Eu Sou Meio alemão, nasci em Munique, na Baviera, e vivi até meus 8 anos aqui, onde ainda tenho alguns parentes. Foi aqui que também surgiu o River Surfing, esporte que atualmente pratico e que me deu muitas outras ideias. Pra quem não sabe, o river surfing é a brincadeira séria de surfar em buracos de rios ou ondas estacionárias, ondas que se formam e acabam por se tornar constantes. Uma doideira.
Link YouTube | Esse pessoal está praticando o River Surfing em Munique, entre uma discussão de filosofia alemã e outra. Mentira, Eles só foram surfar mesmo.
O Flood Surfing surgiu mais ou menos com base do que aprendi e via quando criança no River Surfing e no surfe convencional. Sempre fui um apaixonado pelo esporte e, quando morei em São Paulo, senti muita falta de colocar a prancha embaixo dos pés. Isso até um dia que, olhando pela janela do meu apartamento, vi um rapaz tentando pegar um taxi em meio a uma enxurrada de verão. E já tinha ouvido falar que quando chovia muito, ali virava um rio. Na ocasião, o rapaz estava com a água pela cintura e a água descia da Paulista com uma corrente bem forte. Disso tudo, surgiu a ideia de descer com a prancha pra aproveitar esse fluxo que, na teoria, só servia pra atrapalhar a cidade. Estava mesmo sem segundas intenções, só para tentar mesmo, me divertir. Mas acabou funcionando.
Hoje, busco apoio para poder mostrar e principalmente transmitir pra todo mundo o que é amar o surfe, a ponto de buscar as formas mais diferentes de surfar, mesmo estando longe do mar ou de ondas exóticas, como a pororoca, seven ghosts, Eisbach e muitas outras não descobertas que ainda estão para serem encontradas.
O Flood Surfing é uma ideia que ainda sofre certo preconceito, assim como houve com todos os esportes (imagina o que pensavam dos “idiotas” que pegaram um patins antigo, cortaram-o em 2 e colocaram os 2 pares de rodinhas em uma tábua de madeira, hoje tão conhecido skate?). Mas, assim, como outros “inventores por acaso”, que na verdade só queriam se divertir, quero seguir adiante e realizar esse baita sonho de trabalhar e viver do surfe que tanto amo, a ponto de testá-lo das mais intrigantes formas. Podem me chamar de louco ou revolucionário, mas a minha maior sede de busca vem do meu amor pelo surfe e da vontade de conseguir solucionar o problema básico de, muitas vezes, estar bem distante do mar.
Link YouTube | Não tem mar, só enchente. E daí? A gente surfa assim mesmo
Atualmente estou aqui em Munique, terra de pioneiros que arrumaram uma bela solução para a falta das ondas do mar e agora é treinar bastante pra desenvolver o esporte e voltar pro Brasil pra achar novos e estilosos picos pra praticar o flood surfing.
Depois? Fazer o flood surfing conquistar o mundo. Parece uma boa ideia, não?
Nota do editor: O Patrick tá começando um diário do seu treinamento, pra quem quiser acompanhar os caminhos desse novo esporte. Dá pra se atualizar no Tumblr dele e em sua página do Facebook. Assim que ele concluir uma nova viagem pela Europa, ele vai voltar aqui no PdH pra contar suas novas experiências.
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