Aproximadamente dois anos atrás, quando o projeto Homem Paterno era somente um impulso, um chamado, li um texto que me impactou profundamente.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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(acima, cenas dos cursos e imersões que conduzo)

Era como se as palavras, mesmo que metaforicamente, estivessem descrevendo exatamente o que eu vivia e sentia. Foi nele que me reconheci enquanto um marujo, navegando pelos oceanos incrivelmente belos, mas assustadoramente revoltos e profundos, da paternidade.

Nas palavras de Isabela Nicastro:

"Sabe aquele velho ditado de que mar calmo nunca fez bom marinheiro?

Pois é, é em meio às ondas gigantes que aprendemos, de fato, a navegar. Isso serve tanto para os dias de mar agitado ou para os dias em que a vida insiste em nos balançar na travessia. De repente, de um dia para o outro, o caos se estabelece. Nossas certezas vão por água abaixo, levando, por vezes, nossa confiança e estabilidade.

Sucumbimos. Desesperamos. Entristecemos.

Diante de alguns problemas, parece que o achado de “terra à vista” jamais irá acontecer. A sensação é de estarmos condenados ao mar de águas turbulentas, buscando, incansavelmente por um porto seguro. Mas aí, enquanto estamos tentando resistir a tanta instabilidade, acabamos por descobrir um novo jeito de navegar.

Resgatamos forças que nem imaginávamos ter. Recebemos o apoio de quem não imaginávamos poder contar. E, sobretudo, descobrimos em nós mesmos, uma capacidade de resiliência que parecia inexistir.

Em algum momento, passamos a nos adaptar às mudanças, entender os problemas e correr atrás para modificá-los."

Um ano depois de ler esse texto, me deparo com um post com o título "Paradoxo da Âncora" escrito pelo meu amigo inspirador Fred Mattos, que me trouxe definitivamente esse símbolo:

"Marinheiros devem adorar aquele momento de baixar âncora e permanecer usufruindo de certa estabilidade e constância. Mas diante de uma agitação maior talvez a âncora possa retardar uma ação mais ágil, que exija flexibilidade e mudança.

Nessa hora ela vira um peso, um suplício.

Então nossas certezas devem ser como as âncoras, firmes o suficiente para nos manter nos dias tranquilos, mas flexíveis e adaptáveis em situações de grande complexidade emocional."

Um dos cursos, retratado no documentário "O silêncio dos homens"

Enfim, por isso te chamo de marujo e que também trago a âncora como símbolo da Paternidade Integral

Leia também  Tretas que não me contaram sobre o começo da paternidade | Vida de Pai #1

Afinal de contas, mar calmo nunca fez bom marinheiro. Quer dizer, nunca fez um bom marujo.

* * *

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É só acessar o novo site do Homem Paterno, orgulhosamente lançado ontem! Tenho dedicado todo meu coração a esse trabalho de transformação da paternidade. Vai ser uma alegria saber o que acharam do material.

Tiago Koch

Idealizador do Instagram <a>@homempaterno</a>