Networking para Introvertidos

Construir e cultivar relações é possível até para o maior dos introvertidos

O mundo é feito de conexões, mais especificamente, de contatos. Conhecer muitas pessoas reduz exponencialmente a dificuldade de qualquer obstáculo a ser superado. Não importa sua idade, religião, país ou área profissional.

Para muitas pessoas, comparecer a eventos e festas é um verdadeiro sacrifício. Têm a sensação de percorrer uma mini-maratona a cada nova conversa que travam com algum desconhecido. Ao chegar em casa após uma noite em um desses eventos, você está literalmente exausto. Você prefere falar sobre idéias do que trocar futilidades com pessoas aparentemente desinteressantes.

No entanto, leve em consideração o seguinte, meu amigo. Quando se tem uma boa rede de relacionamentos, consegue-se praticamente tudo com 1 ou 2 ligações. Soluções rápidas e confiáveis são dividendos de um networking bem-feito. Aprenda algumas dicas que poderão fazer a diferença para sua carreira, seja você extrovertido ou não.

Networking é um investimento e não um fardo

Solicitações de estranhos nunca são atendidas tão rápidas quanto aquelas feitas por amigos ou meros conhecidos. Um empresário ou executivo que não se relaciona pode se encontrar em situações nas quais precisa de alguém com uma certa habilidade e não sabe nem mesmo onde começar a procurar. Anunciar uma vaga ou oportunidade gasta tempo e recursos, sem falar no esforço de peneirar em busca de profissionais com qualidade. Ao ter isso em mente, fica mais fácil entender o valor de se comparecer a mais uma comemoração de fim de ano da empresa.

Aceite os convites

Muitas vezes uma pessoa introvertida recusa vários convites por insegurança, preguiça ou falat de confiança na capacidade de se virar em eventos nos quais não conhece quase ninguém. Deixe esse hábito de lado e passe a aceitar os convites que receber. No início é difícil, mas eventualmente você começa a fazer amizades e pegar o ritmo.

Nós amamos networking!

Respeite seus limites

Nada de forçar a barra e passar a fingir que é uma borboleta social. As pessoas percebem falsidade e isso conta muitos pontos negativos. Comece indo em 1 ou 2 eventos por mês e vá selecionando os círculos e locais que mais lhe interessam.

Convide para um chopp ou café

Algo simples, após o trabalho. Apenas chame algum amigo para um café ou bar para conversar e tomar algo. Se a outra pessoa também for introvertida, não fará o convite, você tem que tomar a iniciativa.

Isso é de fundamental importância. Pegue o contato de outras pessoas e use-o! Mande um email, faça uma breve ligação, qualquer coisa breve e sincera. Isso sinaliza que você está vivo e se lembra da outra pessoa. Tinha um professor na faculdade que nunca passava mais de 4 meses sem enviar um email para algum contato, e por conta disso, conseguia inúmeros benefícios. Essa tática pode fazer toda a diferença na hora de solicitar um favor.

Puxando conversa

Muitas vezes é difícil emplacar uma conversa com algum estranho. Algo que vá além de meras formalidades e troca de cartões de visita. Para isso, lembre-se duas dicas de grande efetividade.

  • 1. O assunto favorito de toda a humanidade:

Nós mesmos. Faça perguntas sobre a pessoa com quem você está conversando. Chega a ser difícil descrever em palavras o prazer de falar sobre nós mesmos. Apenas não dê uma de Marília Gabriela, intercale as perguntas com comentários e histórias próprias. A conversa é uma troca.

  • 2. Princípio da iniciativa:

Conte histórias próprias. Ao compartilhar suas experiências e visões de mundo, a tendência é que seu ouvinte também queira expor suas próprias opiniões sobre o tópico. Não tenha medo de ser o primeiro a se abrir.

Essas são apenas algumas dicas básicas que irão ajudá-lo a desenvolver um belo e frutífero networking. Lembre-se, não se trata de atitudes isoladas. É um esforço de mudança de hábito, cujo valioso resultado só aparece no longo prazo.


publicado em 15 de Dezembro de 2006, 21:45
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Guilherme Nascimento Valadares

Editor-chefe do PapodeHomem, co-fundador d'o lugar. Membro do Comitê #ElesporElas, da ONU Mulheres. Professor do programa CEB (Cultivating Emotional Balance). Oferece cursos de equilíbrio emocional.


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