2017 tem sido um ano e tanto pra nós. Reformulamos nosso projeto editorial, estamos mais e mais focados em assuntos diretamente relacionados a masculinidades, lançamos um ebook, fizemos o evento PAI e, agora, chegou a hora de mais um marco.
Com o apoio de Natura Homem como marca madrinha e a força da Epic Awesome projetando, estamos lançando nosso aplicativo oficial!
Se você está com pressa, pode baixar aqui mesmo. Tem pra iOS e pra Android.
Mas, se tiver com um pouquinho de tempo, sugiro dar uma olhada nesse artigo pra saber um pouco mais sobre o que estamos pensando, a felicidade com esse lançamento e como achamos que esse aplicativo pode ser bem mais do que uma forma de receber textos todos os dias.
Antes, um pouco de história
Era uma vez a internet.
Nela, havia sites, blogs e portais para um vasto mundo de conhecimento e informação.
Quando precisavam, o comum era as pessoas descobrirem coisas por indicação ou pesquisas no Google, favoritarem, inscreverem-se em listas de e-mails e, então, acompanharem de perto seus blogs/portais favoritos visitando suas páginas principais, as chamadas homes.
Um dos rituais que alguns veteranos devem se lembrar bem é o de acordar, ligar o computador, esperar ele ligar enquanto vai buscar uma xícara de café e, então, abrir o navegador e, logo em seguida, sua página de grande portal favorita, como um UOL, G1 ou Terra da vida.
Parece que faz três décadas, mas isso era comum há pouquíssimo tempo.
O PdH fez parte dessa época.
Na área de comunicação, uma das observações que, agora, já são praticamente senso comum, é a de que consumimos informação de uma maneira muito diferente do que se fazia entre três e cinco anos atrás.
Hoje, não se entra mais tanto nas páginas principais dos veículos de informação. O mais usual é a pessoa tropeçar em algo que chame sua atenção, quase que por acaso.
A expressão "quase" aqui é calculada. Apesar da impressão de obra do acaso naquilo que eventualmente pipoca nas nossas timelines, há um algoritmo que seleciona quem merece ou não receber a chance de ter um pouco da sua atenção.
Sem entrar no mérito da questão dos interesses aos quais esses algoritmos servem, o ponto que observamos é que acaba se tornando mais raro a construção de uma relação mais aprofundada e contínua com quem nos lê, por exemplo.
Se você nos segue no Facebook, raramente vai receber nosso texto mais atual no momento em que ele é lançado. O mais provável é que ouça notícias de nós esporadicamente, quando algum artigo rompe uma determinada barreira de likes e compartilhamentos.
Um dos problemas é que esses algoritmos colaboram para a construção de uma bolha protegidinha que reforça, muitas vezes, visões que você já possui, não necessariamente contribuindo para a ampliação da sua visão de mundo.
Ou seja, não necessariamente esse artigo com mais audiência é do seu interesse mais profundo ou serve à construção de uma vida mais benéfica.
Tudo o que consumimos tem um custo
Pode não ficar claro como esse custo impacta nossas vidas em uma primeira instância. Afinal, que mal tem em rir de uma dúzia de vídeos de gatinhos em uma manhã triste de segunda-feira, antes de trabalhar? Nenhum, em princípio. Divertir-se faz bem, é bom, desejável. Você ri, sente-se melhor e sua vida segue.
No entanto, às vezes, uma sensação de vazio acaba tomando conta e fazendo com que você só sinta conforto no próximo vídeo engraçadinho, como um viciado em crack que precisa da próxima pedra.
Nada contra diversão e vídeos engraçadinhos. Eu mesmo tenho minha dose diária deles. Porém, quando eles se tornam uma parte significativa do seu dia, começa a fazer falta as duas moedas que você entrega: tempo e atenção.
Por sua vez, o tempo e a atenção dedicados múltiplas vezes a determinados tipos de conteúdo constroem o que se torna o seu mundo. Algum tempo depois, você enxerga por essa ótica, define suas opiniões, frases de efeito e piadas a partir disso.
Ou seja, o que você consome, em maior ou menor grau, se torna aquilo que você é.
A continuidade como forma de construir uma visão de mundo
Essa é uma das formas mais comuns de se construir uma visão de mundo: ser submetido passivamente e repetidamente a conteúdo que traz certas premissas por trás.
Quando você menos percebe, concorda, toma por verdade aquelas visões, sem pensar muito sobre elas.
Para o PdH, esse processo de construção da visão de mundo é importantíssimo. Para nós, construir uma visão é um processo contínuo que pode ser feito de maneira autônoma. É isso que queremos que aconteça, de certa forma, no PapodeHomem e é algo que demanda tempo, proximidade e diálogo.
Um dos nossos motes é o de ser uma espécie de parceiro na jornada dos homens.
Uma parceria é uma relação na qual duas ou mais pessoas se unem por um objetivo comum. O nosso é o de cultivarmos espaços de conversa mais profundos, de nutrirmos melhores relações em todas as direções e de vivermos vidas mais benéficas, enfim, de causarmos impacto positivo. Acreditamos que conversar com os homens é um meio de fazer isso se tornar realidade.
Quando você nos lê, pode ter em mente: esse eixo permeia o que escrevemos ou falamos em áudio ou vídeo.
Claro, há diversas formas de consumir conteúdo. Elas não são necessariamente erradas, longe de nós querer fazer julgamento de valor sobre como as pessoas preferem ler seus textos. O PdH não é diferente e pode ser visto como mais um portal onde você se informa de vez em quando sobre determinados assuntos. Porém, cremos que essa não é a melhor forma de aproveitar o que oferecemos aqui.
Por isso, nos unimos a Natura Homem, que aceitou entrar conosco como marca madrinha na missão criar um aplicativo para melhorar a experiência de continuidade, para quem possa se beneficiar não só dos nossos artigos, como da força de apoio que surge em nossa comunidade.
Como nosso aplicativo pode ajudar na sua jornada?
Na medida do possível e sabendo das limitações que um portal de conteúdo possui, oferecemos artigos e vídeos, mas não só isso. Há uma rede que apoia não só o portal mas a si mesma, de forma que você não só interage com a informação, mas também com pessoas que possuem interesses e aspirações semelhantes (ou não).
Há algum tempo nos deparamos com um artigo no Medium, escrito por Gabriel Tarrão, nosso leitor que baixou um aplicativo informal do PdH, feito também por leitores que queriam acompanhar mais de perto nosso conteúdo. Vale a leitura, mas aqui eu cito um trecho pra gente poder seguir a conversa.
Do hábito para o estilo de vida
Foram alguns meses com essa rotina de ler textos todos os dias. Ao acordar, antes de dormir, a caminho da faculdade, nos intervalos, no almoço, nos “Bom Dia” de segunda e nos “#Doamor” que a cada dia me fascinavam mais.
Com o tempo, percebi o quanto um simples hábito mudou a forma como enxergo o mundo, e isso ficou muito expresso nas pequenas coisas. As conversas de que participo passaram a ser mais agradáveis, produtivas e transformadoras, o espectro de temas de meu interesse aumentou, cuidar da mente e do corpo passou a ser algo constante e eu passei a me sentir dentro do mundo, não numa bolha de conteúdos que eu me restringia a usufruir e que, consequentemente, limitava minha visão de mundo e minha noção de relacionamentos. Eu migrei para uma nova forma de viver, mais real, mais ampla, com mais verdade e satisfação.
Há um processo constante de refino da visão de mundo por trás dos textos que ocorre em conjunto com as milhares de pessoas que interagem nos comentários, e-mails e mensagens.
Hoje publicamos um texto, amanhã pode ser que venha a ser publicada uma outra visão a respeito que some ou contraponha essa primeira. Então, as discussões florescem e podem gerar novas abordagens que se transformam ou não em mais artigos.
Acompanhar de perto o portal tem o potencial de solidificar os benefícios dos artigos, ajudar a transformar a visão e, consequentemente, a vida de quem está mais perto.
Acompanhar de maneira mais próxima o portal, participando do ecossistema (comentários, e-mails, livros, eventos), facilita não só com que você absorva mas que também ajude a construir essa visão em conjunto.
Essa é uma primeira versão, ainda temos muito chão pela frente e novos features a adicionar, mas nesse momento, você pode:
- Ler todo nosso acervo. São mais de 7700 artigos para você – dez anos dando luz e expandido o que pode ser um papo de homem;
- Navegar por nossos percursos e coleções. É acessar de maneira fácil nosso conteúdo especialmente separado em áreas temáticas;
- Salvar a leitura para depois;
- Receber notificações de novos conteúdos. O jeito mais fácil de acompanhar nosso conteúdo quente e tudo o que lançamos;
- Ler os comentários com facilidade. Parte essencial de nossa comunidade, acessada de uma maneira ainda mais fácil.
Baixe o nosso aplicativo
Uma das coisas que o PdH acaba oferecendo, mas que só pode ser percebida com o acúmulo de leituras, é a construção de uma visão de mundo.
Há conceitos que vão se somando, colaborando para um certo jeito de enxergar e reagir aos fenômenos. Acreditamos que os homens podem ser mais compassivos, generosos, empáticos e que isso pode ajudar a criar um mundo melhor.
Oferecemos esse aplicativo como um presente, uma forma de furar a bolha de distração da internet para consumir conteúdo que pode plantar sementes para um mundo mais livre para todos. Aqui nós conversamos sobre nossas aflições, comemoramos nossas vitórias, dividimos conhecimento, dicas e tratamos de assuntos que não entram na pauta da mesa do bar.
Se você acredita e quer participar dessas conversas, baixe nosso aplicativo, compartilhe, divulgue. Quanto maior e mais unida for essa comunidade, mais chances temos de fazer um verão inesquecível algum dia.
Além disso, não dá pra encerrar esse artigo sem mencionar o apoio de Natura Homem que vem apostando em nossas ideias e também na maneira como acreditamos que podemos incentivar os homens a manifestarem uma masculinidade mais lúcida no mundo, não só por meio desse aplicativo, mas também no evento PAI e, mais pra frente, no Homens Possíveis. Somos muito gratos por tudo.
Também vale agradecer ao Gus Fune, o Lucas Cerro e à Epic Awesome que colocaram horas e mais horas de desenvolvimento, ouvindo nossos feedbacks e nos atendendo da forma mais atenciosa possível.
E, claro, como não podia faltar, nosso agradecimento mais que especial à toda nossa comunidade de leitores, autores, parceiros e amigos que estão aqui, sempre nos dando feedback e nos ajudando a manter esse site de pé.
Valeu demais, galera!
Mecenas: Natura Homem
Natura Homem acredita que existem tantas maneiras de exercer as masculinidades quanto o número de homens que existem no mundo. Sem modelos a serem seguidos, sem colocar ainda mais pressão sobre os nossos ombros.
As nossas verdades, os nossos ritmos, os nossos jeitos de ser e estar no mundo. Seja homem? Seja você. Por inteiro. Natura Homem celebra todas as maneiras de ser homem.
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