O termo usado foi “xenofobia”, como se o Nordeste não fizesse parte do Brasil.

O que vimos nas redes sociais logo após a final da apuração do último domingo de eleição é uma notória barbárie contra os “nordestinos” (há até uma página denunciando essa prática — essesnordestinos.tumblr.com), termo criado lá pelas bandas do Sudeste para diminuir a condição de ser desta região tão massacrada desde o Brasil-colônia e que ajudou a erguê-lo enquanto República.
Com a atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, liderando votos em praticamente todo o Nordeste e seguindo para o segundo turno, novos ataques surgiram por parte de “xenófobos” da parte de baixo do nosso mapa.
É até um clichê gritante fazer o que todo mundo faz, citando figuras como Graciliano Ramos, Raul Seixas, Jorge de Lima, Ariano Suassuna, Jorge Amado ou Alceu Valença. Se apoiar em artistas e personalidades pra explicar certos aspectos sintomáticos é algo vil.
Falo aqui em nome dos anônimos, pois bem. Falo por ontem, 8 de outubro, ser considerado Dia do Nordestino.
São eles que também fazem do Brasil essa potência cultural e mestiça, é que carregam nos ombros a pusilanimidade de outrem e vão lá e fazem por onde.
Por ser a África do Brasil, esta região ao Norte e ao Leste dos ponteiros acaba por abraçar a todos, mesmo aqueles que acham que programas assistencialistas acomodam um povo batalhador como esse. É até irônico.
Sou alagoano, não passo fome e só queria papear um pouco com vocês, pessoal do lado de lá.
Vamos nos unir!
Meu sotaque é engraçado também… e quero ser chamado de brasileiro, acima de tudo. Prazer!
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