Se você não viu as fotos da mulherada gata, o cenário épico da KaZantip, os peitinhos na praia nem o vídeo que montei pra Papo de Homem, clique aqui e leia a primeira parte do artigo.

Para continuar a matéria, achei que era meu dever entrevistar quem tem experiência com a KaZantip e nos contar um pouco mais sobre essa rave da Ucrânia. São quatro meninas, de perfis diferentes que vão dar suas perspectivas sobre a balada!

1. A promoter: Nastja

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zzz-zzz-zzz (barulhinho da câmera dando zoom na foto)

VICTOR: Nastja, qual é o melhor jeito de fazer amizades e se entrosar com a turma lá na festa?

NASTJA: Vou dar uma dica simples: a vodka conecta as pessoas (risos).

Casamento em Las Vegas? Não! Em KaZantip!

Esqueça os manjados casamentos na capela de Las Vegas com direito a Elvis Presley. Soooo last year! O lance é arrumar uma linda noiva russa ou ucraniana e arrumar o casamento lá mesmo. A cerimônia pode ser agendada e acontece uma vez por semana.

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Nastja para a PdH: “love – love is connecting – love is empowering – love is exciting…

VICTOR: Explica pra gente essa história de casamento no KaZantip.

NASTJA: Em KaZantip o amor pode ser celebrado com casamentos onde centenas de pessoas comemoram juntas – e isso inclui tanto quem já levou bolo pra festa como para quem decidiu escolher no local.

Esses casamentos funcionam livres de quaisquer leis jurídicas, responsabilidades ou contrato… e duram até o dia que vocês amam um ao outro. Nenhum dia a mais. 🙂

Por isso, apaixone-se e case aqui, quantas vezes você quiser ou puder.

VICTOR: Falou e disse, Nastja! Obrigadão e beijos!

NASTJA: Beijo especial a todos os leitores. 🙂

Como contamos na primeira parte da matéria, a República de KaZantip é um lugar especial com suas regras próprias. E uma vez por semana o PreZidente reúne todos os pares que querem se casar e assim funciona … eternamente enquanto durar.

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Depois de arrumar a sua noiva, é só se dirigir à filial ucraniana da Cabana PdH.

Logo depois de falar com a Nastja, já emendei conversa com uma de suas amiguinhas… a Katja.

2. A baladeira: Katja

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Foi difícil escolher um ângulo para a foto, então seguem duas. Você decide.

VICTOR: Katja, eu sei que a sua primeira vez… no KaZantip foi algo bastante interessante… e na época soviética, antes da coisa ficar enorme. Conta pra gente!

KATJA: Hihi, pois é! Minha primeira vez foi em 1998… num reator nuclear abandonado! KaZantip era uma festa que acontecia no outro lado da península da Criméia. Nessa época, nenhuma das minhas amigas tinha a menor idéia do que era KaZantip.

VICTOR: Mas como é que vocês entraram na balada se ninguém sabia de nada?

KATJA: Era pra ser! Estávamos procurando uma praia bacana e nos trombamos por acaso com a festa. Victor, você não tem idéia de como isso era algo surreal para nós. Pense que era a época da União Soviética. Esse negócio de sair enlouquecido dançando música eletrônica com luzes pulsantes não era parte da nossa realidade. Não tenho como descrever em palavras, mas desde que o vírus KaZantip me pegou, ah… eu preciso estar lá todo verão!

VICTOR: Que show! E vem cá… para um de nós latinos chegarmos no meio da galera e rolar um entrosamento, qual é a cantada infalível pra tirar umas risadas e puxar papo?

KATJA: Ah, tudo depende da situação… não consigo te dizer algo que sempre funcione. A única coisa que é garantida é o sorriso, que é universal. Se você estiver na festa e quiser chegar junto, é só celebrar e saber que é muito fácil fazer amizade.

VICTOR: Concordo plenamente! Valeu Katja!

KATJA: Eu já estou me arrumando para encontrar a Nastja e todos vocês por lá! Beijos!

3. A DJ: Lera

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VICTOR: Lera, conta pra gente como foi a sua primeira vez… em KaZantip!

DJ LERA: Quando fui pra KaZantip pela primeira vez, fiquei chocada.

Milhares de “Z-people”. Gente maluca e sem regras. Mas todos em um humor muito positivo. Não consigo descrever em palavras. Tem que ir pra ver com os próprios olhos.

Na minha primeira vez, não dormi por cinco dias e cinco noites de tanto que estava inspirada pelo espírito de KaZantip. Acho que essa foi uma das coisas mais loucas de minha vida.

Não interessa se é dia ou noite… a festa rola a qualquer hora! A própria noção de tempo se perde. Com tantos jovens, embaixo do sol e das estrelas, mar e lua… a música e o espírito de liberdade são inesquecíveis.

VICTOR: Que massa! Mas diga uma coisa – é só um tipo de gênero musical direto? Qual é a tribo?

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DJ LERA: Não, não! No KaZantip você pode ouvir vários estilos de música eletrônica: progressive house, tech house, techno, breaks, drum’n’bass, trance e até psyсhodelic e hard core. E se você não gosta da música da pista, é só andar um pouquinho e entrar em outro ambiente onde algo diferente está rolando. Dá para agradar a todas as tribos.

VICTOR: Você vai tocar na festa, né… que tipo de música que faz seu estilo?

DJ LERA: O meu estilo de música é bem para o groovy com progressivo e tech house. Esse ano, minhas aproesentações acontecem na Carica Sessions Party, com apoio da Carica Music Group. Em 30 de julho vou tocar na Dancefloor Evro, e também estarão o Toni Rios (Cocoon, Alemanha), Nikitin & Semikashev, Yura Popov, Python (estrelas da música russa) e outros.

VICTOR: Lera, com esse talento todo o pessoal vai querer te acompanhar mais de perto. Como é que a gente pode conferir mais?

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DJ LERA: É um prazer me conectar com os leitores da Papo de Homem! Meu Facebook é http://www.facebook.com/djlera, o Twitter com atualizações éhttp://www.twitter.com/dj_lera e tenho algumas faixas para escutar no http://www.myspace.com/djlera

VICTOR: Hm… tem mais fotos também?

DJ LERA: Claro!

VICTOR: Então já era. Beijo, linda!

DJ LERA: Boa sorte a todos e nos vemos dançando no KaZantip!!!

4. A agente de turismo: Julia

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VICTOR: Julia, como você já esteve no evento, vai poder contar pra gente como é a realidade do KaZantip… o que tem de realmente irado na balada?

JULIA: KaZantip? É um lugar feliz para se estar. É uma república completamente separada, com seu próprio governo, incluindo presidente, ministério da música e tudo mais – são as pessoas que fazem o evento rolar.

A coisa mais doida que sei é que no primeiro ano da abertura do KaZantip é que para conseguir a entrada de graça na área de balada, além da dica da maleta amarela… é chegar peladão (ou peladona) na pista de dança – e algumas das minhas amigas e amigos fizeram isso, haha! Sim, tiraram todas as roupas e chegaram com tudo na pista – é meio maluco mas vale de tudo para divertir as pessoas. Não sei se essa regra vai valer de novo para esse ano, mas foi engraçado demais!

VICTOR: Que tipo de gente vai ao festival?

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JULIA: A frequência é variada. De 16 a 30 anos. Eu chutaria dizer que metade é de russos e ucranianos e a outra metade de estrangeiros de todo o mundo. Entre os europeus que batem cartão, tem bastante gente do Reino Unido, Alemanha, Itália e cada vez mais os turcos também estão gostando muito do evento. Ah, e nem preciso dizer que os melhores djs do mundo também fazem questão de marcar presença.

VICTOR: Julia, me conta mais sobre a Ucrânia. Eu nunca fui e tenho muita vontade – me parece um lugar bastante exótico e ainda intocado pelo turismo de massa…

JULIA: Claro! Pra começar, existem muitos mitos falsos sobre a Ucrânia. Muitos ainda a consideram uma terra da União Soviética, que nós estamos vivendo a uns quinze anos de defasagem do resto do mundo e que aqui não tem nada para fazer ou ver. Essa opinião errada é de quem não esteve por aqui recentemente.

A Ucrânia tem ótimos restaurantes, bares, vida noturna, cassinos, atividades diurnas e noturnas e especialmente durante o verão. Para ter uma idéia de algo diferente, o turismo militar está ficando bastante popular – imagine atirar com um rifle Kalashnikov ou pilotar um tanque de guerra!

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Pilotar um tanque de guerra e curtir uma festinha com ninfetas na Ucrânia. Que mais falta?

VICTOR: E o lance do preconceito? Eu ouvi uns boatos sobre racismo e violência… acho que até a página da Wikitravel comentava sobre ataques contra negros. Achei sinistro!

JULIA: Esse é outro mito falso. Desde que você fique no centro da cidade, que é onde todas as coisas interessantes estão, está totalmente seguro. Claro, desde que VOCÊ não procure por problema, né. Nenhuma das pessoas de raça negra ou mista que eu conheça teve qualquer problema aqui em Kiev.

VICTOR: Ah, entendi! Eu morei e viajei em diferentes cidades no Leste Europeu e sei como é. Só ter bom senso e a gente se sente bastante seguro. Julia, você pode ajudar a gente com a organização da viagem?

JULIA: Sim. Eu posso oferecer desde a acomodação em hotéis ou aluguel de apartamentos até serviços como transporte, serviços de intérprete, suporte para negócios e organização de eventos. Para o KaZantip a gente tem um pacote completo preparado incluindo o transporte até o evento, acomodação e todo o suporte – tratamento especial garantido.

VICTOR: Eu sei que a reputação de vocês é das melhores e por isso agradeço muito essa oportunidade, Julia. Passa pra gente um jeito de entrar em contato pra saber mais.

JULIA: Bom, o site é www.mj-tour.kiev.ua e nosso endereço é na 8 Umanskaya Street, Kiev. Meu email direto é julia@mj-tour.kiev.ua

VICTOR: Só pra deixar claro, este não é um post patrocinado e eu estou recomendando a Julia por ela ter sido uma pessoa extremamente organizada, inteligente e eficiente sempre que a gente falou de assuntos profissionais. Obrigado, Julia!

JULIA: Obrigada pelos elogios e tudo de bom para todos!

Pessoal, quero agradecer aqui a paciência das pessoas que colaboraram para essa matéria com informações, fotos e simpatia: o Roland, Nastja, Katja, Lera, Julia e Kira. Deu trabalho, e espero conseguir fazer a terceira parte do artigo indo pessoalmente ao KaZantip nesse ano ou ano que vem. Quem mais topa?

p.s. Depois de cumprido meu duro papel em entrevistar as moças, descobri que na realidade o www.kazantip.com não é o site oficial, mas sim de um grupo que oferece pacotes de viagem. Por isso, para quem quer o site oficial, tem que ser guerreiro e encarar o www.kazantipa.net, que não tem versão em inglês.

p.p.s.: Deixem nos comentários a sugestão de outras mega festas parecidas com essa que vocês queiram ver eu escrevendo aqui no PdH. Na lista de idéias de lugares onde eu já estive e sei que são bacanas tem as aberturas e encerramento de Ibiza, a Love Parade, a San Fermín e algumas outras. Quais vocês conhecem para colocar na lista?

Victor Lee

É o embaixador europeu da PapodeHomem e está sempre de malas prontas para ir onde tem mulher bonita. É autor do <a>"From Victor With Love - Diário"</a>."