Eu ainda lembro da primeira vez que fui ao Instituto Tomie Ohtake. Depois de vista à exposição, fui com minha mãe dar uma volta pela vizinhança e paramos numa lanchonete ao lado da FNAC para uma vitamina.
Fazia um solzinho bom, daqueles que a gente usa vestido, mas sente um ventinho passar pelas pernas. Adorei descobrir que a lanchonete que eu tinha escolhido tinha vista exclusiva pro mural do Kobra, na parede da livraria.

Vi ali Chico Buarque ao lado de um homem que depois fui descobrir que era Ariano Suassuna. Como é que podem dois homens ficar tão bem desenhados, traços tão bem definidos, com toda essa tinta colorida por cima? Kobra pode.
E ele está em Minnesota fazendo o maior de seus murais fora do Brasil. Dessa vez, está pintando o Bob Dylan – natural dali – num paredão de um estacionamento de Minneapolis. Ele começou ontem e, trabalhando doze horas por dia, pretende terminar em uma semana.
Mas que sacanagem não seria eu embedar um vídeo desses e não oferecer mais nada? Dá play e contempla.



A música não acabou e eu julgo que você merece uns minutos a mais:












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