Alcançar o sucesso. Traçar e vencer seus objetivos. Ser referência. Já é difícil conseguir isso em uma área de atuação humana, que dirá em várias?

Poucos homens chegaram ao ponto de alcançar sucesso e notoriedade em mais de duas ou três áreas sociais. Se o sujeito consegue sucesso na música, ele geralmente tem que trabalhar muito para ter sucesso no cinema, no mundo esportivo ou no corporativo, frequentemente não alcançando resultados tão bons.

Se formos dar alguns exemplos, podemos citar o mestre Bruce Lee como sendo um exemplo de homem que foi referência tanto nas artes marciais quanto no cinema. Indo um pouco mais longe, podemos até dizer que Mickey Rourke fez o mesmo – ainda que com menos sucesso nas duas coisas.

Mas há outro cara.

Ele não teve sucesso apenas no esporte e no cinema, mas também na política e no mundo dos negócios. Quatro áreas de atuação em que ele ou chegou ao topo, ou muito, muito próximo disso.

Estou falando do menino franzino da pequena vila de Thal, na Áustria, que apanhava do pai policial e sonhava em ir para a América ser alguém.

Estou falando do Carvalho Austríaco.

Estou falando de Arnold Schwarzenegger, eleito pela TIME uma das 100 pessoas que ajudaram a moldar o mundo de hoje.

Anilhas e mais anilhas

Ele não tinha futuro algum na pequena vila de Thal, e sabia disso.

Aliada a essa falta de perspectiva, o jovem ainda sofria com maus tratos e falta de convivência com o pai, que favorecia o seu afilhado Meinhard e não tinha paciência com o pequeno Arnold. Esse conjunto de fatores foi vital para o movimento em direção a uma vida melhor. Desde cedo, ele já tinha o objetivo de deixar o seu lugar de nascimento e rumar para os EUA em busca de sucesso. Mais do que sucesso, ele queria que as pessoas o vissem como alguém. Procurou fora de casa aquilo que não encontrava dentro dela.

Para atingir este objetivo, escolheu o caminho do esporte. Especificamente o do fisiculturismo. Na época uma atividade nova e desconhecida, vista como nada além de um bando de caras estranhos musculosos, de tanga e óleo no corpo. Até ele chegar e mudar isso.

Mesmo tendo uma inteligência acima da média – consta que o QI de Arnold seja 135, pontuação de uma pessoa com inteligência elevada, cinco pontos a menos da inteligência genial –, não acredito que nessa época ele já tinha imaginado que chegaria tão longe.

Tendo traçados os objetivos de sair do seu país e de se tornar o maior e melhor fisiculturista do mundo, ele inicia seus treinos aos 15 anos. Aos 17, ganha o seu primeiro título como atleta. Anos depois, aos 23, torna-se o mais jovem vencedor de todos os tempos do mais difícil e famoso torneio de fisiculturismo do mundo, o Mr. Olympia.

Quando questionado sobre como conseguiu construir um corpo hercúleo, nunca visto antes, ele sempre dizia que era necessário ter um objetivo e depois trabalhar o mais duro possível para alcançar este objetivo, com muito treino e dedicação.

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Isso é clichê, eu sei.

Mas ele dizia mais duas coisas que poucos sabem ou não dão importância: usar a imaginação e ir pouco a pouco rumo ao sonho.

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Ao fazer flexões na barra fixa, para dar densidade às suas costas, um ponto fraco seu na época, imaginava que puxava os planetas para baixo, dormia pensando nas cargas de peso que carregaria no dia seguinte de treino e dedicava horas para alcançar alguns milímetros de ganho muscular, sabendo que estes milímetros faziam parte de um todo bem maior. Usava o mesmo princípio aos treinos de pernas e panturrilhas, notoriamente os seus pontos fracos se comparados ao resto do corpo.

Automotivação pura. Sem técnicos, psicólogos, coachs, e-mails com historinhas ou PowerPoints com mensagens motivacionais. Ele já sabia que a motivação passa, mas a decisão é definitiva. E a dele era ser campeão.

Era um homem em busca do seu objetivo.

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Foi nessa época que ganhou o apelido de Carvalho Austríaco, devido ao seu tamanho e potência muscular nunca vistos antes.

A lenda e suas histórias (de treinamentos, jogos sujos e anabolizantes legais)

Dizem que fora do ginásio ele era um cara simpático, doce, bom de papo, o famoso gente fina. Mas que durante o aquecimento já se podia ver uma mudança drástica no seu comportamento. O sujeito risonho e gentil dava lugar ao homem de cara fechada, sério, calado, focado em ser o maior e melhor. Treinava mais do que os outros, buscava novas técnicas e exercícios para conseguir sempre o melhor resultado.

Arnold fez parte da Era de Ouro do fisiculturismo, quando todos os principais atletas viviam e treinavam juntos. Isso dava a ele a oportunidade de ver como estavam os seus adversários e quais pontos ele deveria desenvolver para se manter imbatível nos palcos.

Antes dele, os fisiculturistas não tinham a medida balizadora entre massa muscular, definição e simetria. Tampouco sabiam posar direito, o que dificultava a exibição e comparação entre os concorrentes. Mas não ele. Arnold trabalhou duro para ter um corpo com massa muscular, proporção e definição. Eram essas as suas marcas registradas.

Durante a carreira de fisiculturista, os pontos fortes de seu físico sempre foram os braços e o peitoral. Os pontos fracos eram as pernas, panturrilhas e abdômen. Por isso, treinava-os à exaustão, mesclando técnicas e exercícios inéditos e o domínio absoluto dos músculos, que conseguia através de horas e mais horas de poses e contrações. O total domínio de poses e controle muscular eram as suas armas para desviar as atenções dos pontos fracos e concentrá-las nos pontos fortes, que eram imbatíveis. Podemos ver essa estratégia ao analisar as suas fotos.

Raramente vemos Arnold posando de frente. Ele esta sempre de lado, ou em semi-giro lateral, para disfarçar a largura do seu abdômen e direcionar os olhares para os seus braços e dorso. Mesmo assim, a concorrência era grande. Ter massa, simetria e definição soberbas não eram garantias de títulos, por isso Arnold desenvolveu “técnicas” para vencer os seus oponentes antes e durante as apresentações.

Quando os encontrava no backstage dos campeonatos, perguntava aos seus adversários se estavam doentes. Essa pergunta surtia um efeito surpreendente no lado psicológico do atleta, afetando diretamente a sua confiança e disposição minutos antes da sua apresentação.

Se mesmo assim o adversário se mostrasse imbatível, ele tinha uma outra carta na manga: no momento da comparação de poses, Arnold contava piadas aos adversários, tirando lhes a concentração no momento crucial da competição, fato que os prejudicava enormemente e deixava o caminho livre para as vitórias do austríaco.

Sabe aquela do pintinho que não tinha cu?

Junto com a busca para obter massa muscular, foi aprender a posar, a obter leveza e velocidade nos movimentos, para que cada detalhe muscular fosse evidenciado ao máximo. Foi buscar isso em escolas de balé. Julgava que as bailarinas poderiam lhe ensinar a graciosidade que procurava. A leveza procurada, e adquirida, contrastava com a brutalidade natural do esporte – afinal, um homem de 110 kg com 2% de gordura corporal tem movimentos bruscos, duros, é quase uma estátua de carne que anda.

Se mesmo hoje um cara com tais proporções físicas for visto em uma escola de balé, certamente será ridicularizado. Imagine essa cena em 1970.

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Todo este esforço, e as quebras de paradigmas que vieram com ele, tornou clara a sua superioridade e inquestionável contribuição para o esporte. De acordo, veio a recompensa: ganhou seis dos sete primeiros títulos de Mr. Olympia que disputou. Foi imbatível.

Talvez você esteja aí se perguntando se ele usava drogas androgênicas para obter massa muscular? É óbvio. Que sim. Nas décadas de 60 e 70 os anabolizantes eram novidade, ninguém sabia os efeitos que eles tinham, além de serem totalmente legais. Segundo consta, ele usava Anavar, Dianabol, Clenbuterol, Winstrol, Primobolan Enanthate e Deca Durabolin.

Em 1995, Arnold fez uma cirurgia no coração para substituir a valva aórtica por conta de um defeito congênito (tinha uma válvula bicúspide, quando o normal é ter uma tricúspide) e os rumores de uso expressivo de anabolizantes vieram à tona novamente. Arnold sempre admitiu o uso de esteroides durante a sua carreira de fisiculturista, não falava isso abertamente, mas quando perguntado admitia o uso. Além dessa intervenção, tem cinco pontes de safena.

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O fato é que mesmo com protocolos intensos de drogas, ele não teve nenhum efeito colateral aparente – o que não se pode dizer do seu compatriota, Andreas Munzer, um dos fisiculturistas mais definidos de todos os tempos, que nunca ganhou nenhum título relevante e morreu devido a uma forte hemorragia interna devido ao uso prolongado de substâncias anabólicas.

Mesmo com todas estas histórias, a que mais me chama atenção é um boato que conta que Arnold foi um dos primeiros fisiculturistas a usar o hormônio do crescimento GH. Até aí tudo bem, se o boato corriqueiro não fosse que ele retirava a substância diretamente da hipófise de defuntos. Já escutei esse boato de várias fontes, de professores de fisiologia a ferreiros brutos, passando por diversos profissionais da área da saúde.

Verdade ou não, todo mito é cercado por histórias incríveis. Essa é a graça.

Legado de corpo

Após a sua aposentadoria, seu físico virou referência dentro e fora do fisiculturismo.

Muitos queriam ter o corpo igual ao dele. Portanto, se você vai à academia hoje e se preocupa com a estética do seu corpo e músculos, saiba que Schwarzenegger tem muito a ver com isso. Quase todos os instrutores, atletas de musculação, atores de filme de ação,“gurus” de academia etc que vieram após ele são seus fãs. Seu físico foi e é referência de sucesso mundial no mundo do fitness e fisiculturismo.

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Mesmo com o avanço da ciência do esporte, da nutrição, dos suplementos e das drogas androgênicas, entre outras modernidades, não vemos hoje muitos físicos melhores do que o dele dentro dos palcos.

Fora, então, é quase impossível.

E isso foi há 40 anos.

Schwarzenegger é o Pelé do fisiculturismo.

Cinema

“Se alguém me perguntasse sobre chegar ao topo atuando e fazendo filmes – se tornar como um Clint Eastwood ou um Warren Beaty ou um Burt Reynolds – as pessoas diriam, ‘Você sabe o que é necessário para chegar lá? Como você vai fazer isso?’ Eu não tinha uma resposta. Mas havia algo em mim que me fazia sentir que isso aconteceria.”
–Schwarzenegger, sobre o seu desejo de ser ator.

Mesmo com sete títulos de homem mais musculoso, definido e simétrico do mundo, ele não parou. Não era conhecido o suficiente.

Com um corpo nunca visto antes, surgiram várias oportunidades de atuar. Entre elas, duas o destacaram e impulsionaram para o posto de ícone de filmes de ação.

Em 1976 ele fez parte do filme Stay Hungry, onde ganhou o Globo de Ouro de “Nova Estrela Masculina do Ano”. Neste momento, ele se juntou a homens como Peter O’Toole, Omar Sharif, Robert Redford, Dustin Hoffman, Jon Voight e Ben Kingsley, todos ganhadores do mesmo prêmio.

No ano seguinte estrelou o “docudrama” Pumping Iron e mostrou para o mundo o dia a dia de um atleta de alto nível em dias de competição e os benefícios do treinamento com pesos. A obra catapultou o homem para Hollywood em definitivo. Ao mesmo tempo em que estrelava o documentário, ele ganharia o seu 6º título de Mr. Olympia e encerrava temporariamente a carreira.

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O resto dessa história você provavelmente já sabe: foi ícone dos filmes de ação da década de 80 e 90 e estrelou clássicos como Comando para Matar, O Predador, O Sobrevivente, O Vingador do Futuro, O Exterminador do Futuro I, II e III e muitos outros.

Durante este período, foi um dos atores mais bem pagos da indústria cinematográfica, sendo o precursor dos heróis musculosos dos filmes de ação, além de formar a índole e caráter de milhares de meninos ávidos para ser como ele. Entre esses meninos, além de mim, estão: Jason Statham, Dolph Lundgren, Gunter Schlierkamp, Jay Cutler, Dexter Jackson, Phil Heath, Branch Warren e tantos outros. Além do Globo de Ouro, foi indicado e ganhou outros prêmios, como o MTV Movie Awards e o Framboesa de Prata.

Conan, um capítulo à parte

“Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus – Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth, fronteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria, cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador, assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas sandálias.” (Crônicas da Nemédia)

Antes de Conan, o Bárbaro, os heróis dos filmes de ação eram de proporções físicas normais, como eu e você.

Além de ser o precursor dos heróis gigantes no cinema, Conan foi um dos primeiros, se não o primeiro, filme do gênero “Espada e Magia” a fazer sucesso.

Porém, para interpretar o Cimério, era preciso um ator que aliasse grande massa muscular e capacidade real de atuação – ao contrário de Lou Ferrigno, que interpretava o Hulk nos 70 e 80, mas cuja “atuação” se resumia a grunhidos e e algumas palavras balbuciadas. Arnold, já conhecido mundialmente pelos feitos no fisiculturismo, foi o escolhido.

Os filmes de Conan tiveram reações variadas de crítica. Conan, o Bárbaro, o primeiro deles, teve boa aceitação do público, principalmente entre os jovens. Teve roteiro de Oliver Stone e John Milius, faturando em torno de U$ 60 milhões. Mesmo assim, Arnold ganhou por ele a sua primeira Framboesa de Ouro – prêmio-sátira anual que elege, ao contrário dos Oscars, os piores do ano no cinema.

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O segundo filme da franquia, Conan, o Destruidor, faturou mais (cerca de U$ 100 milhões), mas não agradou. A principal reclamação? Na tentativa de atingir um público maior, a violência foi diminuída.

Para 1987 era esperado um terceiro e último filme: Conan, o Conquistador. Mas Arnold já estava comprometido com as filmagens de Predador. Curiosamente, ainda hoje há rumores de mais um filme da franquia, onde o Arnold interpretaria o Cimério já velho, na fase conhecida como Conan, Rei.

Negócios

Antes de ser o maior fisiculturista de todos os tempos, Schwarzenegger já era milionário. Conseguiu esta façanha desenvolvendo o seu lado empreendedor em uma série de pequenos negócios, desde a venda de tijolos para a reconstrução de Los Angeles após o terremoto de 1971, passando pelo ramo imobiliário e do início do mercado de fitness.

Depois, passou a investir em mercados maiores como nos ramos de restaurantes e shopping centers. Para quem não sabe, Arnold foi um dos primeiros a investir na cadeia internacional de restaurantes Planet Hollywood e foi o primeiro a sair quando as coisas começaram a degringolar. Hoje, a sua fortuna é estimada em U$ 200.000.000,00.

Política

O envolvimento de Arnold com a política é ainda mais antigo do que com o cinema e os negócios. Ao chegar na América, o jovem austríaco mal conseguia se comunicar, mesmo tendo morado anteriormente na Inglaterra. Ele não tinha uma boa fluência e entendimento da língua de Shakespeare, mas não seria isso que o deteria.

Arnold conquistou a fluência no inglês assistindo aos discursos de Nixon durante a corrida presidencial americana no final da década de 1960. Arnold entendia poucas palavras, mas o que Nixon dizia fazia sentido para o gigante austríaco, o que aguçava a sua atenção, e consequentemente melhorava a sua comunicação como um todo. Desde essa época, Arnie se dizia Republicano, o mais conservador partido americano.

Até meados dos anos 80, Arnold manteve o foco exclusivamente na sua carreira cinematográfica, até que em 1985 participou do vídeo “Stop de Madness”, feito pelo governo com a temática antidrogas. Depois disso, fez aparições em alguns discursos de George H. W. Bush e seu filho, George W. Bush. Antes de ser eleito duas vezes governador da Califórnia, foi o presidente do Conselho de Saúde Física e Desportos Governamental da Califórnia e embaixador da Cruz Vermelha.

“The Governator”

The Governator

Aos poucos Arnold foi se aproximando mais da política, até que em 2003 aconteceu o que eu chamaria de inevitável: Arnold se candidata, e ganha, a eleição do estado da Califórnia, substituindo Gray Davis, que foi removido do cargo por inoperância. Este tipo de situação é chamada de eleição Recall.

Nessa eleição, os californianos tinham que responder a duas perguntas na cédula: se queriam a remoção de Davis e quem seria o substituto. 55,4% dos eleitores votaram “sim” para a primeira pergunta e 48,6% apontaram Arnold Schwarzenegger como o melhor candidato dentre os elegíveis. Para muitos analistas e experts políticos, a eleição de Arnie foi uma espécie de protesto da população. Provavelmente uma opinião equivocada, uma vez que ele foi reeleito.

Se para os especialistas em política, a eleição de Arnold foi uma surpresa, para o mundo da cultura pop não. Ele já era apontado como Presidente dos EUA aqui e aqui.

O primeiro mandato de Arnie foi truculento. Começou chamando alguns políticos californianos de maricas e alegando que ele foi convocado pelo povo para fazer uma “limpeza”. Rapidamente, viu-se Arnold se tornar mais e mais popular à medida que tomava decisões consensuais com a população californiana. Este desempenho culminou na reeleição de Arnold, que derrotou o democrata Phil Angelides, tomando para si 56% dos votos.

Após o término do seu mandato, Arnold se retirou da política. Rumores diziam que ele esperava a aprovação de uma emenda que o autorizasse a concorrer a presidência dos EUA, coisa que não aconteceu, pois ele não nasceu no país. Diziam também que ele concorreria ao Senado, coisa que não aconteceu. Arnold saiu da política, mas não da vida pública. Engajou-se nas lutas ambientais, vestindo a camisa contra emissão de gás carbônico e efeito estufa.

Não é de se duvidar que o objetivo de Arnold sempre tenha sido construir uma carreira política. Desde o primeiro passo na América, o seu objetivo pode ter sido esse, e para tal, ele pode ter arquitetado toda a sua carreira esportiva e artística nessa direção. Verdade ou não, esta teoria só confirma que os músculos mais fortes dele nunca foram seus bíceps apiculados ou seu peitoral largo, mas sim o seu cérebro e tudo aquilo que o cerca, enganando vertiginosamente todos que pensam ao contrário.

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Eduardo Saigh

Descongelado a 28 anos, brinca de homem de negócios, powerlifter e lutador de braço amador. É mestre de RPG e fã do Queen.