Dar presente é uma coisa complicada. Quem faz o ato caridoso sempre fica na dúvida se a pessoa vai gostar ou não. Quem recebe, por outro lado, nunca sabe quanto tempo é moralmente aceitável esperar antes de ir trocar a bugiganga que ganhou.
Especialistas em economia doméstica sugerem (muito racionalmente, vale dizer) que o melhor presente é dar dinheiro. O raciocínio é simples, mas lógico.
Ele se baseia no valor percebido e no valor de troca. O primeiro é o que o beneficiário da ação atribui ao produto, por exemplo “Odeio Dan Brown, portanto um exemplar da 1ª edição do último livro besta dele vale menos do que seu peso em papel higiênico usado”.
Para quem deu o presente o valor é menos subjetivo: R$ 49.

“
Nas palavras dos autores de Freaknomics:
Mas realisticamente, a maioria de nossos presentes fica muito aquém desse padrão elevado. Isso gera muita ineficiência. Em 1993, o economista Joel Waldfogel abordou esse tema em um trabalho cuja fama contínua nos círculos econômicos se deve em parte a seu título maravilhosamente perverso: “A Perda Irrecuperável do Natal”. Como os presentes “podem errar as preferências dos receptores”, argumentou Waldfogel, é provável que “o presente deixe o receptor pior do que se ele tivesse feito sua própria opção de consumo com a mesma quantia de dinheiro”. Ele concluiu que “os presentes de Natal destroem entre 10% e um terço do valor dos presentes”. (Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt)
Mas cadê os piores presentes?
Naturalmente, os piores presentes dependem dos gostos de cada um e da ocasião. Crianças em geral odeiam roupas e homens de verdade não acham nem um pouco viril receber panos de prato de aniversário, mas consideram muito útil caso seja um presente de noivado/casamento/apê novo.
Procurando pelo assunto, fui em busca do melhor nas comunidades no Orkut relacionadas a presentes (como a “Nunca sei o q dar de presente”).
Vejam algumas pérolas:









Agora é a sua vez de contar nos comentários: qual o pior presente que já recebeu na vida?
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