Receita de hamburguer: Como fazer o hamburguer mais matador de todos

Era pra ser uma quinta-feira comum. Mas aí tinha uma gravação de receita de hambúrguer no meio da tarde no Meats

Ao contrário do que a maioria deve imaginar, a ideia de gravar um tutorial de como fazer uma receita de hambúrguer suculento com bacon não partiu de nenhum ogro do PapodeHomem, mas sim de uma dama.

A Talita Alves – nossa cliente, leitora, amiga do PapodeHomem e colaboradora do Factóide –, inspirada pelo tutorial do Ceviche que a gente fez, nos sugeriu a pauta de fazer um vídeo mostrando como fazer um hambúrguer foda. Pra completar, ajudou ainda a fazer a ponte com o Paulo Yoller, chef e sócio do restaurante Meats.

Paulo e seu pequeno império de carne, pães e bacon.

As hamburguerias se proliferam.

Nos anos 80, houve o "boom" das pizzarias em São Paulo. No começo dos anos 90 foram as padarias e churrascarias. No ano 2000, a bola da vez eram os rodízios de sushi e temakerias.

De 2010 pra cá, está rolando a explosão dos botecos chiques e hamburguerias.

Claro que, nesse momento em que pipocam negócios "iguais", surge uma série de restaurantes picaretas. Mas a seleção natural dos consumidores cuida de fechar os picaretas e os modinhas pra restar apenas o que tem de bom mesmo, os restaurantes que conseguem entregar algo realmente de valor pro freguês.

Topei fazer o vídeo com o Paulo Yoller do Meats porque sabia que era um cara que não entrou no jogo pra brincar.

Trabalhou como açougueiro em diversos lugares do mundo, liderou a cozinha do Butcher's Market (outra baita hamburgueria de sampa), montou o restaurante com uma estrutura parruda e equipamentos top de linha – digna de restaurante da gringa – e tem por trás os sócios do Le French Bazar dando o respaldo financeiro.

O cara sabe o que está fazendo.

Tarefa do dia: ir no MEATS gravar um vídeo

Chegamos pra gravar a entrevista, a Luiza e eu, numa quinta-feira à tarde, bem no intervalo entre o almoço e o jantar. Restaurante fechado, cadeiras viradas para cima, só uma simpática moça terminando de limpar a cozinha (que fica dentro de um box de aço inox) e um ajudante tirando uma honesta siesta. Montamos os equipamentos, preparamos as câmeras enquanto o Paulo não chegava. Cada minuto de atraso era um minuto a menos de aproveitamento de gravação, uma vez que, dada a hora de reabrir o restaurante, nós passaríamos de convidados a estorvo.

Ele disse que tinha se atrasado porque estava terminando de arrumar seu apartamento, deixando ele apropriado para adotar um cão, ou seja, estava deixando tudo à prova de destruição por dentadas. Uma espera que não durou nem 15 minutos.

Veio até nós um rapaz novo, de pouco mais de 20 anos, boné, bigode... sem a dolmã, brotavam pelos braços tatuagens nada vegan friendly: um bacon em torno do antebraço, uma vaca dividida pelos tipos de carne e um cutelo em cada braço.

Passada a apresentação inicial, começamos rápido (o restaurante ia abrir para o happy hour e jantar em 2 horas). O Paulo colocou a dolmã e dispensou a toque blanche. Ficou de boné mesmo. Fomos para a cozinha enquanto ele me fazia perguntas deliciosas: "qual hambúrguer você quer que eu faça? Só uma receita mesmo? Não querem que eu faça a sobremesa nova que eu tô pra lançar?"

Não dava tempo. Sugeri um x-bacon salada básico, da maneira que qualquer ser humano com o mínimo de habilidade na cozinha pudesse fazer em casa. Gravação rápida, captação ágil de imagens, velocidade, controle pleno. Ele já tinha deixado tudo preparado e esquematizado: a carne pronta pra moer, o pão, os queijos, o bacon, o alface.

Tudo gravado praticamente num take só. O rapaz não se embananou nem pediu pra voltar e fazer de novo. Era tudo muito prático e sem frescuras, do jeito que precisava ser feito.

Link YouTube | "Gordura nunca é demais quando se está falando de hambúrguer"

Gravação feita, tudo bonitinho, tudo guardadinho (equipamento, cartões, câmeras, a porra toda).

"Vocês querem um hambúrguer?" -- Paulo

Estômagos saltitando e olhinhos brilhando bem na hora do lanche da tarde. Bullseye.

Enquanto o Paulo preparava nossos suculentos sanduíches, papeávamos sobre carne, restaurantes o que ele quer tirar e colocar do cardápio. Ele contou um pouco da sua experiência como açougueiro na Europa e como, lá, ele conseguiu reunir a base do que seria a fórmula do hambúrguer que ele faz hoje.

Comemos o lanche e provamos 3 tipos diferentes de pimenta que ele tem na cozinha, só coisa boa. Ele ofereceu aquela sobremesa o brigadeiro de colher que estava estudando pra incluir no cardápio do Meats, ainda em fase de teste.

Pode botar na carta, Paulo. Pode botar lá.

Nos despedimos antes que resolvêssemos abrir uma cerveja e ficar para o Happy Hour.

O dia foi foda.

Para quem quiser conhecer o Meats

Rua dos Pinheiros 320 - Pinheiros - São Paulo - SP

(11) 2679-6323


publicado em 25 de Abril de 2013, 08:47
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Rodrigo Cambiaghi

é especialista em mídia programática, monetização de sites e BI. Reveza o tempo entre filha, esposa, cão, trabalho, banda, moto, games, horta de casa, cozinha e a louça que não acaba nunca.


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