Aqui vão as três transmissões na íntegra pra você assistir com toda a família:

Dia 1: O começo da vida

Dia 2: Criação na Infância

Dia 3: Deixando de ser criança:

Os maiores tesouros e aprendizados do PAI 2020

Trazemos aqui um resumão com os melhores momentos e destaques do evento. 

Pudemos pensar os desafios das paternidades atuais com afeto e profundidade: reunimos um time de homens possíveis, dados de pesquisas, trocas de experiências e apresentações artísticas.

Foram três dias revigorantes em que milhares de homens e mulheres estiveram com a gente no evento PAI 2020.

Como nascem os pais?

No primeiro dia do evento falamos sobre o começo da vida, o nascimento e o desenvolvimento do cuidado paterno. O nascimento de cada pai é único, inclusive reunimos histórias tocantes de vários despertares para a paternidade.

O psicólogo Fred Mattos apontou dimensões do nascer pai. Dentre elas estão as mudanças físicas (mais presente nas mães), a relação familiar e a relação com a criança,da idealização à realização.  

Cuidar é um verbo humano. 

Gary Baker, do Promundo, apresentou dados riquíssimos sobre a relação masculina com a paternidade ao longo das eras. 

"Homens também têm mudanças hormonais e neurológicas ao estar em contato com crianças. Na nossa espécie tanto homens quanto mulheres nascem com habilidade física hormonal e psicológica para cuidar."

Qual o papel do homem no parto?

Juntamos Bia Herief uma obstetra especializada em parto humanizado, nosso querido Thiago Koch do Homem paterno, e as incríveis experiências de John Bermond e Diego Ponce.

Como Bia bem colocou, as possibilidades de participação paterna no parto varia muito dependendo do contexto, mas é importante que os homens busquem se envolver mais: 

"Existem várias realidades e você pode fazer o melhor na sua realidade. O melhor para sua realidade se consegue com muita informação e a busca por informação não é só responsabilidade das mulheres, também é papel do homem buscar, estudar e ser parte"

Portanto, busquem conhecimento, papais!

Conhecimento é necessário. Arte também. 

Todos os dias fechamos os encontros com uma performance artística sensível e tocante. Dá uma olhada na potência de Grão de Gergelim música de Léo Castro.

"Chega a ser menor que um grão de gergelim, mas já tem a força e tamanho para fazer do mundo um melhor lugar pra mim."

Tudo pelo meu filho: Esteja por perto hoje e você será parte da vida de seu filho amanhã.

Rodrigo Segantini é pai do Arthur e esteve junto com seu filho contando a emocionante história de suas vidas.Conversamos com eles sobre como estar presente como pai que cuida é essencial. Quando nos faltam respostas, o amor pode ser o caminho.

Para cuidar, é preciso estar bem: Como anda nosso equilíbrio emocional durante a pandemia?

Guilherme Valadares trouxe dados da pesquisa O silêncio dos homens e de outras pra mostrar um panorama das dificuldades emocionais masculinas: da solidão a dificuldade de diálogo.

Trazer o olhar para o mundo das emoções é uma forma de convidar os homens para revoluções internas, dentro das casa, cuidando e olhando pro mundo emocional. 

Como cuidar, educar, brincar, trabalhar sem surtar? 

"Mas quem disse que não estamos surtando?", disse nosso querido Bruno Vilas Boas do @Paternidade_Divertida.

Reunimos o Humberto Baltar do coletivo Pais Pretos Presentes, o Jones da página Família Quilombo, o Adriano Bisker que é pai de cinco e surdo oralizado e o Bruno Vilas Boas, que vive a realidade da paternidade junto com seu companheiro.

Os quatro mostraram que a vida real passa longe das idealizações e que nem sempre é possível lidar com os desafios da maneira ideal. Como bem disse o Jones: quando não conseguimos lidar, temos de ter estratégias para seguir em frente. 

Esse time de pais ainda falou sobre como criar as crianças em meio a diversidade, não só falando sobre respeito, mas proporcionando convivências diversas que tragam a equidade para o cotidiano da criança.

Leia também  O que aprendemos com nossos pais?

A criança que você foi se orgulharia do adulto que você se tornou?

Essa foi uma pergunta instigante que o escritor Allan Dias Castro deixou para refletirmos.Ele também contou como o falecimento do seu pai lhe ensinou que a vida é um privilégio e que tem aprendido ao longo dos anos a trocar uma cara fechada por um sorriso aberto.O riso fácil, então, tornou-se símbolo para honrar tanto a memória do pai, quanto suas aspirações de criança.

Porque temos tanto abandono paterno no Brasil?

Pedro Hartung, advogado do Instituto Alana, trouxe pra gente uma fala potente, ensinando as origens do distanciamento paterno da criação.Muito além do "Quem pariu que o embale", Pedro também nos lembrou de algo da maior importância: A responsabilidade de cuidado sobre uma vida é de toda a sociedade.

E quando a criança não pede mais colo?

Leonardo Piamonte é psicólogo e membro do Balaio de Pais e criador da página @Paternidade_sem_frescura. No papo rápido do PAI 2020 ele nos fez pensar sobre as mudanças da paternidade quando os filhos deixam de ser criança.Estamos prontos para trocar o colo por conselhos? Para entender que eles podem tomar decisões que não nos agradam? Sabemos ouvir e respeitar?

Estamos prontos para dar liberdade às crias?

A Deh Bastos do Criando Crianças Pretas foi nossa grande mediadora e fez do dia 3 uma reunião cheia de emoções.O Claúdio Serva do @Prazerele falou sobre como conversar sobre sexualidade e consentimento desde sempre, permitindo que as crianças possam se proteger e se expressar.

Thiago Queiroz, também conhecido como Paizinho Vírgula, contou sobre as dores de dar a liberdade. "Quando vai parar de doer?". Talvez nunca, mas a questão é: como vamos lidar com essas dores?

Leonardo Medeiros contou sua história de arrepiar. Léo é pai de uma menina trans de 17 anos. O detalhe é que Léo também é um homens trans. Ele conta sobre suas dificuldades e sobre como tem feito as pazes com o passado.

"Que não te falte referências, mas que a melhor referência você encontre em casa"

Dos maiores poetas e slammers do país, Wellington Sabino encheu nossos corações com suas poesias para suas filhas. Enquanto ele declamava a pequena pulava de alegria na sala da casa. Uma cena linda.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Mais que palavras Wellington deixou uma mensagem: que a poesia deve estar no cotidiano e, antes de colocá-la em palavras, podemos praticar poesia ao sermos gentis, responsáveis e afetuosos com os outros.  

Mais que uma forma de encerrar um e-mail, seguir juntos é uma mensagem que emanou no nosso evento PAI 2020. Toda a riqueza deste evento se construiu a partir da rede de pessoas que trabalhou com afinco para trazermos experiências e vozes diversas. Mais do que isso, para fazer com que estas vozes ressoassem em diferentes cantos do Brasil.Queremos agradecer a todos que participaram desse evento e que fizeram dele este momento incível.Se você não pode participar, aproveite para mergulhar nos links desse e-mail e conhecer mais sobre cada um dos participantes que estiveram conosco.Até o próximo!Abraços

Redação PdH

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