Pouca gente chega até os 64 anos de idade.

Desses que chegam, poucos são os que mantêm uma saúde muito boa. Desses que mantém uma saúde muito boa, poucos são os que praticam um esporte com regularidade. Desses que praticam um esporte com regularidade, poucos são os que enfrentariam um desafio extenuante.

Desses, poucos são os que encarariam três dias inteiros de um esforço físico desgastante. Poucos desses nadariam com tubarões. Desses que nadariam com tubarões, poucos se aventurariam a ir sem gaiola de proteção.

Isso tudo foi apenas para dar uma pequena noção do quanto Diana Nyad é um ser humano raro, pois foi exatamente isso que ela fez.

enhanced-buzz-14117-1378144143-28

“Missão Cumprida.”

– Diana Nyad ao chegar em terra.

Ela nadou os 177km que separam Cuba do estado da Flórida (EUA) em 53 horas – caso você não tenha notado, são quase três dias sem parar dando braçadas.

Ela foi o primeiro ser humano a realizar este feito.

Link Youtube

Depois de 35 anos tentando, a glória veio na quinta tentativa, no dia 02 de setembro de 2013, quando finalmente pisou em terras norte-americanas.

“Tenho três mensagens. A primeira é que nunca devemos desistir. A segunda é que nunca somos velhos demais para correr atrás dos nossos sonhos. E a terceira é que este pode parecer um esporte solitário, mas é preciso ter uma equipe.”

Se o feito, por si só, já é motivo de admiração, eu fico ainda mais maravilhado quando penso como o ser humano é incrível. Quanta força de vontade, determinação e motivação podem existir dentro das pessoas.

Leia também  O que falta acontecer em 2016? | Os textos mais lidos de novembro

Nadar exige que a pessoa possa passar longos períodos consigo mesma. São muitas horas sem conversar, sem ver nada além do céu e da água, sem ouvir nada além da sua respiração, sem sentir cheiros e sendo distraído apenas por seus pensamentos.

Tudo isso durante 53 horas em meio a tubarões e águas-vivas.

Somos ou não somos seres incríveis?

795092
795094
795095

795097

sitepdh

Ilustradora, engenheira civil e mestranda em sustentabilidade do ambiente construído, atualmente pesquisa a mudança de paradigma necessária na indústria da construção civil rumo à regeneração e é co-fundadora do Futuro possível.