"Olá,

Meu nome é L., tenho 20 anos.

Estou me sentindo a pessoa mais sem graça desse mundo. 

Eu mudei de cidade aos 17. Não fiz nenhum amigo desde então mas comecei a namorar.

Entrei aos 18 na faculdade e larguei no terceiro semestre, os motivos que dei na época foram porque não gostava do curso e porque era muito longe do lugar onde moro e trabalho. 

Não participava em festas da faculdade porque como tenho namorado achei que não ia ficar legal, já que o pessoal nas festas só sabe se divertir bebendo e se pegando.

Como atualmente eu trabalho o dia inteiro e agora estou estudando à distância, não tenho quase nenhum contato com pessoas da minha idade pra fazer amizade.

O único lugar onde encontro pessoas é quando vou à academia ou ao muay thai. Mas também não consigo fazer amizade com o pessoal de lá.

Recentemente, passei em um concurso público (começo a trabalhar mês que vem). Durante o processo de provas que durou uma semana eu conheci muita gente. Quando começaram a falar comigo eu me senti enferrujada. 

Fazia tanto tempo que não ia pra algum lugar novo sozinha. Sem pai. Sem mãe. Sem namorado. Só eu.

Em síntese, acho que perdi minha personalidade. 

Não sei se é culpa da minha rotina trabalho-casa-namorado. Mais não gosto de botar a culpa somente nos fatores externos.

Sempre quis ser independente, desde mais pequena. Pensava que depois de terminar o ensino médio ia me mudar de cidade pra fazer faculdade e me virar sozinha. E na verdade é essa minha vontade bem lá no fundo. Mas tenho medo de arriscar meu trabalho concursado e meu namorado (gosto muito dele de verdade, e ele de mim).

Porém, sou jovem demais para só deixar a vida passar, não quero me arrepender mais pra frente por não ter tomado uma atitude.

Enfim, onde posso começar a retomar minha vida?"

Leituras complementares:

6 lembretes úteis para pessoas em crise, de David Cain

12 livros úteis para momentos de crise, por Nivaldo Gomes

Como responder e ajudar no Mentoria PdH (leia para evitar ter seu comentário apagado):

  • comentem sempre em primeira pessoa, contando da sua experiência direta com o tema — e não só dizendo o que a pessoa tem que fazer, como um professor distante da situação
  • não ridicularizem, humilhem ou façam piada com o outro
  • sejam específicos ao contar do que funcionou ou não para vocês
  • estamos cultivando relações de parceria de acordo com a perspectiva proposta aqui, que vai além das amizades usuais (vale a leitura desse link)
  • comentários grosseiros, rudes, agressivos ou que fujam do foco, serão deletados
Leia também  Do que a gente pensa quando anda distraído por aí

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Posso fazer perguntas simples e práticas, na linha "Como planejo minha mudança de cidade sem quebrar? Como organizar melhor o tempo pra cuidar de meu filho? Como lidar com o diagnóstico de uma doença grave?" ?

Queremos tratar também de dificuldades práticas enfrentadas por nós no dia-a-dia.

Então, quem tiver questões nessa linha, envie pra nós. Assim vamos construindo um mosaico mais amplo de assuntos com a Mentoria.

Essa Mentoria é incrível. Onde encontro as perguntas anteriores?

Basta entrar na coleção Mentoria PdH.

L., um presente pra você:

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Para conhecer mais sobre o conteúdo do livro e tudo que vai encontrar lá dentro, leia esse texto.

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Guilherme Nascimento Valadares

Fundador do PDH e diretor de pesquisa no Instituo PDH.