No final do ano passado eu escrevi um texto, desses que a gente faz pensando em como andou a vida.

Foi um pequeno apanhado do que passava pela minha cabeça e como eu me sentia em relação aos planos e promessas que estava fazendo pra mim mesmo naquele momento.

Agora, um ano depois, vejo que o raciocínio ainda se aplica.

Como fiz o exercício de voltar a esse texto, venho humildemente sugerir que você também olhe de novo (basta trocar as datas onde for necessário) e pense em tudo o que você sofreu tentando ser feliz, atingir sonhos, metas e objetivos.

Enquanto a gente segue nesse modus operandi, eu também vou junto, com uma pequena esperança de que a gente se libere desse ciclo.

Feliz 2015!

* * *

O ano, como as pessoas, têm seu momento de senilidade, quando o futuro é curto e o fim é inevitável.

2013 está nessa fase.

Seus
últimos dias se aproximando e o hábito de fazer checagens ficando cada
vez mais urgente. É quando a gente olha pra trás e começa a perceber que
não emagreceu os quilos que prometeu, que a academia foi ficando pra
depois, que não produziu os textos que queria, não conseguiu ler mais,
nem ver filmes, muito menos viajar.

O tempo, esse danado, foi
passando e não deu a mínima aos planos. Enquanto seguimos fazendo o que
de mais urgente aparece na nossa frente, nossas ambições de melhoria da
vida vão sendo deixadas de lado.

Além de mim e de você, quantas outras pessoas não devem ter passado pelo mesmo?

Talvez,
o chefe escroto tenha prometido pegar mais leve. Talvez, alguém próximo
tenha prometido assumir a responsabilidade sobre as próprias falhas, ao
invés de colocar a culpa em alguém. Talvez, o casamento tenha sido foco
da promessa de alguma das partes: “agora vai”!

Mas nem tudo é desastre, nem tudo é catástrofe. Às vezes as coisas dão certo.

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Um
filho pode ter nascido. Um casamento pode ter se feito com uma bela
cerimônia. Muitos amigos podem ter sido visitados. Ou, quem sabe, até
aquelas promessas mais bobas que a gente nunca cumpre podem ter sido
levadas a cabo, até o fim. Empregos, carros, casas novas, mudanças. Você
pode ter conhecido alguém que fez esse coraçãozinho bobo sacolejar no
peito. Sim, bons desfechos podem ter ocorrido.

Mas, também devemos
lançar um olhar mais sincero a essas histórias que vamos contar sobre o
ano que vai nos deixando. Sabemos que cada felicidadezinha, cada
pequena vitória, cada suspiro de alívio vem acompanhado de algumas gotas
de suor escorrendo pela testa. A gente sofre tentando ser feliz.

É
aí que a gente começa a se ver repetindo aquilo que fez no começo do
ano e as promessas de 2013 se transformam nas promessas de 2014. Afinal,
é uma nova chance que surge.

Nada mais justo do que tentar outra vez.

Mas, aqui, queria propor um lembrete, para antes de girarmos novamente a roda do tempo.

Já parou pra pensar que as suas apostas e promessas serão as razões pelas quais você vai sofrer em 2014?

Luciano Ribeiro

Cantor, guitarrista, compositor e editor do PapodeHomem nas horas vagas. Você pode assistir no <a>Youtube</a>