A Revista Placar marcou gerações distintas por meio de diferentes linhas editorais. Nas décadas de 70 e 80, orientada pelo patriotismo oriundo das manifestações políticas e estudantis, a publicação cumpriu seu dever com matérias investigativas de enorme valor para a evolução do futebol brasileiro.
Algumas edições tornaram-se marcos do jornalismo esportivo. Como a de 1982, quando Sérgio Martins escreveu reportagem investigativa sobre a máfia da loteria esportiva no Brasil. A capa da edição 648, sombria e direta, é uma referência valorizada até hoje:
Já nos anos 90, com o início das transações milionárias de jogadores para a Europa e a facilidade em produzir conteúdo instantâneo do outro lado do mundo, a revista tornou-se muito mais comercial. Com o conceito “Futebol, Sexo e Rock And Roll”, Placar viu-se no posto da Capricho dos meninos. Perdeu o respeito que possuía com outros veículos e iniciou o “jornalismo esportivo” voltado para a massa.
Isso rendeu capas antológicas. Do Edmundo segurando um ursinho e pedindo carinho, passando pelo close no rosto do Amaral até Ronaldo, o “dono da Copa de 1998”.
Lembrou de alguma capa que marcou sua coleção e não está nessa lista?
Então faça-me um favor: contribua nos indicando a edição da revista com esse acervo digitalizado de Placar.
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