Sabe aqueles dispositivos de segurança que algumas lojas colocam em seus produtos e que fazem o alarme disparar caso tentem sair do local sem retirá-los?
Então, o mais novo e inusitado produto bem que pretende aderir ao acessório mecanismo é… o seu filho! Quer dizer, pelo menos se você for morador da cidade de São Paulo.
A Câmara Municipal da capital paulista aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei que obriga hospitais e maternidades públicos e privados a colocar pulseiras eletrônicas nos bebês logo após o nascimento. A retirada do dispositivo ocorreria somente na alta e na presença da mãe ou responsável.
O projeto de lei, de autoria do vereador Carlos Apolinário, do DEM, tem como finalidade coibir uma prática imoral e cruel, o sequestro, e evitar a troca de bebês, acidental ou não. Duas situações não tão incomuns assim.
Alguns detalhes técnicos ainda precisam ser resolvidos. Além do alto custo do equipamento e da integração satisfatória dos sensores ao espaço físico dos hospitais e maternidades, certas características particulares das pulseiras prometem interferir, como o tamanho e a possibilidade de molhá-las.
O projeto foi encaminhado ao prefeito Gilberto Kassab que deverá aprová-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente. Caso aprove, a lei entrará em vigor somente no ano que vem.
A intenção sem dúvida é louvável, mas cá entre nós: a que ponto chegamos, hein?
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