O nosso crescimento nos defrontou com essa pergunta.
Tal questionamento surgiu dos leitores, da equipe trabalhando no QG e de tantos outros parceiros de negócios e jornada. É reconhecível em comentários sobre o nosso ocaso ou sobre a aparente confusão de nossas escolhas. Em especial, em falas como:
"Esse é o pior texto que já li aqui."
"Esse texto não tem nada a ver com o que vocês fazem!"
"Esse texto sim é a real essência do PapodeHomem!"
É hora de esclarecer e nos alinharmos.
O PdH não é este ou aquele ou qualquer outro texto publicado. Nenhum único texto encampa nossa essência.
O PdH não é nenhum, não é nada. Ele é a soma de todos eles. É o espaço pelo qual todos os discursos atravessam.
Nossa essência é ser o ambiente capaz de receber *todos* os discursos.
O projeto surge com a semente de ser algo capaz de tornar homens melhores. Melhores sob qual perspectiva? Diante do entendimento de que a construção de uma boa vida passa pelo protagonismo da própria história. E tal protagonismo independe de adjetivos como certo/errado, melhor/pior, bom/mau.
Está ligado a escolhas.
Fazer escolhas empoderadas pressupõe consciência perante o mundo e a realidade que nos cerca. Escolhas nas quais acreditamos necessitam o lastro de nossa confiança.
A construção de confiança e consciência passa por vivências. Por pegar com as próprias mãos, explorar. Sem frescuras ou censuras morais. Passa por entender o humano como uma substância composta por incontáveis materiais. O medíocre, o esplendoroso, o sombrio, o pitoresco, o belo, o hediondo, o misterioso. Todos com *igual* importância. Pois a presença de um cria referencial e enriquece de significado os demais.
Assim é o espaço proposto pelo PapodeHomem.
Um local fundamentalmente amplo, como a vida em si. Capaz de abarcar TODAS as suas camadas, das mais fétidas às mais primorosas. E isso é uma riqueza, é raro.
Portanto, não contribuímos para a formação mostrando o certo e o correto, cuspindo e desaprovando o feio. Apresentamos, oferecemos e acolhemos o maior leque possível de manifestações. Valorizamos o visceral, o conhecimento das trincheiras. O olhar dos experimentadores.
O projeto hoje se manifesta fundalmente enquanto portal composto por textos escritos. Porém, somos uma ideia que transcende tal limite, a longo prazo.
Somos uma plataforma narrativa. A soma das falas apresentadas, da maneira como fazemos, compõe um mesmo fio narrativo que se estende ao longo do tempo. Essa grande construção é parte do real legado do PdH. Contamos das coisas como elas realmente são – ou nos parecem ser.
Não somos guardiões da moralidade nem do real modo de ser homem. Guardião pressupõe aquele que defende limites, que lida a todo tempo com a manutenção de fronteiras.
Somos exploradores do humano.
Estamos aqui para expandir, compartilhar, contar, provocar, questionar, ofender, debater, dialogar, brigar, esmigalhar, refletir, semear, construir e crescer em conjunto. Continua e disruptivamente.
Colocado em palavras, nosso ofício seria o de artesãos de histórias, de conteúdo.
Somos artesãos de conteúdo – a compor uma narrativa do humano, pela ótica do masculino.
Essa narrativa será nosso legado para que mais homens ao redor do mundo assumam o protagonismo de suas próprias histórias. Essa é a nossa razão de ser.
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.