Meus pais se divorciaram quando eu tinha 3 anos de idade.
Eu e minha irmã morávamos com a minha mãe e alternávamos os finais de semana com o meu pai, no fim do ano era Natal com um e ano novo com outro.
Eu odiava ir com ele.
Não por não exercer bem seu papel ou cuidar mal da gente; muito pelo contrário; sempre foi super disposto, inventando coisas novas pra fazer com a gente. Ele só gostava de fazer as coisas de um jeito diferente da minha mãe.
Enquanto ela sempre foi mais caseira e deixava a gente livre para fazer o que tínhamos vontade, meu pai operava com uma metodologia diferente. Gostava de tirar a gente da cama logo cedo para ir à padaria comprar pão fresco. Já planejava tudo que iríamos fazer durante o fim de semana antes de vir nos buscar, limitava o horário do videogame e da TV e sempre nos levava para algum passeio ao ar livre – não se conformava em ver criança dentro de casa em dias ensolarados.
Era ele quem sempre olhava o jornal para ver o que tinha de programação infantil para o fim de semana e, quando não nos interessávamos por nada, levava a gente pro clube.
Eu sentia incômodos com o sistematismo do meu pai em planejar as coisas, a necessidade que tinha de sempre levar a gente pra fora de casa e com os cortes que dava no meu videogame.
Corta pra 2016.
A primeira vez que que minha esposa bateu a porta de casa às nove da manhã me dando um beijo e dizendo “volto lá pra umas dez da noite, se cuidem e qualquer coisa me liguem”, deu um friozinho na barriga. Nunca tinha ficado mais do que duas horas sozinho com minha filha.
A Clara olhou para mim: “Pabai, nham nham”. Era o jeito dela dizer que estava ficando com fome.
Minha primeira reação foi levá-la até a padaria para comprar pão fresco pro café da manhã. Eu e minha esposa normalmente nos revezamos nessa hora – enquanto um toma banho, usa o banheiro, prepara o café e come em paz, o outro cuida dela. Mas nesse dia, não. Enquanto a Clara comia e se sujava inteira, eu procurava freneticamente no Google “programas infantis São Paulo até 1 ano”.
Bateu um leve desespero quando percebi que meu dia inteiro seria nesse esquema: atenção total à Clara, nada de pausinha para jogar videogame, nada de tirar um cochilinho depois do almoço. Não era aborrecimento de estar em contato direto com minha filha o dia inteirinho, mas o susto de lidar sem a parceria da minha esposa, de fazer tudo direitinho.
Meu pai era um cara assustado. Só isso.
Eu sabia que seria fácil deixá-la assistir Galinha Pintadinha por horas, mas estava um baita dia de sol e eu não ia deixar minha filha assistir TV com um céu lindo daqueles lá fora – ela já passa tempo demais dentro de casa.
A Clara estava começando a ficar irritada – ela queria atenção. Precisava sair de casa logo. Mais uma olhada no Google. Ainda sem ideias, começo a procurar o telefone de um amigo que também tem filho pequeno, no meio da busca passo pelo contato do meu pai.
Ligo para ele e, é claro, ele tinha a solução perfeita: “vamos juntos para o clube”.
Mecenas: Vick – Reconecte-se
Pais e filhos são naturalmente ligados na infância, mas com o passar do tempo, acabam se distanciando. Para o dia dos pais, Vick convidou alguns pais e filhos a se reconectarem através de uma experiência única e emocionante:
Vick acredita que o toque tem o poder de reaproximar pais de filhos e de criar elos ainda mais significativos.
O toque é o primeiro sentido que o ser humano experimenta, transmite conforto, compaixão e apoio, ele substitui as palavras ou a necessidade de uma resposta. Traz a sensação de proximidade e de um sentimento sincero, naturalmente contagioso.
Os medicamentos da família Vick são elaborados com princípios ativos que aliviam os sintomas de gripes e resfriados, doenças respiratórias comuns causadas geralmente por infecção viral. Ajudam a acalmar tosse, congestão nasal, dor de cabeça, febre e dores no corpo, proporcionando uma melhora rápida e efetiva. Quando aplicados com o toque, o cuidado fica melhor ainda.
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