporte.
Com um olhar mais fresco, defende o País até dos próprios brasileiros: "O Brasil tem muitas dificuldades, mas o povo daqui é otimista. Aprendi a acreditar que de alguma forma as coisas vão dar certo".
Por aqui, tem enfrentando os ônus e bônus de um esporte que ganha cada vez mais adeptos. Um dos principais desafios, é claro, é o empoderamento feminino. Para Izzy, o rúgbi tem o potencial de transformar a vida de meninas e mulheres.
Isadora também foi protagonista de uma outra bandeira urgente a ser levantada. A namorada de Izzy a pediu em casamento durante os últimos Jogos Olímpicos do Rio. O fato ganhou repercussão mundial e mostrou que não há mais espaço para homofobia no esporte.
Não há dúvida: práticas esportivas, sejam coletivas ou individuais, são terrenos férteis para o desenvolvimento humano. Izzy sabe disso. Além de jogadora da seleção, é uma mulher consciente de seu papel, engajada com causas importantes e que serve de inspiração para meninas que também pretendem seguir no rúgbi. Para nós todas, o céu é o limite.
Izzy tem se sentido cada vez mais em casa no Brasil. Temos sorte. "O brasileiro tem sempre um sorriso no rosto, quer acolher o outro. Tem uma personalidade aberta e amigável. Eu me sinto cada vez mais brasileira."
Para conferir O Papo completo com ela, assista ao vídeo na íntegra ou ouça o áudio:
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