Pergunta da semana:
"Bom dia, boa tarde ou boa noite.
Sempre fui um cara fechado, nunca me abri a muitas pessoas e sempre relutei em pedir conselhos. Acontece que nesse exato momento estou em um namoro há 1 ano e 2 meses, sinto que a amo, mas não sei se devo continuar. Estou completamente desorientado.
Conheci minha atual namorada na faculdade. Ela é da mesma turma que eu. Entramos no curso no meio de 2017 e entre encontros e desencontros ao final do ano já estávamos namorando.
No começo do primeiro semestre de 2018 nós dois precisávamos nos mudar e resolvemos morar juntos para conseguirmos um lugar com um custo-benefício melhor. É como temos vividos até então.
Faz-se míster que somos de um curso de humanas (nos quais as turmas mantêm-se as mesmas do início ao fim do curso, praticamente). Sendo assim, por morarmos junto, convivemos 24×7.
Estranhamente, apesar do que se pode imaginar, isso não costuma nos causar grandes problemas. No geral nos damos muito bem, brigamos pouco, lidamos bem com nossos problemas e somos ótimos companheiros.
O problema:
Eu e minha namorada tivemos vidas muito diferentes. Sempre fui aberto a novas experiências, viajei bastante, li muito, conheci muitas culturas e consegui de ferta forma, acumular muitas "curiosidades" e uma boa "bagagem cultural" (apesar de não gostar dessa expressão).
Ela, apesar de sempre muito questionadora e de querer entender porque as coisas são como são e como funcionam, não teve as oportunidades de "ser livre" como eu e sempre ficou muito atrelada à "normose".
Desde o início do relacionamento ela fala que eu acrescento muito mais a ela, com coisas novas e diferentes (seja um livro, um filme, uma história, uma curiosidade ou um ponto de vista), do que o inverso e, por isso, acha que nosso relacionamento é desbalanceado.
Eu sempre discordei e falava que era besteira, que ela me acrescentava em muitas outras coisas e que me fazia muito bem.
Acontece que de um tempo pra cá isso tem pesado um pouco e eu tô sentindo falta de alguém que me instigue alguma sensação nova, me conte sobre alguma coisa que eu nunca tenha ouvido falar e que me mostre um ponto de vista diferente do tradicional sobre as coisas.
À parte isso, nosso relacionamento é muito gostoso. Estamos quase sempre de bem e curtindo juntos. Eu amo a companhia dela, os momentos que passamos juntos e as coisas que fazemos.
Ao mesmo tempo que acho injusto cobrar da minha namorada, ou quem quer que seja, para que ela tenha um modo de pensar disruptivo, sinto que uma pessoa com pensamentos peculiares seria mais interessante de estar junto.
Como lidar com essa situação?"
— Alfredo
Complemento especial sobre relações:
Recomendo dois artigos, Alfredo:
- O amor não é um sentimento, é uma ação | ID #4, de Frederico Mattos
- O que eu amo quando digo "eu te amo"?, por Gustavo Gitti
- Aprenda a diferença entre amor romântico e amor genuíno, texto meu dentro do percurso 23 dias para um homem melhor
Como responder e ajudar no Mentoria PdH (leia para evitar ter seu comentário apagado):
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- estamos cultivando relações de parceria de acordo com a perspectiva proposta aqui, que vai além das amizades usuais (vale a leitura desse link)
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Para conhecer mais sobre o conteúdo do livro e tudo que vai encontrar lá dentro, leia esse texto.
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