Quando Noel Rosa perguntou “com que roupa eu vou pro samba que você me convidou?” (com que roupa? – 1930), a vida era outra. Tempo clássico, tempo do samba, tempo cheio de tempo, antes ainda do tempo bom que não volta nunca mais.
Nos tempos de hoje, temos diversos programas e compromissos que exigem (com maior ou menos intensidade) diversos estilos completamente distintos. E falar de moda sem parecer “empolgado demais” ou machão casseta e planeta (“eu sou espada, pô”) não é, das tarefas, a mais fácil.
Mas eu sei que o cara que lê aqui (o nosso papo de homem) gosta de saber como ficar mais estiloso. Por isso, cacei informações interessantes do que usar, já que agora o frio bateu. A facilidade camiseta-bermuda-tênis foi pro espaço e agora é correr atrás do que pode ser legal pra se vestir.
Queria ver o Noel nessa sinuca de bico.
O primeiro pensamento era o de excluir todos os vícios que as mulheres têm ao falar de roupas, suas combinações e contraposições. A idéia é esclarecer tudo (ou quase tudo) em três perguntas simples: O que? Como? e Onde?
– O que:

O xadrez é a grande pedida. Blusas, jaquetas, casacos e até aquelas camisas grunge de flanela (que você adorava usar ouvindo Nirvana) estão na jogada. Só não vai transformar estilo em fantasia de festa junina.
Outro “o que” é o retrô. Fazer aquela linha do clássico ainda anda pegando muito bem. Pode ficar esperto porque tudo o que volta a ser usado com uma cara mais moderna é digno de, no mínimo, atenção.
– Como:
Com pouco.
O Xadrez já é, por si só, bem chamativo. Mas sem ele, sempre rola colocar uns acessórios legais e funcionais (afinal, passar frio não é nada estiloso). O cachecol já virou companheiro e agora a luva de couro vai ajudar mais ainda a cortar o frio. Pra quem trabalha de social ou curte andar por aí na estica mesmo, o sapato de bico fino não é mais coisa de “véi da gafieira” não (é o tal do retrô mostrando a força) e pode ser usado sem dó nem piedade.

Ainda com pouco.
As cores também estão das mais tranquilas para se usar. Preto, branco e cinza (difícil,né não) fecham a trinca de combinações. Mas é claro que a gente não precisa sair na rua no estilo Charlie Chaplin. Às vezes uma cor, pra quebrar o preto-no-branco da coisa toda, só vem pra ajudar.
– Onde:
E aí você que tem que me dizer, ou melhor, dizer pra você mesmo.

Porque o que vai realmente te deixar estiloso é vestir sempre coisas que te agradam e que caem bem pra se sentir bem, ou seja, vista o que tiver a sua cara e o que condiz pro momento (trabalho, balada, encontro, passeio, churras com futibas ou futibas com churras).
Usando a parada pra ocasião certa, é só memo “ir pra luta e se aprumar”.
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