Como imagens valem mais do que mil palavras, segue um pequeno material para capturar vossa digníssima atenção.
Dia 25 de julho a pre-abertura da festa tem nada menos que Paul van Dyk. Ah, Armin van Buuren e o glorioso Sven Väth também vão dar uma palhinha. Só isso já convenceu? Mas não é de forma alguma pra escutar marmanjo tocando disquinho que recomendo todos os homens a conferirem o que é o KaZantip.
Os motivos:
Motivo 1: praia.
Motivo 2: rave de proporção colossal, como não poderia deixar de ser em um país de influência soviética.
Motivo 3: as ucranianas e russas garantem uma festa, digamos, bonita aos olhos.
Motivo 4: love is in the air.
Motivo 5: gente insana.
Motivo 6: chill out a beira do mar.
Motivo 7: peitinhos-hit-combo-megafest-of-glory.
As imagens:
Pronto. Agora que estamos de volta com a programação normal, perguntamos: o que esperar de 22 dias de festa sem parar na Ucrânia, onde se encontram algumas das mulheres mais gatas do planeta Terra?
Sim, KaZantip é o festival mais doido e longo do Leste Europeu juntando techno, trance e house music. Acontece num resort de sessenta mil metros quadrados em Popovka, na praia do Mar Negro (Black Sea) na península da Criméia, Ucrânia.
Para comparação, a Mariana Simon conta que o Skol Beats de 2008 juntou 15 mil pessoas. Multiplique isso por dez e dá pra ter uma idéia do tamanho colossal do KaZantip. 150.000 pessoas por edição.
Bom, não tem muito a ver comparar os dois eventos, que são completamente diferentes.
KaZantip é na praia. Acontece durante seis semanas onde as pessoas dançam e se divertem 24 horas sem parar. É gente de toda a Europa e do planeta todo que vai pra lá, com predominância do público soviético.
Só a abertura ou o encerramento podem ter sessenta mil pessoas. Esses são os números que divulgaram lá no site KaZantip.com. Eles vão geralmente em pacotes de uma semana (mais que isso ninguém aguenta – por isso o nosso glorioso Carnaval acaba na quarta, certo?).
Durante o dia a galera se reúne no Complexo Marte, uma gigantesca estrutura no meio do mar para curtir competições de kite surfing. De noite, o complexo vira uma enorme rave.
Regras próprias da República KaZantip
Não tem line-up. Não é pra ninguém pirar o cabeção com caderninho com nome de DJ e ficar pagando pau contando os minutos esperando o próximo Fat Boy Slim substituir algum Carl Cox da vida. Não é essa a idéia!
A brincadeira que os organizadores fazem é agir como se KaZantip fosse uma república independente. Quando eu ouvi falar nisso pela primeira vez, somado ao meu conhecimento modesto de geografia, até achei que fosse verdade! Até comecei a procurar informações sobre como conseguir visto… só depois é que caiu a ficha e vi que é uma república de mentirinha. Mas eles levam a sério!
O tal visto para cruzar a fronteira de KaZantip é a entrada para a festa. Tudo é bem organizado e a rave segue sob o comando de um presidente próprio, o PreZidente. É ele quem bota ordem no coreto e anuncia os vários eventos de relevância. Os habitantes dessa micro nação são os ParadiZers, também chamados de “Z people”.
Outra piração da República KaZantip é que lá o ano novo é comemorado em 31 de Julho, onde todos se vestem de modo chamativo e viram garrafas e mais garrafas de champagne.
Щастья – “Schastie”
É uma palavra doida que para os ParadiZers quer dizer felicidade. E faz parte da Constituição da República KaZantip – seria quase um “namaste” para refletir a filosofia KaZantip para dar a vibe ideal à festa.
Entrando na balada de graça
A essas alturas imagino que o senhor está fazendo os cálculos de quanto essa brincadeira vai custar. A boa novidade é que tem um esquema para entrar na balada sem pagar entrada. Quer saber? É simples… se você for fluente em russo, é apenas entrar no site www.KaZantipa.net e responder as perguntas de um joguinho antes do verão começar.
Que moleza, não? Calma que tem outros jeitos, que a minha amiga Julia conta na segunda parte dessa matéria…
A entrada de graça não é apenas um lance de clicar no site. É obrigatório aparecer na festa com uma mala da cor da KaZantip Republic – amarela! E com todos os acessórios possíveis: o povo usa tintas, adesivos, cola e todo tipo de penduricalho para a tornar única e chamativa.
Durante toda a estada, a maleta amarela deve ser carregada e dizem aí que isso é referência a um filme antigo da década de 70 chamado Aventuras de uma Pequena Maleta Amarela em que um homem distribuía felicidade para a molecada com doces vindos de uma mala amarela. Doces? Hmmmm…
Brincando um pouco com o idioma local
Como eu sempre digo, vale a pena aprender um mínimo do idioma local.
Depois de entender como funciona o alfabeto, tem um site com uns joguinhos fáceis aqui.
E para quem ainda não se convenceu, o LiveMocha é na minha opinião um dos melhores jeitos de aprender idiomas se divertindo. E tem o módulo de ucraniano lá!
E a mulherada, Victor?
Ô meus queridos! Calma que a melhor parte a gente sempre deixa pro final!
Como não tive AINDA a oportunidade de ir para KaZantip, encarei a responsabilidade do meu dever e fui entrevistar quatro amiguinhas que são experts no assunto:
Elas vão dar as dicas para nós em primeira mão na segunda parte desta matéria (bem ilustrada, diga-se de passagem). Entre os assuntos, falaremos sobre casamento em KaZantip, as origens da festa em um reator nuclear, mitos sobre segurança e perigos aos turistas na Ucrânia e como pilotar um tanque de guerra.
Em nome de todos os leitores da Papo de Homem Lifestyle Magazine, já deixo adiantado a elas o nosso grande спасибо: obrigado!
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Aguardem, logo mais, a Parte II da saga de Kazantip…
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