Presente de dia dos pais: o que 7 pais de idades diferentes mais gostaram de ganhar

Sete homens falando sobre suas experiências com o Dia dos Pais e contando sobre os melhores e o piores presentes que já receberam na data

Quando perguntava ao meu pai o que ele queria ganhar de dia dos pais e ele respondia coisas genéricas como "Não precisa se preocupar com o presente, o importante é a gente passar o dia juntos", eu achava uma grande bobagem. Até que chegou a minha vez de ser pai e me lembro exatamente do dia que minha filha com quase 2 anos fez um desenho num papel e me entregou.

Tó, papai, fiz um desenho de presente pra você!

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Esse foi oficialmente o primeiro "presente material" que ganhei da minha filha. Algo que ela parou, investiu um pouquinho do tempo e criatividade dela para entregar para mim, dentro das próprias limitações físicas e de experiência dela. Aquele desenho foi a forma que ela encontrou de expressar algo que ela sentia por mim.

Os presentes são uma forma da gente dizer "hoje eu parei e quis te fazer um agrado".

Costumo dizer que a qualidade de um presente se mede pela quantidade de energia e carinho que a gente percebe que a outra pessoa investiu nele e, também, pelo quanto aquele presente diz que aquela pessoa te conhece.

Um presente caro pode impressionar, pois ele mostra que a gente investiu energia (em forma de dinheiro) mas se não surgir uma percepção de que quem presenteou conhece algo sobre você, o presente vai por água abaixo.

Por exemplo, ganhar uma peça de roupa que não tem nada a ver com seu estilo. É ruim, estranho.

Da mesma forma, você pode dar um presente super barato e ser incrível, se o presente mostrar de outra forma o quanto você conhece aquela pessoa. Por exemplo, um livro comprado no sebo que diz algo sobre o presenteado acompanhado de uma dedicatória ou uma cartinha.

Mas isso é só o que eu gosto. 

Para exemplificar melhor, perguntei pra mais 6 pais qual foi o melhor e o pior presente que já ganharam no dia dos pais e aqui vão as histórias para você se inspirar na hora de presentear seu pai ou qualquer pessoa que você queira presentear um dia.

Patrick - Pai do Pedro (5 anos) e Luísa (2 anos)

Já faz algum tempo que eu e minha esposa decidimos não dar presente nessas datas mais comerciais (dia das mães, pais e crianças). Então, ao invés do presente material, damos um passeio que o outro queira, pode ser um parque, cinema, show, restaurante etc...

Por isso, temos enfrentado problemas, não com o presente que os outros membros da família nos dão, mas com o presente que a escola nos dá. Na escola dos meus filhos alguém teve a infeliz ideia de ir além do presente/cacareco dos dias dos pais. Sei que tem quem não goste de ganhar porta-retratos de palito de sorvete, peão feito de matéria reciclável, uma pipa com tanta cola que jamais vai subir, mas nesses presentes sabemos que o nosso (a) filho (a) participou na confecção. Daí que a escola teve a “genial” ideia de pedir dinheiro para os pais (sim, você dá uma grana para alguém comprar seu presente) e dar um presente com a mínima participação das crianças, como um relógio com a foto da criança no fundo. Realmente, muito bizarro.

Pior presente: Um cartão que meu filho fez de dobradura que formava um homem de terno e gravata, e dentro tinha uma foto dele de gravata. Sou professor de educação física, jamais uso terno e gravata no meu trabalho, uma ideia um quanto arcaica da paternidade, limitando o pai ao emprego e o emprego à vestimenta.

Melhor Presente: Uma camiseta desenhada em forma de pista de carrinho, quando ficava com ela deitada o meu filho pegava os carinhos para “andar” na pista.

Ivan Ferreira - Pai do Pedro (19) e Isabelle (13)

Sempre gostei muito de jogos de tabuleiro, mas com o passar do tempo, a correria e os filhos, foi ficando cada vez mais difícil de juntar os amigos para fazer uma jogatina em casa.

Sempre que entrava em lojas de brinquedo com meus filhos, ficava olhando os jogos de tabuleiro e tinha uma quedinha especial pelo War, mas só olhava mesmo, pois sabia que se eu comprasse, não teria com quem jogar.

Eis que num determinado dia dos pais, eu abro meu presente lá está o War e meu filho diz: “Vamos jogar, pai?”

Edgar Cambiaghi - Pai do Rodrigo (que assina esse texto e tem 32 anos),  Julia (29) e Bruno (20)

Raramente esperava ganhar presente por ser pai separado e depender da boa vontade das ex-mulheres. Qualquer um era muito valioso, por estar embutido algum reconhecimento da ex em me presentear. Já tiveram presentes que achei melhor irem direto para gaveta de recordações como um chaveiro.

Um engraçado foi o presente reforçado de dois pares de meias idênticos, isso é que é amor em dobro!

Depois que os filhos cresceram, comecei a ficar marcado por presentes como roupas ou objetos de decoração, como carrinho de madeira ou uma bike feita de arame retorcido.

O importante, pra mim, é passar na prova de reconhecimento de que as coisas estão bem e almocem comigo. De resto, chaveiro ou canetinha, tanto faz.

Alexandre Vega - pai da Mariana (7) e Pedro (2)

Pode parecer um chavão e até meio piegas, mas o melhor presente de dia dos pais que ganhei não foi um presente comprado.

Foi assim, todos os anos. Depois de entrar na escola, minha filha trazia uma lembrança feita lá. Quanto mais nova, mais simples, desenhos prontos que ela coloria, colagens com pedaços de diversos materiais e ela fazia alguns desenhos também. E essa era a parte mais legal, porque era algo que vinha direto dela.

Além do fato de ter um significado especial pra mim, porque desenhar é uma atividade que a Mariana, minha filha, gosta muito e, modéstia de pai à parte, ela faz muito bem. Eu tento não forçar, para ela não perder a empolgação em algo que faz por prazer.

Ano passado, a Mariana mudou para uma escola que não faz esses presentes, o que achei ótimo. Daí não teve presente protocolar, feito por obrigação, só o dela mesma. Foi o meu preferido.

Além disso, tinha um presente que minha filha dava, mas que era comprado pela minha esposa. Tenho que ser justo, minha esposa sempre escolheu bem e era algo que eu gostava muito.

Mas aí a gente decidiu dar uma freada nessa história de dar presente comprado nos dias das mães e dos pais (e em alguma outras datas). Foi para deixar de associar essas datas à obrigação de ter que comprar algo.

Este ano tem só o presente da Mariana. Feito por ela, só pra mim, que vai ser uma lembrança só minha e dela, de pai e filha. E esse, com certeza vai ser meu presente favorito. Pelo menos até o ano que vem.

Rica, pai da Eduarda (7) e Gabriela (5)

No começo, quando elas eram bem pequenas, os presentes eram escolhidos pela mãe. Como ela já sabia, sempre comprava alguma coisa que eu estava precisando. Hoje ainda é assim... só que agora elas sempre ajudam a mãe. Adoram dar palpite na cor e no estilo.

O capítulo a parte são os presentes da escola.

Quando elas entraram na escola, começaram aqueles presentes feitos por elas manualmente.  Os melhores são aqueles que elas usam a imaginação e a criatividade para expor os sentimentos de dia dos país.

Lembro até hoje de um cartão com as mãozinhas delas em tinta!  Nunca imaginei que ficaria emocionado com um presente tão simples.

O pior dos presentes da escola foi um porta gravatas de EVA. Eu nem uso gravatas!

Carlos Aquino, pai da Bia (27)

Considero todo presente válido, desde que dado com amor e carinho. Assim, não me recordo de algum que possa se classificar como pior. Acho legal quando acompanhado de uma embalagem bem feita e dedicatória alusiva ao Dia dos Pais.

Em relação ao melhor presente, posso citar vários, alguns deles foram: uma camiseta fabricada com material de reciclagem, sustentável e alinhada com a natureza, uma pequena maquete estilizada de um foguete em madeira, exposta com carinho em meu escritório, uma foto antiga estilizada em preto e branco junto com minha filha quando pequenina. Adorei! E assim vai... bom mesmo é tê-la por perto, independente do mimo.

Me recordo de um presente que se perpetua e é muito útil: um canivete suíço de pequeno porte com várias opções e um jogo de ferramentas pequenas com diversos tipos de chaves, ideal para pequenos reparos e atividades caseiras.

Um convite especial: venha para o PAI, nosso evento anual sobre paternidade

Já estão abertas as vendas de ingressos pro nosso evento anual, o PAI. Estamos super empolgados de ter a chance de fazer o evento mais uma vez e queremos transformá-lo em uma tradição do Papo de Homem. Como foi um pedido da própria comunidade, esse ano vamos focar em aspectos práticos da paternidade. Tudo o que você precisa saber pra não quebrar cabeça com a rotina da paternidade.

O corpo de palestrantes está lindo. Temos desde algumas mulheres importantes, como a Rita Monte, contando sobre o que os pais podem aprender sobre companheirismo entre pais com os grupos de mães, até o Tiago Korch falando sobre como fica o sexo após a chegada dos filhos, passando pelo Ismael dos Anjos contando sobre como a forma como somos criados afeta a forma como criamos nossos filhos. Vai ser bem bonito!

Você pode ver mais detalhes no Sympla e já garantir o seu.


publicado em 09 de Agosto de 2018, 16:12
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Rodrigo Cambiaghi

é especialista em mídia programática, monetização de sites e BI. Reveza o tempo entre filha, esposa, cão, trabalho, banda, moto, games, horta de casa, cozinha e a louça que não acaba nunca.


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