A Record está investindo alto na cobertura dos Panamericanos. Imagino que deve ser uma experiência interessante acompanhar aí no Brasil, como é que a Rede Globo lida com isso. Ou talvez, não lida, simplesmente ignora.
Todo dia encontro com alguma equipe ou com o pessoal da técnica da Record. Domingo passado tive a oportunidade de conversar um pouco com o Paulo Henrique Amorim e o repórter Rodrigo Vianna. Encontrei-os num restaurante perto da minha casa. O clima é de muita empolgação com o evento, do significado para a emissora e também de expectativa pelos resultados da delegação brasileira aqui em Guadalajara.
Mas o fato mais curioso, a partir da perspectiva dos moradores de Guadalajara, é tomar conhecimento que as equipes de TV brasileira que eles vêem pela rua são da emissora do Pare de Sufrir.
Assim é conhecida a Igreja Universaldo Reino de Deus em terras tapatias. A Universal no México se identifica assim nas fachadas das igrejas, em seu site e nos programas televisivos que são transmitidos nas madrugadas do Galavisión, canal 4 de Guadalajara.
Assim como no Brasil, as madrugadas aqui também são ocupadas por pastores brasileiros que entre outras coisas expulsam demônios mexicanos em exorcismos proferidos em um portuñol bem pior que o meu.
Link YouTube | “Porque somos nosotros que escorremos lo camiño”
Não por acaso, um dos bares mais descolados e de moda na “cena” alternativa de Guadalajara também se chama Pare de Sufrir.
Nas paredes desse templo ecumênico, o caminho apontado para deixar o sofrimento para trás é: tome mezcal. Uma bebida que, assim como a tequila, é produzida a partir do Agave. Contudo, é considerada mais rústica que sua irmã mais famosa, que no México é El Tequila. Ou seja: macho.
Deve ser por isso que te estraga tanto depois de uma noite em sua companhia.
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