Eu acho foda demais quando as pessoas voltam a olhar para o rap nacional.

Depois dos anos dourados de mil novecentos e 201o, 11 e 12, em que o rap chamou a atenção de vez com os discos do Criolo e Emicida (num maior porte, sem contar o Projota e Shawlin), 2013 parecia ter começado menos pretensioso para “o som que vem das ruas”.

Mas aí alguém lembrou. De novo:

O objetivo é chamar a atenção das pessoas e apurar o espírito crítico. Rap em Cartaz é como se chama o projeto de intervenção urbana que, tal como o nome indica, ilustra cartazes com letras de rap. O responsável é Evandro Siol.

O artista criou os cartazes e conseguiu, além dessa versão digital, a impressão dos mesmos, por meio de crowdfunding. Assim, 50 cartazes foram colocados em São Paulo, com frases de alerta para todos. Fortaleza, no Ceará, é o próximo destino.

Hypeness

Meu irmão, rapper que faz freestyle e tá pra terminar seu primeiro disco de próprias viu, olhou, achou hipster demais pro rap.

Já vejo, em vez de um aproveitamento, o anzol perfeito pra levar mais pessoas pra conhecerem o que é o bom e velho rapo nacional. Puxa, puxa e não larga mais.

Se eu fosse acrescentar uma frase? Bom, pra seguir a arte do cara e tudo mais, mandaria uma do Emicida, da música Besouro:

“Cêis esperava que eu roubasse tudo, menos a cena”

E você?

Jader Pires

É escritor e colunista do Papo de Homem. Escreve, a cada quinze dias, a coluna <a>Do Amor</a>. Tem dois livros publicados

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