Algumas coisinhas que fui aprendendo pela vida, ao custo de muita porrada, e que tento nunca esquecer. São leis de mim para mim mesmo. Então, amigo leitor, não pense que estou cagando regra na sua cabeça, mas sinta-se à vontade para usar minhas regras em sua vida.
Com vocês, minha sabedoria acumulada:
Lei da racionalização
Ou “bem, se não fosse eu, alguém mais teria feito”:
Qualquer racionalização em seu benefício é quase sempre errada, e sempre de mau-gosto.
Lei dos conselhos
Ou “acho que você deve mandar seu chefe tomar no cu”:
A contundência de um conselho é inversamente proporcional às consequências práticas que recairão sobre o aconselhador.
Lei da consequência
Ou “todos meus amigos me largaram, esses canalhas!”
Pessoas que “brigaram com todo mundo” e foram “abandonadas” por amigos e parentes ingratos via de regra merecem sua atual solidão e, se você ficar por perto tempo o suficiente, vai descobrir na pele o motivo.
Lei do segredo
Ou “não tem nada de errado, mas ninguém precisa saber…”
Se você quer muito fazer, mas tem que ser escondido “senão as pessoas não entenderiam”, é porque não deveria estar fazendo. Se não pode contar pra sua mãe, não faça. Exceções: práticas sexuais individuais, tipo enfiar cenoura no cu, e mães sociopatas.
Lei da memória
Ou “pô, não acredito que você não está lembrando de mim!”
Nunca presuma que ninguém sabe quem você é. Na pior das hipóteses, cria um enorme constrangimento. Na melhor, fica parecendo um ególatra.
Lei da mulher de malandro
Ou “vocês não entendem, ele me ama de verdade, esse é só o jeito dele!”:
Se você precisa convencer seus amigos e parentes que alguém te ama, então é porque essa pessoa não te ama.
Lei da ajuda
Ou “esse escroto não quer mais me dar carona!”
Quem te ajudou muito e depois parou de ajudar não é um canalha por ter parado, mas sim um cara legal por ter ajudado. Ninguém tem obrigação de te ajudar, e muito menos pra sempre.
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