Isadora Cerullo — ou Izzy, como é mais conhecida — ganhou o mundo durante os Jogos Olímpicos do Rio. Muito pela performance do rúgbi brasileiro durante as olimpíadas, mas também pelo pedido de casamento que recebeu da namorada, a gerente de esportes Marjorie Enya. O vídeo com a proposta inusitada viralizou, chegou às principais emissoras internacionais e levantou uma bandeira urgente: não pode haver espaço para a homofobia no esporte. A atleta e a agora noiva receberam dezenas de solicitações de entrevistas e milhares de mensagens de apoio. Mensagens de ódio também foram ecoadas, mas Izzy diz que não precisou nem respondê-las, já que outras pessoas replicavam e mostravam aos intolerantes o óbvio: todo tipo de amor é válido.
Apesar da repercussão, algumas entidades esportivas permaneceram caladas. Uma falha grave, na visão de Izzy, já que o silêncio nunca favorece os oprimidos e é responsabilidade das confederações, e não dos atletas, se posicionarem sobre o assunto. "Não temos de nos preocupar em assumir se somos gays, se vamos perder patrocínio por isso. Nosso trabalho é fazer o melhor como atleta."
O pedido, claro, também trouxe mais visibilidade ao rúgbi. Os estádios lotaram de espectadores curiosos para conhecer o esporte que, 92 anos depois, voltou a fazer parte dos Jogos Olímpicos. E valeu a pena. O time feminino garantiu o 9º lugar no ranking, conquistando uma vaga no mundial. Um legado que começa a ser construído em território brasileiro e que enche Isadora Cerullo de orgulho. "As pessoas tinham preconceito das Olimpíadas aconteceram no Brasil. E com ⅓ do orçamento dos Jogos Olímpicos de Londres mostramos que há muitos motivos para se ter orgulho do brasileiro. Vimos o País fazer bonito."
E você, entrou na onda do rúgbi durante as Olimpíadas? Nosso papo continua nos comentários?
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