Basta imaginar o tom. O amor anda num limiar muito doido entre a entrega e o desastre.
As pessoas amam e se apaixonam e vão fazendo desse sentimento uma regra que leva certos pensamentos ao limite entre a delícia e a dor. Até aí, dá pra ser bem saudável, mas, bastou uma pisada com menos racionalidade e, bum, a tragédia.
Sabe aquelas coisas? "Eu te amo tanto que até dói", ou "a gente se ama tanto que se você morrer eu morro também" ou ainda "eu não sei viver sem ter você". Frases de amor que, se reparar bem, podem encaixar umas narrativas bem das horripilantes.
E o designer curitibano Butcher Billy teve essa sacada. Brilhantemente teve essa sacada. Ele pegou títulos de canções bem conhecidas e fez um trabalho gráfico como se esses fossem os nomes de livros de terror dos anos 70 e 80, uma arte escabrosa e hipnotizante. E o Alexandre Marias pinçou isso e mostrou no seu blog lá do UOL.
"I'll survive", o hino de autoafirmação, a grudentinha "How Deep is Your Love" dos Bee Gees, "Every Breath You Take" do Police, de canções positivas de amor viraram thrillers de suspenses e roteiros doentios, paranoicos, perturbadores.
O amor pode assim, afinal.
Cuidado, gente.
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Obs.: Este texto foi produzido do outro lado do mundo, no Japão! Estou em viagem na terra do sol nascente e escreverei daqui pelos próximos dias, com a ajuda da Seta Viagens, que me botou aqui. Acompanhem meus próximos artigos lá na minha página de autor.
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